Quais São as Rochas Magmáticas?
As formações rochosas estão presentes em diversos lugares e compõem o panorama tanto das cidades, quantos de áreas rurais e distantes.
As rochas são utilizadas na construção civil para o calçamento de ruas e calçadas, para revestimento de paredes, pisos, concreto, etc.
A petrologia é um ramo da geologia que estuda a origem, a ocorrência, a estrutura e a história das rochas e possibilita traçar o perfil da natureza geológica de uma região.
Rocha é o nome dado aos agregados formados por minerais de diferentes tipos de substâncias inorgânicas e, em alguns poucos casos, também de orgânicas.
Rochas Magmáticas
Vale acrescentar que mineral é um sólido natural, homogêneo, que tem composição química definida, e possui características como: brilho, cor, transparência, dentre outros.
Normalmente, os minerais se associam (dois ou mais) para formação das rochas, em quantidades bem definidas e em uma grande extensão.
As rochas, quando constituídas de um só mineral, recebem a denominação de rocha ao invés de mineral, em função da dimensão territorial que ocupam.
Estes limites podem alcançar vários quilômetros de alcance. Estas rochas são designadas de monominerálicas.
Os minerais constituintes de uma rocha são classificados em essenciais ou acessórios. Os essenciais são aqueles que irão dizer qual é a natureza de uma rocha, que definem a sua identidade.
E os acessórios são os minerais que aparecem em quantidades reduzidas, e que não descaracterizam a classificação majoritária da rocha, podendo formar um subgrupo.
Dependendo do processo de formação das rochas, elas podem ser classificadas em três grupos: sedimentares, metamórficas e ígneas.
Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares se formam a partir de outras rochas mais antigas, e que foram desagregadas sob a ação de temperaturas e pressões baixas, na superfície da crosta terrestre.
Podem ser de natureza detrítica ou não detrítica, dependendo na natureza do material que as formou, isto é, se foi formada (ou não) a partir de detritos transportados pela rocha matriz.
Estas rochas são porosas e permeáveis, com estratificação bem pronunciada, e podem conter fósseis.
As rochas sedimentares mais comuns presentes na natureza são as arenosas, argilosas e carbonatadas. As duas primeiras são detríticas (ou clásticas), e a última é não detrítica, sendo esta subdividida em duas categorias: calcários e dolomitos.
Rochas Sedimentares
De uma forma geral, a classificação das rochas sedimentares depende do material que predomina na sua formação.
Assim, podem ser: clásticas, como dito acima, químicas, biogênicas (biológicas ou bioquímicas) e orgânicas.
As químicas são formadas por material precipitado contendo íons. As biogênicas são formadas por material orgânico proveniente de organismos aquáticos e suas formações ósseas, como esqueletos.
E as orgânicas são oriundas de dejetos vegetais e matéria orgânica, dando formação às argilas orgânicas e ao carvão.
Algumas rochas sedimentares classificadas são:
- Rochas sedimentares clásticas: calcário, dolomito, ritmito, conglomerado, folhelho, árcoseo, arenito, grauvaque, siltito, argilito;
- Rochas sedimentares químicas: canga, chert, espeleotemas, evaporito e BIF;
- Rochas sedimentares biogências: coquina e carapaça de vermetídeos;
- Rochas sedimentares orgânicas: carvão.
Rochas Metamórficas
Essas rochas são formadas de outras já existentes (protólitos) por ação de pressão e temperatura. Os protólitos podem ser de formação ígnea, sedimentar ou também metamórficos.
Geralmente, o metaforfismo é descrito como um fenômeno em que a rocha original não sofre mudanças na sua composição química.
Todavia, isso ocorre em proporções muito pequenas, e quando assume importância na nova estrutura passa a ser designada de metassomatito (meta = mudança; soma = substância) ao invés de metamorfito.
O processo do metamorfismo pode englobar a recristalização de minerais na rocha matriz, mudança na textura da rocha, e também através da cristalização de novos minerais que não estavam presentes na rocha inicial.
Em geral, esse mecanismo ocorre em rochas que estão soterradas profundamente, e que devido ao aumento de pressão e temperatura têm que se reacomodar no subsolo.
Rochas Metamórficas
Este fenômeno é muito comum em localidades com ocorrência de colisões continentais e subducção de placas tectônicas, dando formação a cordilheiras (orogênese).
As rochas, nestas regiões sofrem compressão e elevação de temperatura. E este último fator é o mais importante no processo de formação de rochas metamórficas.
A temperatura faz com que as ligações químicas entre os átomos presentes nos cristais sejam rompidas e fiquem livres para as reações metamórficas.
Isso possibilita a recristalização e formação subsequente de novos minerais, com mais estabilidade.
As principais rochas metamórficas são: ardósia, filito, xisto, gnaisse, granulito, anfibolito, mármore, quartizito, hornfels.
Rochas Ígneas (ou Magmáticas)
As rochas ígneas são formadas através do resfriamento e posterior cristalização dos magmas. Magma é uma mistura de rochas fundidas e gases no interior da terra, que se mantem a uma temperatura alta (600 – 1200oC), em profundidades extremas.
O magma pode ascender dos locais profundos ate a superfície da terra, cristalizando-se e dando origem às rochas magmáticas.
A composição mineralógica e química das rochas ígneas é que possibilita a sua classificação.
Rochas Ígneas
Dependendo da proporção dos minerais máficos (silicatos ricos em ferro e magnésio, de coloração escura) e dos félsicos (silicatos com pouca concentração de ferro e magnésio, de coloração clara), as rochas podem ser:
- Félsicas, com teores abaixo de 15% de minerais máficos;
- Intermediárias, com composição entre 15-35% de minerais máficos;
- Máficas, quando apresentam a faixa de 35 a 90% de minerais máficos,
- E ultramáficas com mais de 90% de minerais máficos, ou com baixa presença, ou ausência de minerais félsicos.
As rochas ultramáficas também são apontadas como as mais primitivas em função da sua composição ser mais próxima dos materiais de origem da Terra.
E as rochas félsicas são ditas “evoluídas”, pois resultam da contínua troca das rochas originais.
As rochas ígneas podem ser classificadas segundo o teor de óxido de sílica que contêm, visto que os minerais silicáticos predominam em sua composição.
Podem ser: ácidas, com teores de SiO2 acima de 65%(ricas em quartzo); intermediárias, com teores de sílica entre 62 e 52%; básicas, com teores de SiO2 entre 45 e 52% e com quartzo em quantidades bem pequenas (ou ausente) e ultrabásicas quando os teores de SiO2 estão abaixo de 45%, e quartzo está ausente.
Alguns exemplos de rochas ígneas são:
- Anortosito
- Carbonatito
- Charnockito
- Diabásio
- Diorito
- Gabro
- Granito
- Kimberlito
- Piroxenito
- Sienito
- E Tonalito
