Se a Igreja decide que tem um verdadeiro indivíduo possuído em suas mãos – fato que exige um exorcismo – o próximo passo é a nomeação de um exorcista para o caso. Isso é muitas vezes rito do mesmo padre que realizou a descoberta, mas não sempre. Expulsar o demônio não faz parte dos deveres diários de um típico padre. A maioria dos padres nunca realizou um exorcismo. Mas alguns sim.
Números
Os números oficiais são difíceis, mas o “Exorcismo Americano”, relata que, em 1996, a Igreja Católica nomeou 10 sacerdotes para o cargo de exorcista nos Estados Unidos, elevando o número total para 11. O número estimado em todo o mundo é algo entre 150 e 300, enquanto outros relatórios afirmam que são 300 a 400 exorcistas oficiais só na Itália. Há também os sacerdotes que não são oficiais exorcistas, mas afirmam ter a permissão do bispo local para realizar exorcismos.
Formação
Tradicionalmente, os exorcistas católicos sofrem muito pouca formação específica para os ajudar no seu trabalho. Enquanto eles aprendem muita coisa sobre o diabo, os riscos e as manifestações de exorcismo, o mal em si não é uma área especializada de estudo no seminário. Eles sabem de sua experiência no papel de padre e do ritual católico do exorcismo, que é o documento oficial que detalha as orações e os passos de um exorcismo. As coisas estão começando a mudar, no entanto.
A Prática do Exorcismo
Visto o grande tempo em que não se fazia uma revisão das normas para a prática do exorcismo, a última revisão foi em 1614, no início de 1999 o Vaticano revisou o ritual a ser utilizado pelos padres católicos no ritual de exorcismo. Esse conjunto de instruções para o ritual de exorcismo compõem uma seção de um dos livros que descrevem os modos de conduta dos padres católicos, chamado de Ritual Romano, que é uma espécie de “manual” de referência rápida aos padres que se deparam com uma determinada situação nova em seu credo. Diferentemente do que a maioria pensa, talvez guiada pela impressão do que já foi visto no famoso filme homônimo de 1974, o exorcismo consiste num ritual leve, composto de súplicas, apelos e orações. Essas divagações são feitas na forma “implorio”, onde o sacerdote invoca o nome de Deus como fora suprema, para libertar o indivíduo acometido de possessão da má influência do demônio. Também executando essas súplicas em tom imperativo, exercendo a sua força como defensor do poder supremo contra a escuridão da possessão do mal.
Além disso, há uma simbologia que compreende o ritual, com o sacerdote lanando água benta aos que estão ao seu redor, não importando se estes são animais, humanos ou matéria inerte à consciência, como objetos, móveis ou paredes e portas, tendo o ápice desta ação o toque sobre o possuído geralmente com um objeto associado a algum santo, o que a Igreja chama de “relíquia”.
