Pode Expelir Pedra da Vesícula?
Saber se pode ou não expelir pedra da vesícula é uma dúvida comum, principalmente de quem está com esse problema. E a resposta é sim, pode expelir pedra da vesícula. Mas essa não é a solução definitiva, para acabar com o sofrimento de quem já está na fase de sentir dores, ou seja, na fase de crises.
Antes de mais nada, é importante saber que o diagnóstico e o tratamento só devem ser feitos com a ajuda de um médico.
Após identificado o problema, muitos podem pensar que, através de remédios chamados de “caseiros”, se poderia fazer com que as pedras saíssem todas, naturalmente.
Infelizmente isso não é verdade. As pedras se apresentam de formatos e tamanhos variados.
As muito pequenas, podem ter o tamanho de um grão de areia e não costumam causar maiores problemas. As pessoas que as têm talvez, passem a vida toda sem se dar conta delas.
Pedra na Vesícula
As maiores, como uma bolinha de gude, mas não uniformemente produzidas, já poderão ser causa da obstrução do canal da bile, podendo levar a sérias consequências.
Dependendo do tamanho delas, poderia até ser possível expelir uma certa quantidade com sucesso, mas, sempre há a possibilidade de que fiquem algumas, causando o mesmo transtorno de sempre, ou pior ainda: é consenso entre os especialistas que, ainda que se todas fossem expelidas, o organismo que produziu algumas, voltará a produzir outras.
Cirurgia
O mais recomendado é que se faça uma cirurgia para a extração total da vesícula, a colecistectomia, que pode ser feita de duas formas.
Uma delas seria com uma abertura de parte do abdômen, normalmente de 12 a 30 centímetros, em cirurgia aberta. A outra forma é através de pequenas incisões, que costumam ser três.
Duas para a introdução dos aparelhos cirúrgicos, e uma que leva uma microcâmera, que transmite para um aparelho de televisão, instalado na sala de cirurgia, para que o cirurgião possa acompanhar todo o procedimento.
A cirurgia, realizada com anestesia geral, é considerada relativamente simples, e não costuma progredir para maiores complicações. A maioria dos pacientes fica por volta de 24 horas no hospital.
A vesícula biliar não é um órgão vital e, sem ela, a bile, agora em menor quantidade, devido à falta do reservatório, segue direto do fígado para o intestino. E nada mudará na vida do paciente no presente ou no futuro.
O Que é Cálculo na Vesícula Biliar?
O fígado produz a bile, líquido viscoso, de cor escura, que será enviado para o intestino delgado toda vez que fazemos uma refeição, para facilitar a digestão. A função da bile é digerir as gorduras, entrando em contato com o alimento por este procedimento.
Só que ele não faz isso diretamente. O processo é feito através de uma pequena bolsa, em formato de uma pera, localizada ali, junto ao fígado. E que tem a função de armazenar a bile, para enviá-la aos poucos para o intestino delgado, a vesícula biliar.
É assim a maneira natural de ação deste órgão. Se tornará diferente após uma eventual cirurgia, com a eventual retirada total da vesícula biliar. Onde o médico fará uma ligação direta do canal biliar do fígado ao intestino, sem um depósito para a bile.
Além de 95% de água, a bile é composta de três elementos principais: a lecitina, os sais minerais e o colesterol biliar. Estes componentes devem estar em equilíbrio dentro da vesícula. Um eventual desarranjo entre eles poderá dar início à formação dos cálculos biliares.
Esse desequilíbrio é causado por vários motivos, entre eles, uma alimentação inadequada, rica em gorduras.
O desequilíbrio hormonal também pode ser uma das causas, tanto que, a incidência maior dos casos ocorre entre mulheres, em fase de menopausa, com fator peso de maneira quase que determinante.
Estatisticamente, as mulheres são as mais acometidas de pedras na vesícula, na proporção de três mulheres para cada homem.
Receitas Caseiras Para Expelir Pedras da Vesícula
Sempre com o conhecimento de um médico e com sua concordância, um tratamento caseiro poderá ser tentado.
Este tipo de tratamento em sua maioria consiste na ingestão de chás, das mais variadas plantas e elementos que, supostamente poderão facilitar a expulsão natural das pedras.
Já que as poucas soluções definitivas passam quase que sempre pela cirurgia, que tal pensar em hábitos alimentares que farão com que a incidência deste tipo de problema seja menor?
Gorduras – ingerir gorduras em excesso, é um caminho quase que certo para a criação de cálculos biliares. Evitar as gorduras pode ser o princípio da criação de novos hábitos alimentares sem riscos para o órgão.
Embutidos – gosta de um cachorro quente? A salsicha é um dos embutidos a serem evitados, bem como a mortadela, o salame, o presunto, o paio, a carne enlatada, a linguiça, o peito de peru, entre outros. Leite integral e iogurte integral.
Dentre os alimentos permitidos, estão, entre outros, os alimentos integrais, o leite desnatado e o iogurte desnatado, as frutas e legumes. estes, de preferência cozidos pois facilita a digestão. Comer saladas cruas é também um hábito bastante saudável.
Como sempre, a água exerce um papel fundamental no tratamento, recomendando-se que sejam ingeridos pelo menos dois litros de água por dia, tentando manter o equilíbrio do órgão.
Não Tratar – A Pior Opção
O médico tem que estar sabendo e acompanhando.
O importante do acompanhamento de um médico é que, caso seja necessária uma cirurgia, o profissional terá tempo de fazer um tratamento pré cirúrgico, detectar outros problemas e tratá-los antes da operação de retirada da vesícula, evitando um procedimento de emergência motivado pela obstrução do canal biliar.
As pedras, uma vez crescidas poderão, com o movimento da vesícula procederem para o canal biliar, provocando o entupimento do mesmo, com consequências sérias para a saúde, como o risco de infecção da vesícula, chamado de Colecistite.
Causando icterícia, a Coledocolitíase é a saída do cálculo da vesícula, ocasionando a obstrução do colédoco.
Os cálculos poderão também obstruir o canal do pâncreas, causando a Pancreatite Aguda.
Há ainda a possibilidade de uma grave infecção, desta vez causada por bactérias, a Colangite, que poderá causar a morte do paciente.
Uma boa alimentação, sem exagerar nas gorduras e dando prioridade às frutas, verduras e legumes é sempre uma maneira adequada de cuidar bem de nossa saúde.
