Caatinga é um dos biomas que compõem a biodiversidade dos ecossistemas brasileiros. Ocupando cerca de 10% do território nacional a caatinga é exclusividade do nordeste do Brasil, pois em nenhum outro lugar do planeta este bioma é encontrado, sendo também o único bioma que é exclusivamente brasileiro, o que faz com que cientistas de diversas partes do mundo venham pesquisar e estudar a caatinga, que se estende pelos estados da Bahia, Alagoas, norte de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
A palavra caatinga é uma palavra indígena que significa “Mata Branca” que supõe-se que advém do fato da vegetação da catinga passar a maior parte do ano sem folhas e com aspecto seco. A vegetação característica deste bioma é composta de arvores e arbustos baixos e uma grande diversidade de cactos espinhosos, como exemplo podemos citar a braúna, a aroeira, o murici, o jabota e o araticum. O clima da caatinga é semi-árido e as chuvas da região não são regulares, o solo é pobre de matérias orgânicas e rico em proteínas. Quanto aos animais de diferentes espécies que compõe o bioma da caatinga brasileira, pesquisadores e biólogos já identificaram 17 espécies diferentes de anfíbios, 120 mamíferos, 44 répteis e 695 aves diferentes que tem seu habitat no meio ambiente da caatinga, entre estes temos o sagüi do nordeste, o tatu-peba, o veado catingueiro, a preá, o gambá, a cotia, e o sapo cururu tema de uma musica infantil conhecida nacionalmente. Infelizmente alguns desses animais como a ararinha azul estão na lista dos animais em extinção do IBAMA, a maioria destes em virtude da degradação e da falta de controle do meio ambiente.
A caatinga tem a aparência de um deserto, o que é ocasionado por seus baixos índices pluviométricos e sua temperatura sempre alta, além da presença de ventos fortes durante as épocas mais secas, todos fatores que contribuem para formar essa paisagem arida, onde vivem cerca de vinte milhões de brasileiros. Nas épocas de seca o homem do sertão nordestino e suas famílias sofrem muito, caminhando muitos quilômetros embaixo de sol forte para buscar água, a miséria é muito grande e muitos passam fome.
Essa vida difícil faz com que muitos deixem a caatinga e venham para as grandes cidades em busca de emprego e uma vida melhor. Em virtude desse êxodo do nordeste muitos acabam nas ruas e engrossando as fileiras de desempregados nos grandes centros como São Paulo. No período de 22 a 28 de abril o estado do Ceará promove a Semana Estadual da caatinga, que tem eventos marcados em diversas cidades nordestinas com apoio do governo e da assembléia legislativa. O evento pretende aprofundar a discussão de projetos de educação ambiental sustentabilidade para a caatinga, lançando o projeto Mata Branca.