Qual a Melhor Forma de Ensinar a Ler?

Os Métodos De Alfabetização

Ainda que pareça algo extremamente simples para os adultos da atualidade, saber ler e escrever é algo um tanto quanto complexo, e esse aprendizado, ainda que seja fundamental nos dias de hoje, é algo que não é tão trivial e é exatamente por isso que adultos que são analfabetos tendem a sofrer tanto nesse sentido.  São por esses motivos que pessoas que não são da área da educação e da pedagogia acabam por não compreenderem o quão complexo pode ser todo o processo de alfabetização, focando somente em sua importância, mas deixando um pouco de lado o trabalho existente para que uma pessoa – seja um adulto ou uma criança – comece a ler e escrever.

Ainda que o foco do artigo de hoje seja entender qual a melhor maneira de ensinar uma pessoa a ler, atualmente não existe somente um método para realizar a alfabetização de uma pessoa, mas sim vários tipos que se dividem em duas principais vertentes: os métodos de alfabetização sintéticos e os métodos de alfabetização analíticos, onde cada educador escolhe um ou uma combinação de métodos para trabalhar da melhor forma com seus alunos.

Os métodos de alfabetização sintéticos têm como base o inicio do ensinamento utilizando pequenas unidades sonoras e / ou gráficas, começando da parte e indo para o todo. Já os métodos de alfabetização analíticos funcionam de maneira exatamente contrária, partindo do todo e indo para as partes, mostrando assim a existência de partes com significado. Acontece que essas duas vertentes ainda dividem muitas opiniões entre os estudiosos e educadores da temática de alfabetização, já que os professores tem o objetivo de ir além de somente o aluno aprender a ler e escrever, mas sim, criar possibilidades para que o aluno se torne um individuo ativo e crítico a respeito da sociedade como um todo. Claro que toda essa ideia é construída com o tempo e com muitos estudos, porém o processo de alfabetização já pode começar auxiliando muito nisso.

Com isso em mente fica claro que o ideal dos educadores e pesquisadores de educação é utilizar qualquer uma das vertentes e qualquer um dos métodos dentro delas, com o objetivo de que além de saber ler e escrever, o aluno possua também um aprendizado mais consistente e firme, que faça com que ele se desenvolve em outros aspectos da vida, tornando-o mais independente e autônomo, se apropriando de seus conhecimentos e utilizando ferramentas para que a longo prazo, se torne uma pessoa participativa no seu círculo social.

Os três principais métodos de alfabetização sintéticos são o método alfabético ou soletração, o método fônico ou fonético e o método silábico. No método alfabético, os alunos entram em contato com maneiras de soletração, onde as letras geralmente são associadas a sua própria representação, esse é o método mais comum e mais utilizado até os dias de hoje. Já o método fônico, como o próprio nome sugere, realiza uma relação muito próxima entre os sons das palavras e sua escrita, começando das coisas mais simples e partindo para as mais complexas. No método silábico, as sílabas – unidades linguísticas básicas e fundamentais – são estudadas mais profundamente, e com o seu domínio, passam a ser criadas palavras que as possuem.

Todos os métodos apresentados contam com ressalvas e desvantagens, ou seja, não existe um método perfeito. O principal problema dos métodos alfabéticos e silábicos são a possibilidade de que o auno demore para realizar a associação das palavras futuramente, prejudicando o aprendizado. Já no método fonético, a principal desvantagem é que na língua portuguesa existem muitas variações de sons e letras, o que pode também gerar alguns problemas no aprendizado.

Já os três principais métodos de alfabetização analíticos são a palavração, a sentenciação e o método global. Na palavração, normalmente o professor apresenta um grupo de palavras para que os alunos realizem o reconhecimento e as semelhanças das grafias das mesmas, incentivando a memorização e a utilização futura das palavras juntamente com imagens e atividades de escrita. Já na sentenciação, o ponto mais trabalhado nos alunos é a oralidade, onde os mesmos citam algumas frases simples e é elas que são estudadas em sala de aula, criando assim um aprendizado mais completo e pertencente ao dia a dia dos alunos. O método global realiza a alfabetização por meio do trabalho de algum determinado texto por um certo tempo, para que os alunos consigam assimilar e memorizar tudo o que é lido, forçando uma fixação e incentivando a análise de frases posteriormente.

Assim como nos métodos sintéticos, os métodos analíticos também possuem pontos negativos, que precisam ser trabalhados da melhor maneira possível. Por exemplo, na palavração e na sentenciação, os prontos negativos são que os alunos podem ter a tendência de focar apenas na grafia das palavras e não na sua composição de letras e sílabas.  Já no método global, o que pode acontecer é que os alunos acabem focando muito nas informações, e as unidades menores das palavras sejam trabalhadas de forma enfraquecida.

Melhor Forma De Alfabetização 

Como já foi apresentado acima, hoje se tem conhecimento de que não existe uma única maneira correta de alfabetização, sendo que todos os métodos possuem seus prós e contras e sendo também necessária a boa adaptação dos alunos a cada um deles e também o empenho do educador. Porém, existem algumas dicas que podem potencializar e enfatizar todo esse processo, deixando assim a forma do aprendizado da leitura e da escrita muito mais efetivos e interessantes, e elas serão apresentadas logo abaixo.

Métodos de Alfabetização

Métodos de Alfabetização

Primeiro é importante ter em mente que a alfabetização não é um processo rápido, e que pode sim demorar algum tempo para que todas as habilidades do aluno sejam desenvolvidas de maneira proveitosa e saudável. Para que isso não seja ruim e nem prejudicial para o aluno, o mais indicado é que não se force o mesmo a nada, já que isso pode gerar um efeito contrário, fazendo com que o aluno crie uma resistência a leitura e a escrita, os enxergando como um castigo e criando um desinteresse.

A partir disso é possível que se crie uma forma mais prazerosa para o aprendizado do aluno, seja apresentando o alfabeto de maneira mais lúdica e divertida, tornando realmente uma brincadeira de alfabeto. Isso é possível utilizando cartilhas coloridas, joguinhos como caça palavras, alfabetos coloridos e grandes, lousas, músicas entre vários outras coisas mais leves, que com certeza tornarão a experiência de alfabetização mais completa e interessante.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Escolar

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.