Já nascemos pré-dispostos a crer em algum tipo de Deus e isso independe de nossa vontade própria, escolhas, educação, cultura religiosa ou chamado Divino, é uma tendência biológica que vem se desenvolvendo durante os milhares de anos em que o ser humano vem evoluindo. Bem, provavelmente esta seja uma idéia um tanto quanto revolucionária, tanto para quem seja ateu quanto para os católicos mais fervorosos, com certeza desagrada a muitos. Mas apesar disso, esta é uma das mais novas teorias da ciência a cerca da fé, bastante polêmica, esta teoria é fruto de muitos estudos que foram encampados por pesquisadores integrantes do Instituto de Saúde dos Estados Unidos da América.
Religião
A pesquisa
O cérebro de pessoas fortemente ligadas à religião foi monitorado e daí descobriu-se que, ao pensar em Deus, independente da fonte de sua crença, os neurônios ativados são exatamente os mesmos de qualquer outra pessoa, ou seja, qualquer pessoa que seja capaz de usar a chamada “teoria da mente”, que é a nossa capacidade de perceber e nos sensibilizar com os sentimentos alheios simpatizando com o outro, isto basta para que os mesmos neurônios sejam ativados em nosso cérebro. Polêmicas a parte, o fato é que esta habilidade é essencial para a harmonia das relações humanas e a formação da sociedade da forma como a conhecemos, caso contrário não passaria de um grande número de pessoas estranhas e totalmente indiferentes as necessidades umas das outras. Desde os primórdios, quando o homem tencionou a formação de sociedades mais complexas, pessoas mais crentes obtinham mais êxito, pois eram mais hábeis no trato social e acreditavam em mitos.
Mensagens
Considerações
O psicólogo Justin Barret da Universidade de Oxford acredita que, se deixássemos um grupo de crianças em uma ilha deserta sem orientações de qualquer natureza, ainda assim elas iriam desenvolver sua religiosidade. Ele trabalha em um ambicioso projeto que tem o intuito de desvendar um mistério milenar, pesquisa as razões prováveis que fazem com que algumas pessoas acreditem em Deus e outras não. Os resultados desta ousada investigação deverão ser divulgados ainda este ano, mas a possível conclusão está ligada ao DNA, ou seja, já nascemos crendo e ao longo dos anos somos levados pela vida, circunstâncias, etc., a nos distanciarmos desta fé, a nos tornarmos céticos.
A Fé Pode Estar no DNA
Conclusão
De qualquer forma não há como negar a idéia de que, apesar de todos os avanços tecnológicos e descobertas da ciência, ainda não encontramos uma explicação viável para a crença no sobrenatural, uma fé inabalável e que surge, nos mais distantes cantos do mundo, independente de qualquer diversidade cultural, religiosa ou de qualquer outra natureza. Se esta pesquisa conseguir comprovar que a fé pode estar no DNA, serão levantadas muitas outras possibilidades ligadas à ciência e a teologia.
