Guerra da Líbia

O ditador deposto da Líbia, Muammar Khadafi, apareceu em vídeo exibido pelas principais emissoras de televisão do mundo afirmando que vai “destruir” os rebeldes que tomaram o poder no país. Khadafi pede que as pessoas do interior do país, que são a favor do regime ditatorial no país, marchem até a capital Trípoli para lutar com os insurgentes. O ditador também pede que mulheres e crianças vão até a capital e derramem seu sangue para purificar a cidade tomada pelo que chama de forças estrangeiras, já que os rebeldes têm o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), entidade comandada pelos Estados Unidos e países europeus.

Líbia

Líbia

Há boatos de que no momento da gravação do vídeo, Khadafi estaria em seu quartel general completamente encurralado pelos rebeldes. Os rumores não foram confirmados. O ditador ainda fez um discurso direcionado ao município de Sirte, sua cidade natal, pedindo que os moradores deixem suas casas e vão para a capital Trípoli retomar o poder. Sirte tem cerca de 75 mil habitantes. Estima-se que cerca da metade seja a favor de Khadafi e a outra metade dos insurgentes. O ditador tem chamado os rebeldes de ratos. Não foi diferente em tal discurso. “Temos que perseguir e matar rato por rato. Em cada rua, em cada casa”, diz.

No vídeo, Khadafi também fez críticas ao imperialismo dos Estados Unidos e países europeus, que segundo ele estariam tentando comandar o país árabe e explorar o petróleo e outras riquezas naturais. “A Líbia é para o povo líbio, não para França, Itália ou Sarkozy”, diz. A razão das críticas ao presidente francês Nicolas Sarcozy se devem ao fato de que o mandatário foi o primeiro a reconhecer o regime de governo de transição, instaurado pelos insurgentes. As forças rebeldes já estão em Sirte, onde há confrontos violentos com os manifestantes pró-Khadafi. A cidade é uma das últimas sem o domínio absoluto dos rebeldes.

Protestos

Protestos

A caça ao ditador continua acontecendo no país árabe. Recentemente, um empresário líbio ofereceu 1,7 milhões de dólares (cerca de 2,7 milhões de reais) como recompensa para quem capturar o ditador, vivo ou até mesmo morto. O Conselho Nacional de Transição (CNT) disse que a iniciativa conta com total apoio dos rebeldes. Os insurgentes também prometem anistia para pessoas íntimas de Khadafi que o entreguem aos rebeldes, vivo ou morto.

Outro problema que o ditador enfrenta é um mandato de prisão emitido pelo Tribunal de Pena Internacional, por crimes realizados contra a humanidade. Os rebeldes afirmam que é importante capturar Khadafi para evitar qualquer risco de que seu grupo planeje um contra-ataque para retomar o poder na Líbia. O CNT também prometeu ao ditador que permite que este deixe o país em segurança, desde que renuncie ao poder.

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