A sigla I-VTEC é muito usada pelos mecânicos e conhecedores de carro hoje em dia, especialmente nos motores da gigantesca montadora japonesa Honda.
Na realidade, essa sigla começou apenas como VTEC, que significa Variable Valve Timing And Electronic Control. O projeto foi iniciado em 1983.
Porém, só foi lançado oficialmente após 5 anos, no antigo Integra da marca. Já no início dos anos 2000 ele começou a ser chamado de I-VTEC, quando recebeu uma atualização e o ajuste da árvore de cames de admissão foi adicionado.
Esse sistema começou a ser implantado em solo brasileiro apenas nos anos 1990, no Civic da quinta geração.
Porém vale a pena ressaltar que a Honda não é a única montadora que usa esse tipo de motor nos seus carros. A Toyota, outra gigante japonesa, também utiliza do mesmo sistema, porém com outro nome: VVT-i.
Para Que o I-VTEC Serve?
Ele tem como função principal ser capaz de variar o comando das válvulas no veículo. Isso acontece assim que as válvulas de escape se fecham e em seguida se abrem bem na cabeça do motor.
Assim que a duração da operação da válvula e o elevador são alterados, o motor já consegue fazer com que o funcionamento seja otimizado, tanto em baixa, quanto em alta rotação.
Com ele, o torque também é melhorado, assim como a relação dos cavalos na força por litro. Dessa maneira, o nível de combustível gasto é mantido em estabilidade para garantir danos menores ao meio ambiente.
Tinha como conceito inicial algo bem simples, que era conseguir modificar a forma com que as válvulas se abrem, e também a forma de sincronização, porém levando em consideração a combinação dos seguintes fatores:
- RPM (Rotações Por Minuto);
- TPS (Sensor de Posição da Borboleta do Acelerador);
- ECT (Temperatura do Fluído de Arrefecimento do Motor);
- MAP (Pressão Absoluta do Coletor de Admissão);
- VSS (Sensor de Velocidade do Veículo).
Os carros que possuem o sistema I-VTEC têm mais de um came (ou ressalto) que fica localizado no eixo do comando, e serve para que as válvulas sejam acionadas.
Isso é feito por meio do controle eletrônico, e eles são iniciados dependendo de como está o motor, que são os critérios exibidos acima.
A altura e a quantidade de cames variam, conforme cada versão do I-VTEC. E levando em consideração que o sistema é ativado por conta do acoplamento do pistão cuja função é regular a altura que os ressaltos têm.
Esse movimento causa a modificação do regime do serviço das válvulas, fazendo com que seja admitido mais combustível ou menos, no motor do veículo.
E é claro que o sistema passou por aperfeiçoamento ao longo desses quase 40 anos desde sua concepção inicial.
Atualmente, ele está presente em praticamente todos os carros da montadora, mas sempre manteve sua ideia principal, e levando em consideração o desempenho ou consumo, porém, conforme o perfil que cada veículo possui.
Por exemplo: o New Civic Si, que conta com o I-VTEC, trabalha juntamente com a VTC, que significa Comando Variável na Admissão em português.
Peças do Motor I-VTEC
Ele é acionado de maneira hidráulica para que o comando seja retido ou avançado, o que garante mais potência e curva de torque, que por sua vez oferece um desempenho melhor e mais economia também.
Onde é Possível Encontrar um Motor I-VTEC?
Conforme já dito anteriormente, esse tipo de motor está presente na maioria dos carros da Honda. Abaixo você vai conhecer mais detalhadamente onde eles estão disponíveis.
O Honda Civic Si, que chegou ao Brasil em outubro de 2006 e se tornou um dos veículos mais bem sucedidos da empresa. Essa foi conhecida como a oitava geração do carro, que tinha um motor 2.0 e contava com 192 cvs e um câmbio com 6 marchas. Seu sucesso foi tanto que ele chegou a ganhar o prêmio de Carro do Ano pela revista Autoesporte em 2007;
O Honda City a partir de sua quinta geração, que começou a ser produzida em 2008, com motor 1.8, 16 válvulas, já apresentava o I-VTEC em sua composição. Também foi um dos grandes sucessos recentes da marca;
O Fit é outro veículo da Honda que também tem o I-VTEC, mais especificamente desde 2008, quando a segunda geração foi apresentada para o público. Ele tinha 102 cvs de potência, motor com quatro cilindros e era 1.3;
E vale ressaltar que esses não foram os únicos carros da marca que adotaram esse sistema no motor. A partir deles, todos os sucessores também vieram com o I-VTEC, que segue até hoje nas versões mais recentes.
Problemas com Motor I-VTEC
Como o I-VTEC é um motor, eventualmente ele vai dar algum tipo de problema. E pode ser dividido em duas categorias: elétrico ou mecânico.
Para descobrir qual defeito aconteceu, você deve seguir esses passos:
Leve-o a um mecânico de confiança e peça para que ele verifique a fiação para ver se não há nenhum cabo com mau contato ou até mesmo solto (a umidade pode ser a causadora desse problema);
Em alguns casos é necessário substituir a fiação, o que pode ser um pouco caro dependendo do ano do seu veículo;
Se você ver alguma luz diferente no painel, ela pode indicar algum problema no I-VTEC também! E mesmo se esse erro não tiver alguma ligação com o motor, ele pode fazer o sistema parar de funcionar;
Sempre troque o óleo do seu veículo, isso influencia diretamente no I-VTEC, que pode parar de funcionar se o nível de óleo for baixo.
Praticamente todas as mecânicas, postos de gasolina e casas especializadas colocam uma espécie de “adesivo” no painel, onde indicam a próxima quilometragem que você deve fazer a troca.
Portanto, siga a recomendação dos especialistas, afinal eles entendem bastante do assunto.
E dê preferência para produtos de qualidade, com uma marca reconhecida e indicada pelos mecânicos, pois se for comprado um óleo ruim, a pressão correta não será entregue para as válvulas.
