Tipos de Azeite: Saiba Tudo

Você sabia que existem vários tipos de azeite? Normalmente, no supermercado nos deparamos com dois deles, mas a variedade pode chegar a 9 qualidades diferentes. Veja a seguir todos os tipos de azeite e um resumo sobre cada um deles!

1- Multivarietais: esse tipo é aquele que não sofre nenhum tipo de alteração, seja mecânica ou mesmo natural, ele é 100% puro. Por isso, ele é rico em vitamina E, que é encontrada na sua gordura e tem um forte aroma da fruta. Para que o azeite seja considerado completamente puro, não pode ser encontrado na sua composição os ácidos oleicos. Se por acaso, forem encontrados “traços”, esses não podem ser superiores a 0,8%, falando em 100 gramas do produto.

Um azeite extra virgem, por exemplo, tem sua origem na tipologia multivarietais, que depois são misturados e cada marca procura “criar” o seu próprio sabor.

2- Orgânicos: são azeites especiais, que seguem as regras impostas pelas principais entidades que fazem controle ecológico. Por exemplo, antes da colheita, as oliveiras ficam em observação por 5 anos e só depois estão aptas a produzir. Além disso, o uso de agrotóxicos é completamente proibido.

A produção desse azeite passa por um rígido controle e a entidade que faz a regulamentação e que garante que o produto é 100% orgânico coloca o selo.

3- Azeite de oliva virgem: esse tipo de azeite é feito exclusivamente através de processos mecânicos e também é conhecido como “azeite fino de oliva”. Ele pode ter uma acidez que não supere 0,8%, seguindo as normas do Conselho Oleícola Internacional.

4- Azeite de oliva virgem corrente: essa tipologia do azeite de oliva virgem significa que o seu teor de acidez é maior. O permitido é uma variação entre 2,1% a 3,3%.

5- Azeite de oliva virgem lampante: não é adequado porque tanto o seu sabor quanto o seu cheiro não são agradáveis. A sua acidez pode ser maior de 3,3% e por isso, ele não deve ser consumido. Esse tipo de azeite é usado para outros fins, como por exemplo, combustível para lamparinas.

6- Azeite de oliva refinado: quando um azeite de oliva virgem não consegue ter o sabor e odor que o permitam de ser consumido, ele passa por um processo para ser utilizado de outra forma. Se chama refino, que na prática significa, descolorir, desodorizar e neutralizar o produto. Esse processo de refino consegue eliminar a acidez do azeite e daí ele pode se transformar em extra virgem ou virgem.

7- Azeite de oliva ou 100% puro: é quando no azeite é acrescentando, um percentual escolhido pelo fabricante, de azeite virgem ou extra virgem no azeite refinado. Neste caso, ele não poderá ter um teor ácido maior do que 1,5% de acidez. O que faz com que esse tipo de azeite seja mais indicado para preparação de frituras e ou cozimentos e nunca para temperar saladas.

8- Azeite de orujo: depois de extraído o azeite é que é feito o azeite de orujo, com uma massa do caroço, da pele da azeitona e da polpa. Em seguida, o produto passa por um tratamento que incluiu o uso de solventes químicos. O produto final não deve ser consumido para alimentação.

Veja o Processo Para a Transformação do Azeite!

  • O primeiro passo para se fazer o azeite é colhendo as azeitonas e se trata de um processo que requer muito cuidado, porque o fruto não pode ter rachaduras na pele. Isso porque, o problema levaria a uma oxidação muito rápida. Logo em seguida, não superando 72 horas, o fruto deve seguir para maceração. Na parte da colheita, além da atenção de como são retirados os frutos, é necessário que seja feita no momento certo, quando a azeitona está maturada. A colheita na hora certa é que garante um azeite com pouca acidez, com a cor e a textura perfeita e com um bom sabor.
  • Depois da colheita vem a maceração. Nesta fase é que é hora de tirar a pele da azeite e junto com o caroça e com a polpa fazer com que vire uma massa única. É muito comum que as azeitonas sejam maceradas logo seguida da colheita. É um modo de ter um melhor azeite.
  • O terceiro passo para fazer um azeite é a prensagem. Aquela massa que foi feita no processo de maceração precisa passar ou pela centrifugação ou pela prensagem. Quando é feito esse processo, a água que possui a azeitona é retirada, normalmente, varia entre 35% a 55%.
  • Da prensagem partimos para decantação, que separa a água do azeite dando sequência ao processo começado anteriormente. É a reta final para se ter o azeite, que fica faltando somente retirar os resíduos da massa de azeitona para terminar todo o processo.
  • Depois dessa fase é hora de classificar o azeite de oliva de acordo com vários fatores: sabores próprios, aromas, características do clima da área onde foi preparado, tipo de solo, método de colheita, tipo de produção, insolação e composição da água.
  • A fase final é do refino, que é de grande importância para a retirada da acidez do azeite, o que pode torná-lo impossível para o consumo na alimentação. Nessa fase são feitas a desodorização e a neutralização do azeite. E são eliminadas a cor, o aroma e o sabor do produto. Depois disso então, o produto passa por um novo processo que é chamado de encabeçamento, onde é acrescentado uma parte de extra virgem ou azeite virgem no produto.  Feito isso se obtém o resultado final do produto que é um azeite com ótimo sabor, uma cor suave e com o nível de acidez justo para o consumo alimentar que não ultrapassa 1.5 de acidez.

Curiosidades: No Brasil o azeite é usado basicamente para temperar saladas ou outros alimentos e é comum ouvir dizer que o produto não deve ser aquecido. Já na Itália, na cozinha italiana o que é somente azeite para nós é óleo para eles. Os italianos cozinham sempre usando o azeite, seja para refogar um arroz ou um peixe. Eles esquentam o azeite na panela para preparar os pratos. O outro tipo de óleo só é usado pelos italianos quando é necessário fritar alguma coisa que precisa ser “mergulhada” dentro do líquido.

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Categoria(s) do artigo:
Culinária

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