Eleições Municipais de 2016

As eleições são um dos eventos mais tradicionais e importantes em uma democracia. Afinal, a partir dela, os representantes do povo são eleitos para que atendam por suas necessidades na câmara de vereadores, no gabinete do prefeito, no congresso estadual, no gabinete do governador, no congresso nacional, no senado, e, por fim, no gabinete da Presidência da República, cargo esse que é o máximo da política Brasileira. As ideias de eleições começaram logo após a separação de Portugal da colônia brasileira, afirmando o Brasil como uma nova nação em 1822, o que foi promulgado realmente com a declaração de república do Brasil, em 1889, com a derrocada da monarquia constitucional. Um ano antes, uma liminar assinada pela Princesa Isabel, à 13 maio de 1888, determinou que todos os escravos do país deveriam ser libertados.

No entanto, em 2016, estarão sendo realizadas no país as eleições municipais, que têm o poder de definir quem serão os novos vereadores que irão ocupar a câmara municipal, bem como o novo prefeito, que irá ocupar o posto junto com os vereadores por mais de 4 anos. Como era de se esperar, muitos dos candidatos aos cargos de prefeito e vereadores estão tentando a reeleição, mostrando aos candidatos as evoluções que ocorreram no país desde o início de seu mandato.

No nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco mais sobre as eleições desse ano, bem como algumas informações interessantes que cercam todo pleito eleitoral. Vamos lá?

As Eleições

Eleição nada mais é do que um pleito que tem por objetivo eleger representantes ao gosto da população, no qual o dever deles é defender os interesses da sociedade para com os outros representantes, buscando fórmulas que melhorem a condição social das pessoas. As primeiras eleições, ditas democráticas (mas não tão democráticas assim) foram na Grécia, onde membros da elite grega elegeram seus representes. A quase democracia é caracterizada assim por que as pessoas mais pobres e as mulheres eram impedidas de participar dos pleitos democráticos.

Atualmente, no Brasil, todos os seus habitantes, que sejam alfabetizados, que tem seus documentos e almejam ocupar cargos públicos tem a obrigação de votar, condição imposta a todos os brasileiros maiores de 18 anos, até os menos de 70 anos. Apesar de o voto não ser facultativo a essa faixa etária, condição essa que é debatida incansavelmente, as pessoas que tenham de 16 ou 17 anos até a data de eleição e pessoas com mais de 70 anos não precisam obrigatoriamente ir a uma cabina de votação, ficando a seu critério comparecer ou não.

Geralmente, tanto os pleitos municipais quanto os estaduais e federais são realizados em outubro do ano em que se completa 4 anos do último pleito eleitoral. É bom destacar que cada pleito é organizado dois anos após o outro. Por exemplo, em 2010, ano em que foi eleita a primeira presidente mulher do país, Dilma Rousseff (PT), além dos governadores, senadores e deputados da esfera estadual e federal, dois anos depois, em 2012, foi realizado o referendo sobre a eleição para o cargo de prefeito e vereador das cidades do Brasil. No caso, em 2016, o pleito será para decidir sobre os vereadores e prefeitos municipais. Portanto, em 2018, daqui a dois anos, serão eleitos, novamente, os deputados, senadores, governadores e o ou a presidente do país.

O Impeachment em 2016 e o Processo Eleitoral

O ano de 2016 foi muito agitado para os brasileiros, justamente pelo que aconteceu durante o ano: instabilidade política, crise no setor público, Olimpíadas Rio 2016, e o Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que foi cassada no senado no dia 31 de agosto de 2016 por conta de acusações como pedaladas fiscais e outros delitos orçamentários.

Muito se tem especulado se o episódio do impeachment, que é o segundo na recém e frágil democracia brasileira – em 1992, foi a vez do então presidente Fernando Collor sofrer o processo de impedimento por ligações dele com a corrupção- pode interferir nas decisões municipais. Obviamente, o partido que iria “sofrer” mais para angariar votos nas eleições de 2016 era o Partido dos Trabalhadores (PT), no qual Dilma era filiada. Além disso, o partido é acusado de vários outros processos corruptos, no qual desgastou e muito sua imagem. Vantagem para os outros partidos, principalmente os de oposição, como o PSDB, que viu seus candidatos tanto a prefeito como vereador crescerem.

No entanto, o crescimento de tais legendas não deve ser tão avassalador, visto que muitas pessoas defendem a ex – presidente, com a alegação que a parlamentar sofreu um golpe no processo, o que é veemente desmentido pelos senadores e outras autoridades de esferas maiores da justiça, como o STF.

As Eleições de 2016 e os Candidatos

As eleições municipais de 2016 irão acontecer no dia 02 de outubro, com o segundo turno marcado para o dia 30 do mesmo mês. A campanha eleitoral começou em agosto, mais precisamente, no dia 18. É considerada a campanha eleitoral mais curta da história do país, com 45 dias. Antes, 90 dias eram cedidos aos partidos e candidatos para apresentarem as suas propostas ao público por meio de propaganda nas rádios, TV’s, internet, entre outros lugares.

As cidades mais importantes para a mídia, que organiza e televisiona os famosos debates, são, geralmente, as capitais e cidades com expressivo número de habitantes. Na cidade de São Paulo, por exemplo, que é a cidade mais importante do Brasil, são 11 candidatos a prefeito, sendo os seguintes: João Dória, Celso Russomanno, Marta Suplicy, Luiza Erundina e Fernando Haddad os candidatos que mais concentram os votos paulistas. Também, há milhares de candidatos a vereador pela cidade, que comporta, em sua câmara, 55 cadeiras.

No final do ano de 2015, com a crise econômica e política instaurada, a mídia noticiou que a eleição de 2016 seria feita com cédulas de papel, ao invés da moderna urna eletrônica. No entanto, essa possiblidade foi descartada.

Uma curiosidade é que, cidades de até 200 mil habitantes não possuem segundo turno, se elegendo aquele candidato que tiver o maio número de votos válidos (excluindo, ai, os votos em branco ou nulo).

Muitos candidatos veem a eleição de 2016 como um ensaio para o cenário eleitoral de 2018, pois muitos candidatos almejam a vaga de deputados estaduais ou federais. Por isso, testam a sua aceitação eleitoreira nas eleições municipais.

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Categoria(s) do artigo:
Brasil

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