Diferença Entre a Igreja Católica e a Ortodoxa

A Igreja Ortodoxa não endossa a visão de que os ensinamentos de Cristo mudaram ao longo do tempo, mas sim que o cristianismo se manteve inalterado desde o momento em que o Senhor entregou a fé aos Apóstolos (Mateus 28: 18-20). Ortodoxos do século XX acreditam nas ideais que se desenvolveram os séculos XV.

Para ter certeza, a Ortodoxia reconhece mudanças externas, mas nada foi adicionado ou subtraído de sua fé, com único propósito: Para expressar essa fé sob as novas circunstâncias. Por exemplo, os serviços divinos da Bíblia foram traduzidos do hebraico e grego para a língua de novas terras e novos costumes religiosos surgiram para expressar as sensibilidades étnicas dos povos convertidos.

Diferença Entre a Igreja Católica e a Ortodoxa

Diferença Entre a Igreja Católica e a Ortodoxa

Por outro lado, o catolicismo romano se demonstra incapaz de mostrar a continuidade da fé a fim de justificar nova doutrina. Seguindo o espírito filosófico da época os teólogos de Roma começaram a definir e ensinar a ideia de que Cristo forneceu o “depósito original” da fé, uma “semente”, que cresceu e amadureceu através dos séculos. O Espírito Santo se amplificada na fé cristã.

Na sequência o catolicismo romano com as imagens da teologia como o crescimento em etapas que possuem níveis elevados e definidos de forma mais clara do que o nível de conhecimento. Os ensinamentos dos padres pertencem ao estágio ou nível abaixo da teologia da Idade Média Latina (Escolástica), e que a mesma está abaixo das novas ideias que surgiram depois, caso do Vaticano, por exemplo.

Relação Com Deus: Igreja Católica e Ortodoxa

O catolicismo romano ensina que a razão humana pode provar a existência de Deus. Os seres humanos são semelhantes ao Senhor, embora sejam imperfeitos. O deus católico, nascido na Idade Média latina, não é “o Deus de Abraão, Isaac e Jacob, mas o personagem dos sábios e dos filósofos”, para adaptar a célebre frase de Blaise Pascal.

Seguindo os santos padres, a Ortodoxia ensina que o conhecimento de Deus é plantado na natureza humana, apenas dessa maneira se sabe que ele existe. Caso contrário, a menos que Deus fale à razão humana não se pode saber mais do que deseja. O conhecimento com sacrifício surge pelo Salvador.

Relação Com Deus: Igreja Católica e Ortodoxa

Relação Com Deus: Igreja Católica e Ortodoxa

Catolicismo Romano ensina que na era por vir o homem com sua inteligência e com o auxílio da graça representa a essência de Deus. Os padres declaram que é impossível de se ver o Senhor em si mesmo. Nem mesmo a graça divina fornece o poder. Os salvos enxergam a figura divina como a carne de Cristo glorificado.

De modo histórico se pode dizer que a ordem romana nunca concluiu relações entre a essência de Deus (o que é) e suas energias (por quais meios se age). São Gregório tentou explicar esta distinção através de uma comparação entre Deus e o dom – O Sol com os raios. Por suas energias, Deus criou, sustenta e governa o universo! Ele irá preenche a nova criação com fontes energéticas como a água que enche a esponja em fração de segundo.

O catolicismo romano ensina que o Espírito Santo “procede do Pai e do Filho” e rejeitou a Tradição Apostólica que sempre ensinou que Deus, o Pai, é a única fonte (“monarquia”), do Filho e do Espírito. Assim, os latinos adicionaram as palavras ao Credo de Niceia. Fizeram essa mudança na autoridade do Papa, no século 11 e não qualquer outro conselho da Igreja (Concílio Ecumênico).

Cristo Para Ortodoxos e Católicos

Por que Deus se fez homem? A resposta católica para esta questão difere dos ensinamentos da Santa Igreja Ortodoxa. Seguindo os santos padres a crença do tipo ortodoxo ensina que Cristo, na cruz, deu “a sua vida em resgate de muitos” (Matheus 20-28). O “resgate” escrito no livro sagrado é pago para o túmulo. Como o Senhor revelou ao Profeta Oseias (Oseias 13-14), “eu vou resgatá-los do poder da sepultura, eu os resgatarei da morte”. Em certo sentido se paga o resgate para o diabo que tem a guarda do túmulo e detém o poder da morte (Hebreus 2-14).

De acordo com a teologia católica romana, Deus se tornou homem, a fim de satisfazer a justiça divina, que se sentiu ofendido pelo pecado de Adão. Não foi dentro do poder do homem pecador e finito para fazer as pazes, pois o pecado original foi passado para os seres-humanos como espécie de herança maldita. Somente Cristo, que era Deus e homem, poderia pagar a “dívida de honra”.

Ele paga a dívida ao morrer na cruz. Deus não está mais zangado com o homem. Cristo ressuscita dos mortos para reforçar a promessa sobre o futuro do homem crente. Durante longo tempo, os latinos entre os católicos comuns ou intelectuais forneceram pouca atenção à ideia de deificação. Não há muito à atenção dedicada aos conceitos necessários para a compreensão da doutrina.

Teologia católica romana é legalista e filosófica. Por exemplo, o batismo “válido” em Cristo representa o resultado da intenção correta (com o mesmo entendimento do batismo como a Igreja) e usando a fórmula correta ou palavras durante a cerimônia ou rito. Assim, mesmo um ateu, sob as certas condições, poderia batizar uma pessoa. “Aspersão” de água (derrame) sobre a cabeça dos batizados é razoável e suficiente.

Ideia De Igreja Para Católicos e Ortodoxos

A visão do catolicismo (eclesiologia) difere das práticas que se convencionaram a se chamar de leis dos ortodoxos. Os latinos ensinam que a cabeça visível da Igreja é o Papa, sucessor de São Pedro, que foi nomeado para esse cargo sagrado pelo próprio Senhor com as palavras: “Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei minha Igreja”. (Mateus 16-18). Em termos práticos o apóstolo conseguiu desvendar uma charada na qual identificou o Espírito Santo como à saída para a purificação do homem. De acordo com a eclesiologia Latina, cada paróquia local é parte da igreja universal. A totalidade das paróquias católicas forma o Corpo de Cristo na terra, com apenas uma cabeça visível no poder, o Papa.

A Igreja Ortodoxa ensina que os bispos são iguais. Para ter certeza, existem diferentes fileiras (patriarca, arcebispo metropolitano e bispo). Tais diferenças se aplicam à gestão de uma igreja, não à natureza do bispado. O presidente tem o título de arcebispo (costume grego).

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Religião

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.