Aproximação de Obama com o Brasil: Sinal de Novos Tempos?

A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil foi um acontecimento único. Se por um lado, em termos práticos, não representou um grande avanço na relação entre o Brasil e os Estados Unidos, mas em termos simbólicos, foi, sem dúvida, muito importante pelo que sinaliza como será bem mais amistosa essa relação, à médio e longo prazo.

Em um determinado trecho do presidente norte-americano, feito no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, ele disse que os Estados Unidos e o Brasil não devem ser parceiros sênior ou júnior, mas sim “parceiros iguais”, indica, ao menos, um sinal de que os Estados Unidos está reconhecendo a importância do Brasil no cenário mundial.

Obama

O Brasil, aliás, faz parte das recordações da infância de Obama. Ele lembrou que assistiu quando era bem pequeno com sua mãe, nos Estados Unidos, o filme “Orfeu Negro”, que era baseado justamente na peça de teatro de Vinícius de Moraes, “Orfeu da Conceição”.

Portanto, o fato de ter essa ligação afetiva com o Brasil, indica que essa afinidade, realmente podem ser um indício de que essa relação conturbada entre os dois países possa representar uma página virada realmente tem tudo para acontecer.

Qual Será o Futuro da Relação Brasil e Estados Unidos?

O que se percebe, após a passagem do presidente Obama em nosso país é que ficou muito claro que, a despeito de tudo, o líder norte-americano veio para deixar bem explicitado que considera o Brasil um parceiro comercial e não um aliado.

De maneira muito polida e muita educada, a presidente Dilma ressaltou no seu encontro com o presidente americano, as dificuldades impostas pelas barreiras comerciais que os Estados Unidos em relação a alguns produtos.

Relação

Outro ponto que o governo brasileiro resolveu tratar foi sobre a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Nesse quesito, o que se percebeu é que Obama ficou digamos assim “em cima do muro”, pois, ao mesmo tempo, que apóia o ingresso da Índia, no Conselho de Segurança, vê com simpatia a entrada do Brasil, sem, no entanto, fazer a mesma defesa veemente.

Independente essa divergência e desse apoio tímido de Obama no seu objetivo de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, um fato é incontestável: O Brasil, aos poucos, começa a aparecer frequentemente em seus discursos. Recentemente, o presidente citou o Brasil como um exemplo do uso de biocombustíveis.

Essa sua citação faz parte de um discurso em que o presidente defende que os Estados Unidos estabeleça como objetivo, cortar um terço da importação do petróleo nos próximos 10 anos. Para reforçar seu ponto de vista, citou que mais da metade dos carros no Brasil utilizam biocombustíveis.

Governos

Em seguida, ressaltou que não vai reduzir as importações de petróleo do Brasil. Salientou também que seu país seria um cliente preferencial da produção de petróleo extraído do pré-sal e destacou que os Estados Unidos compartilharão seu conhecimento e tecnologia com o Brasil para explorar essas reservas.

Com base nesses fatos, percebe-se que, aos poucos, o Brasil vai assumindo uma nova posição na geografia política mundial: a de potência emergente nas Américas.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Política

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload CAPTCHA.