Qual a Origem e Qual A História do Tatu?

Qual a Origem e Qual A História do Tatu?

  • Conhecendo o Tatu e Suas Características

O tatu (também conhecido em terras portuguesas como armadilho), é uma forma de se denominar um conjunto de mamíferos que pertencem à ordem Cingulata e família Dasypodidade. Uma das características mais marcantes desse animal ( e que o torna tão conhecido pela sua imagem em qualquer canto do mundo), é a estrutura que ele apresenta em sua parte superior. Natural do continente americano, esses simpáticos animas, costumam morar em vegetações tais quais as savanas, os cerrados brasileiros, matas ciliares e florestas molhadas.

Tatu

Tatu

Esse animal assim como todos pertence ao reino Animalia, sub classificado no filo Chordata, na classe Mammalia (Mamífero), na ordem dos Cinghulatas. O nome “Tatu” vem do vocabulário tupi guarani, que significa casca encorpada. O nome cientifico Dasypodidade vem do grego que significa pé peludo. Os tatus são animais muito peculiares e abrangeremos suas características ao longo desse texto, assim como sua origem e sua história.

Os tatus são importantes para muitas áreas de estudo, sobre tudo para a medicina por conta de sua infeliz capacidade de contrair lepra, o que lhes dá o status de único animal com exceção do ser humano de conseguir contrair essa doença.

Por conta de contraírem lepra, os tatus são frequentemente fonte de estudo de centros de vigilância e pesquisa, laboratórios e de universidades. A lepra é uma doença muito antiga e que pode ser transmitida por meio do consumo da carne de tatu, e isso poucas pessoas sabem. Isso se manifesta de forma que é um risco caçar e comer carne de tatu, visto que a lepra é uma doença perigosa, se tratando de uma infecção crônica que não costuma se manifestar nos primeiros 20 anos, evoluindo gradativamente a uma série de granulomas espalhados pelos nervos, pelo aparelho respiratório, nos olhos e principalmente na pele.

  • O Lado Ecológico e a História da Caça do Tatu

Esse animal conhecido como tatu tem grande importância ecológica e que a maioria de nós seres humanos não conhecemos. Para começar eles são grandes agentes no controle da espécie de animal que mais mata no mundo: os insetos. Os tatus tem em sua base alimentar os mosquitos e demais insetos (se encaixando no grupo dos insetívoros), principalmente as formigas. Existem dados coletados e armazenados por uma Universidade do Rio Grande do Sul (Universidade da Campanha), que revelou que um tatu pode comer até 9000 animais invertebrados em uma só noite.

A caça do tatu pode fornecer a infecção de lepra por parte do ser humano, e além disso acaba por prejudicar o ecossistema local, que se desequilibra quando perde um tatu por seu potencial conhecido de exterminar os insetos no seu local de moradia. Lembrando que essa caça cinegética e a consequente progressão geométrica dos insetos, acaba provocando efeitos na saúde e na economia local com a proliferação dos mosquitos.

Caça do Tatu

Em contrapartida a esses fatores prejudiciais da caça ao tatu, temos que os nativos da América do sul apreciavam de maneira bem intensa essa carne, assim como a carapaça, o rabo e os ossos do tatu, que eram usados na confecção de utensílios para o dia a dia desses povos mais antigos. Existem um instrumento musical bem antigo confeccionado em terras sul-americanas, conhecido como charango. O charango é um instrumentos de cordas da família do alaúde e possui aproximadamente 66 cm de comprimento (algo similar a um cavaquinho), e tradicionalmente é construído com a carapaça dorsal do tatu . Hoje em dia, com o avanço da tecnologia e das leis ambientais, o charango é confeccionado em sua totalidade a partir da madeira.

O tatu está inserido na cultura de muitos povos antigos, e um dos que mais dão relevância a caça do animal são os “cinta larga” (localizados no Matogrosso e Rondônia). Esses povos caçavam os tatus colocando fumaça nas tocas dos animais, que se sentindo sufocados tinham que sair imediatamente, sem saber que estavam correndo em direção aos seus predadores.

O aarua era um beiju feito com massa de mandioca e tatu moqueado pelos Nambiquara do Matogrosso e Rondonia. Os Xicrin do Pará usavam o rabo do tatu para confeccionar flauta doce, e acabavam por usar esses instrumentos para anunciar a chegada até uma aldeia amiga, ou a chegada da aldeia amiga à sua própria aldeia. Além disso, os cestos em sua maioria eram confeccionados com partes da estrutura corpórea do tatu ( além da  carapaça). Moças menstruadas da tribo dos Uananas no estado do Amazonas, podiam se alimentar da formiga e maniuara e do beiju. O peixe jeju ou carne de tatu eram os alimentos indicados após o rito de flagelação. A flagelação era um ritual punitivo que partia por escolha própria ou não, relacionada ao masoquismo. A carne do tatu era indicada após o ritual por se tratar de uma carne que era tida como a mistura de todas as carnes.

  • Os Tatus Que Vivem no Brasil

O Brasil é um país referencia quando o assunto é hospedar os tatus, ao todo são 10 espécies em território nacional. Para quem pergunta qual é a origem desses animais, precisamos voltar no tempo, precisamente há 80 milhões de anos atrás, e alinhar as espécies que temos hoje como desenvolvimento dos tigres dentes de sabre.

Uma característica das espécies brasileiras é a ausência de pelos, além da alimentação quase que inteiramente baseada em insetos, não podendo nos esquecer de algumas espécies que também comem carnes e vegetais (também conhecidos como tatus onívoros). As garras dos tatus são partes desses animais que merecem muito destaque, por serem muito pontiagudas e consistirem na grande forma de ataque e forma de defesa desses animais. Quando estão em perigo, os tatus cavam covas para se esconder dos predadores, e são através das suas garras que isso é possível. Para fugir de animais maiores, eles podem tentar se desvencilhar dos predadores com garras, e além disso se recolher em torno de sua carapaça.

Quanto a alimentação desses animais, ela se baseia na perseguição por base do cheiro. Todos os insetos ao seu redor, são percebidos por meio do seu olfato apurado, e conseguidos por meio das suas garras, que cavam com muita velocidade. Essas covas construídas pelos tatus, podem se tornar muitas vezes habitats para outros animais, compreendidos entre mamíferos, e répteis.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Animais

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.