Provavelmente a esquistossomose chegou ao Brasil através dos escravos africanos e é uma doença que afeta as mulheres e homens e que atingem ainda hoje muitos dos estados atingindo de uma forma especial os do nordeste brasileiro. O esquistossomo é um parasita que se hospeda no ser humano muito embora precise dos caramujos de água doce como hospedeiros intermediários para que complete o circo evolutivo. O nome científico é Schistossoma mansoni e é transmitido através dos ovos que são liberados pelas fezes da pessoa infectada. Estes ovos eclodem na água e se não encontrarem caramujos estas larvas morrem pela falta do hospedeiro intermediário. Encontrando estes caramujos há continuação do ciclo e estes caramujos liberam novas larvas que poderão penetrar no homem, seu hospedeiro definitivo. A contaminação se dá pela pele ou mucosas que são infectadas por estas larvas.
Fases da doença
Não esqueça que esta doença apresenta duas fases, uma que é considerada aguda e a outra crônica. Na fase aguda os sintomas podem se apresentar como coceiras e dermatites ou ainda falta de apetite, tosse, diarréia e vômitos causando o emagrecimento do paciente. Já na fase crônica a doença geralmente é assintomática com momentos de diarréia ou de obstrução intestinal. Ainda nesta fase pode haver evolução da doença com quadros graves de aumento do fígado, aumento do baço além das hemorragias provocadas pelo rompimento das veias do esôfago e a famosa barriga d’água. A ascite ou barriga d’água é uma das características mais conhecidas como relacionadas a esquistossomose.
Tratamento da esquistossomose
Segunda a área da saúde há medicamentos específicos de combate ao Schistossoma manzoni. Uma nova droga quimioterápica foi lançada e se mostrou muito eficaz no tratamento das vítimas do esquistossomo. A eficácia desta droga foi mostrada nas curas realizadas a partir do início do tratamento e tem alcançado a cura na maioria dos casos. Muito embora haja necessidade de procurar o médico para diagnosticar a presença do esquistossomo ainda acredita-se que o saneamento básico é fundamental assim como o controle das populações de caramujos em rios e córregos, habitat natural deste hospedeiro.
A prevenção da doença
A saúde e o saneamento ambiental e as normas básicas de higiene são recomendações imprescindíveis a população para evitar a proliferação destes caramujos. Estes animais podem ser combatidos de várias formas, mas é as medidas como drenagem, aterros ou outros meios mecânicos para evitar ambientes propícios para estes caramujos ou apostar no controle natural através de aves ou outros animais como peixes que se alimentam destes caramujos. O controle químico é feito por um moluscocida. Importante que se conheça as melhores técnicas para cada situação. O cuidado ao entrar em águas contaminadas sem a devida proteção deve ser evitado. Se as águas são contaminadas por caramujos deve se usar roupas especiais, luvas e botas de borracha. Cabe às autoridades sanitárias a destruição dos focos de vetores que causam danos a saúde da comunidade muito embora a responsabilidade seja de todos pelos cuidados necessários.