A síndrome de west é uma epilepsia de forma grave que surge em crianças ainda no primeiro ano de vida. Percebe-se a doença através crises de espasmos das pernas, cabeças, e algumas vezes gritos, que duram apenas alguns segundos, e que com o tempo, surgem mais de cem convulsões durante todo o dia. São ataques epiléticos causados por excesso de atividade elétrica no cérebro, de acordo com as flexões nos membros, muitas vezes chega-se a confundir os espasmos com cólicas.
Breve Histórico
William James West, um médico inglês que vivenciou a doença surgir em seu filho no ano de 1841, escreveu sobre ela para um jornal chamado “The Lancet”, onde descrevia ataques fortes, e que independente do tratamento, a criança até então saudável, desencadeou a deterioração mental. Este foi o primeiro relato na história sobre essa doença. Já em 1949 Vasquez e Turner começam a investigar uma doença que tem levado crianças entre 3 e 7 meses ao retardo mental, à qual chamaram de Epilepsia em Flexão, pois os espasmos eram quase sempre em flexões.
Causas
Geralmente é causada por disfunções orgânicas cerebrais que podem ocorrem durante a gestação (anoxia neonatal), podendo também ser causada na hora do nascimento da criança (traumatismos de parto), ou até mesmo após seu nascimento (encefalite a vírus).
Dividimos em dois grupos, causa desconhecida, quando o bebe é normal até os primeiros meses de vida, até o surgimento dos espasmos, mas não se consegue detectar a lesão; e quando a causa já é conhecida, onde o médico já sabe que o feto teve um desenvolvimento neuropsicomotor anormal, descoberto através de exames clínicos como tomografias, eletroencefalogramas, etc. Uma entre seis mil crianças podem vir a ter essa síndrome que leva ao retardo mental, a saúde da crianças do sexo masculino tem mais probabilidade de ter a doença do as do sexo feminino, cerca de 2 para 1.
Tratamento
Em 5% dos casos a síndrome de west se diagnosticada e tratada a tempo, pode não levar a criança ao retardo mental, tendo assim seu desenvolvimento normal, já 90 % mesmo diagnosticada à tempo, e com o tratamento correto, a criança pode vir a ter deficiência metal e até mesmo expandir distúrbios psiquiatricos, podendo surgir outras síndromes como: epilepsia multifocal ou parcial generalizada.
O hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) ajuda na diminuição dos espasmos, mas seu uso é restrito à monitoração cardiopediàtrica, já que pode afetar o sistema imunológico da criança. Fisioterapias ajudam no fotalecimento e rigidez do tecido muscular, já que decorrente aos espasmos a criança se torna hipotônica, o que dificulta seus movimentos e sua respiração. A fisioterpia é uma grande aliada no equilíbrio, tanto da cabeça quanto do tronco. A hidroterapia também é relevante para o tratamento, já que o calor da agua alivia os espasmos, e os movimentos podem ser administrados com menos desconforto.