Quando o assunto é poluição vem logo ao pensamento a imagem de fábricas jogando muita fumaça e fuligem no ar, carros largando gás carbônico, água contaminada por esgotos que correm a céu aberto, plantações ricas em agrotóxicos, meio ambiente lixo largado em locais impróprios e inúmeras outras formas de poluição da água, do ar e do solo, no entanto poucas pessoas prestam atenção em duas outras espécies de poluição a qual estamos sujeitos diariamente, a poluição visual e a poluição sonora.
Esses dois tipos de poluição, tão comuns nos grandes centros e nas metrópoles passam desapercebidas pela maioria das pessoas que acabam se acostumando a ela, no entanto esse tipo de poluição também faz mal a saúde das pessoas, pois leva ao estresse, agride a sensibilidade e a mente das pessoas que são obrigadas a assimilar toda essa inundação de informações visuais diariamente, e como suas conseqüências ocorrem no campo psíquico mais do que no campo físico, mesmo ciente de que é um problema na maioria das cidades do mundo inteiro não há legislação nem fiscalização sobre a poluição visual, na legislação sobre meio ambiente poluído trata de forma superficial sobre esse tipo de poluição, mas também não existe regulamentação sobre quantas placas ou out-doors é permitido colocar em cada metro quadrado das grandes cidades.
Entende-se por poluição visual o excesso de elementos e informações visuais em determinado espaço, assim a poluição visual nas cidades acontece com a grande quantidade de placas, out-doors, anúncios, propagandas, banners, anúncios luminosos, enfim, uma imensa variedade de formas de propaganda num espaço determinado. Também são consideradas como responsável pela poluição visual as pixações, as técnicas de grafite nas paredes e muros, a grande quantidade de fios, ligações elétricas e telefônicas, resíduos urbanos e lixo exposto nas áreas urbanas. A todo esse conjunto, quando em demasia além de tornar o ambiente feio causa um desconforto visual e espacial, desvalorizando essas áreas urbanas que passam a ser consideradas um espaço promocional. As propagandas, cartazes e out-doors por si só não são feios ou agressivos, ao contrário, a maioria deles é bastante atraente, o que causa a verdadeira poluição visual e a grande quantidade de propagandas agrupadas descontroladamente, tornando então o conjunto poluído.
A poluição visual também causa problemas no trânsito, pois o grande numero de propagandas e cartazes, especialmente os luminosos a noite nas grandes metrópoles, atrapalham a concentração e a visibilidade dos motoristas, podendo inclusive ser a causa de algum acidente no trânsito. Mas a poluição visual não para por ai, também os resíduos urbanos e a falta de coleta de lixo diária é responsável por parte da poluição de varias cidades. Como exemplo dos resíduos urbanos podemos citar os entulhos que são jogados em terrenos baldios, restos oriundos da construção civil, terrenos abandonados, todas essas são formas de poluição visual que fazem mal a sociedade como um todo. É fundamental um planejamento urbanístico que preveja a propaganda mas também a imagem e a estética e beleza das nossas cidades, elaborando regras para as propagandas e publicidades que são expostas nas vias urbanas.