Histórias Budistas

As histórias Budistas são sempre muito interessantes, pois juntam o fantástico com uma visão do mundo real para tentar explicar acontecimentos da vida e como devemos nos portar nas mais variadas situações. São histórias muito bonitas que através de enredos por vezes simples nos remetem a ensinamentos profundos.

Histórias Budistas

Histórias Budistas

Para quem deseja um momento de reflexão sobre a vida vai gostar das histórias budistas que listamos abaixo.

Refletindo com Histórias Budistas

História da Flor de Lótus

Numa tarde Buda reuniu alguns dos seus discípulos tendo nas mãos uma flor de lótus que simboliza a pureza e pediu a cada um que dissesse algo sobre ela. O primeiro discípulo falou longamente sobre a importância das flores, o segundo fez uma linda poesia sobre a beleza da flor de lótus e o terceiro criou uma parábola tendo essa flor como exemplo. Finalmente chegou a vez do quarto discípulo que chegou perto de Buda para que pudesse acariciar e cheirar a flor e então disse “É uma flor de lótus”. Buda explicou para eles que somente o quarto discípulo tinha realmente visto o que ele tinha nas mãos. Devemos ser diretos e simples na vida.

História A Compaixão de Buda

Os pais amam seus filhos igualmente, contudo, se um deles está doente tem mais atenção e afeto. Assim também é o carinho de Buda que embora seja igual para todos tem uma concentração especial nos mais ignorantes que devido a essa ignorância precisam passar por provações maiores. Da mesma forma que o sol nasce para todo o mundo, Buda, também estende a sua misericórdia para todos dissipando assim as trevas e conduzindo para o caminho do bem. Buda estende a sua compaixão para todos igualmente com a intenção de que possam encontrar o caminho da iluminação.

História Caçador e Coelho

Uma vez um estudante de artes marciais muito aplicado disse a seu mestre que desejava aprender mais e que para isso estava pensando em procurar outro mestre para que pudesse aprender um novo estilo. Então questionou o que seu mestre pensava a respeito e ele sem dúvidas lhe respondeu: “Um caçador que fica espreitando dois coelhos acaba não pegando nenhum”.

História O Sino

O novo estudante de um mosteiro logo procurou pelo mestre e perguntou de que maneira poderia absorver ao máximo o conhecimento dele. A resposta foi a seguinte: “Pense que sou um sino, se me dá um toque de leve então eu respondo com um som tímido, porém, se me tocar com força então emitirei uma badalada forte e sonora”.

História Duelo Entre Buda e o Deva

Durante um passeio por um belo jardim Buda encontrou um Deva (um espírito da natureza) que começou a lhe fazer algumas perguntas:

  • Deva – “Qual espada é mais cortante?”
  • Buda – “A palavra cheia de raiva”.
  • D – “Qual o pior veneno?”
  • B – “A inveja”.
  • D – “Qual o fogo mais quente?”
  • B – “A luxúria”.
  • D – “Qual é a noite de escuro mais profundo?”
  • B – “Ser ignorante”.
  • D – “Quando se recebe a recompensa verdadeira?”
  • B – “Quando se dá algo sem querer nada em troca”.
  • D – “Que armadura é mais forte?”
  • B – “A paciência”.
  • D – “Qual a arma mais poderosa?”
  • B – “A sabedoria”.
  • D – “Qual o pior ladrão?”
  • B – “Um pensamento ruim”.
  • D – “O que é a felicidade?”
  • B – “A libertação”.
  • D – “O que acaba com uma amizade?”
  • B – “O egoísmo”
  • D – “O que não é consumido pelo fogo e nem pela ferrugem e que possui a capacidade de reconstruir o mundo?”
  • B – “As boas ações”.

Estando satisfeito com as respostas de Buda Deva então lhe deu as mãos e se inclinou.

História A Coisa mais Importante

Um poeta chinês muito famoso foi um dia até um importante mestre para perguntar a respeito de qual seria o principal ensinamento de Buda e este então lhe respondeu: “Não prejudicar ninguém e fazer só o bem”. O poeta ficou desconcertado e disse que não acreditava que tinha viajado tanto para ouvir uma resposta que uma criança de 3 anos poderia ter dado. O mestre então disse que embora até uma criança de 3 anos pudesse dizer isso era difícil até para um idoso como ele praticar isso em seu dia a dia.

História O Que não se Pode Roubar

Numa noite muito bonita um ladrão invadiu a cabana de Ryokan, um mestre zen que vivia com grande modéstia, e descobriu que nada havia para roubar. Então Ryokan surpreendeu o ladrão e lhe disse que sentia muito que ele tivesse vindo de tão longe para voltar de mãos abanando e então tirou as próprias vestes e lhe entregou. O ladrão perplexo riu e foi embora. Ryokan sentou-se para fora da cabana contemplado a lua e então disse para si mesmo “Pobre homem, pena que não pude lhe dar essa bela lua”.

História Sandálias de Palha

O mesmo mestre zen da história anterior, Ryokan, deixou seu sobrinho como gestor dos bens da família para que pudesse devotar sua vida aos estudos de mestre zen. No entanto, a família lhe procurou para reclamar do sobrinho que estava esbanjando toda o dinheiro com cortesãs. Ryokan então viajou muito tempo por uma estrada onde encontrou seu sobrinho que estando feliz por vê-lo o levou para sua casa.

O mestre zen passou a noite toda meditando e pela manhã pediu que o sobrinho lhe ajudasse a amarrar as suas sandálias de palha alegando que suas mãos estavam muito trêmulas pela idade e que um dia o sobrinho também passaria por isso e deveria estar preparado para não ter dificuldades. Ryokan jamais mencionou a cortesã ou as reclamações da família sobre os gastos, mas o sobrinho entendeu a mensagem e passou a ser mais cuidadoso.

História Buda Acessível Para Todos

Sakyamuni, Sutra de Lótus, sempre pregou que todos tinham igual potencial para chegar ao estado de Buda e dessa forma a melhor maneira de pregar os seus ensinamentos era usar a língua Magadha que era a linguagem do dia a dia das pessoas comuns. Para os Brâmanes mais ortodoxos da época isso era errado e a pregação deveria ser feita através da linguagem dos Vedas que é a língua usada pela classe mais alta e abastada.

Numa determinada situação dois irmãos da casta dos Brâmanes procuraram Sakyamuni para lhe dizer que ele ofendia o budismo ao pregar na língua Magadha. O próprio Buda então resolveu por fim na questão e disse que puniria quem pregasse seus ensinamentos na linguagem dos vedas. Todos devem ter acesso aos ensinamentos de Buda.

História O Mestre e o Samurai

Num dia de sol um samurai encontrou em seu caminho um importante mestre e então lhe perguntou se existia mesmo um céu e um inferno. O mestre olhou para o homem de cima a baixo e lhe perguntou “Que é você” ao que ele respondeu “um samurai”. Desdenhando o mestre disse “Você é um guerreiro? Com esses trajes que lhe dão aparência de mendigo?”.

Ofendido o samurai tirou a espada da bainha e a apontou para o mestre que então lhe provocou “Será que essa espada de mendigo é mesmo afiada para cortar minha cabeça?”. Quando o samurai se preparou para desferir o golpe fatal o mestre lhe disse “Está aí as portas do inferno”. O samurai entendendo o ensinamento abaixou a espada e fez uma referência ao mestre que então respondeu “E está aí as portas do céu”.

História O Filho Perdido

Um viúvo que tinha apenas seu filho de cinco anos encontra sua casa e sua vila queimadas quando retorna do trabalho e acredita que seu pequeno está morto ao encontrar um corpo de criança carbonizado. Muito triste o pai manda cremar o corpo da criança e as cinzas são colocadas num saquinho que carrega sempre com ele. No entanto, o que ele não sabe é que seu filho foi raptado pelos bandidos que colocam fogo na vila.

Um dia o seu filho verdadeiro foge dos bandidos e bate na porta da casa do pai dizendo ser seu filho. O pai devastado pela dor e acreditando ser uma piada de alguma criança diz que o menino vá embora. Os dois nunca mais voltam a se ver na vida. A lição que fica é que se tomamos algo como verdadeiro é muito difícil ver outra possibilidade mesmo que ela bata a nossa porta.

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Categoria(s) do artigo:
Religião

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