O Império Romano é lembrado por seu poder e hegemonia por um longo período de tempo e um dos fatores que contribuiu para todo esse sucesso foi o seu exército. Ferramental essencial para que os romanos pudessem conquistar novos territórios o exército romano era mais do que somente força e quantidade.
Um exército que tinha inúmeras qualidades como a organização e facilidade em traças estratégias vencedoras. Os romanos sabiam como preparar o seu exército e por isso marcaram a história com seu poder. Confira algumas curiosidades a respeito de como esse exército era organizado e de seus feitos.
Organização – Palavra Chave
Os romanos perceberam que um exército precisa acima de qualquer coisa ser bem organizado. Essa organização era feita da seguinte forma os homens eram divididos em grupos menores que por meio de uma hierarquia se complementavam. A maneira como esse exército era organizado se parece bastante com a maneira atual de organizar um exército.
Decúria
Essa era a menor unidade do exército que tinha entre 8 e 10 soldados, a sua função era semelhante a de um GC (Grupo de Combate). Quando se juntavam de 8 a 10 Decúria se tinha a Centúria que ficava sob o comando do Centurião. A junção de duas Decúria era equivalente a um Manípulo que seria algo como um pequeno batalhão. Três Manípulos davam origem a uma Corte que seria algo como uma Brigada.
Especialidades
Infantaria
O exército romano também era dividido por especialidades sendo que a principal era a Infantaria. Os homens que compunham a Infantaria lutavam a pé e tinham no combate corpo a corpo a sua principal tática. Munidos de lanças, espadas e escudos os soldados utilizavam táticas de defesa e ataque do inimigo.
Formação Tartaruga
Uma curiosidade interessante é que a formação ‘tartaruga’ tática de defesa desenvolvida pelo exército romano até os dias de hoje é bastante usada. Nessa organização os homens se organizam em fileiras e colunas que se alinham.
Os soldados que ficam nas extremidades colocam os seus escudos na frente do corpo sem deixar brechas assim como os homens que estavam dentro colocavam os seus escudos sobre a cabeça também sem deixar brechas. O objetivo dessa formação era proteger os soldados do ataque de flechas que vinham do alto. Essa técnica ainda é utilizada nas operações militares em manifestações e outras situações.
Cavalaria
A cavalaria era outra especialidade dentro do exército romano e em geral nela estavam os oficiais de alta patente.
Artilharia
A especialidade da artilharia era aquela que vinha na reta-guarda na linha de batalha. Faziam parte dela os arqueiros e também os responsáveis pelas catapultas que faziam ataques a distância.
Preparação Precoce
A preparação dos homens que fariam parte do exército começava cedo. Se uma criança nascia canhota passava a ter o braço esquerdo amarrado de forma que passasse a realizar as atividades do dia a dia com o braço direito. Os canhotos não eram bem vindos no exército pelo fato que isso poderia atrapalhar durante a batalha. Não daria para um canhoto fazer parte da formação tartaruga, por exemplo, pois isso deixaria um grande espaço para que os inimigos pudessem atacar.
Profissão Soldado
Parte do sucesso do exército romano se deve ao fato de que os romanos foram os primeiros a profissionalizar a função de soldado. Quem era soldado não precisava se preocupar em ter um emprego já que ele tinha uma renda que podia sustentar a sua família. Os historiadores atribuem a esse fato boa parte do sucesso do exército romano.
A Legião Romana
A quantidade de soldados sempre foi uma boa arma do exército romano conhecido na história pela formação de legiões de soldados que podiam ter até 6 mil homens. Nas batalhas esses soldados usavam como armas dardos, escudos e espadas. As armas mais curtas permitiam que os soldados investissem em movimentos rápidos.
Uma característica que sempre ajudou bastante os exércitos romanos era a flexibilidade de suas unidades que podiam se mudar para pegar o inimigo de surpresa. Para que fosse possível controlar o deslocamento das tropas durante o combate existia um sistema de comando bastante eficaz que se utilizava de estandartes e flâmulas que passavam as mensagens e instruções para tantos soldados.
A palavra legião é derivada da palavra latina legio e constituía a unidade básica do exército romano. A origem das legiões é desconhecida e acredita-se que ela tenha sido uma forma de evolução da formação grega que era conhecida como falange. Essa unidade antes do século 1 a.C não eram forças permanentes e sim formadas por cidadãos que eram convocados quando surgia algum tipo de problema que exigia intervenção militar.
Erro Crasso
O termo erro crasso é muito utilizado quando alguém comete um erro tido como ingênuo e você sabia que essa expressão tem ligação com o general romano Marco Licinius Crasso? A época de Crasso, 59 a.C foi marcada por três importantes figuras de generais que foram Júlio César, Pompeu Magnus e claro o Crasso.
Os dois primeiros generais citados entraram para a história por terem conseguido ampliar os domínios romanos, porém, Crasso não era um general tão bom e era mais conhecido por sua fortuna. Enquanto César conquistou a Gália (França) e Pompeu a Hispânia (Península Ibérica), Crasso deseja dominar o povo Parto. Esse povo vivia no Oriente Médio numa região que hoje em dia é ocupada pela Armênia, Irã, Iraque e outros.
Qual Foi o Erro de Crasso?
O grande erro de Crasso foi que ele acreditou que somente ter mais soldados era o suficiente. Com 50 mil soldados ele deixou de seguir as famosas táticas militares romanas (que sempre garantiram excelentes resultados) e resolveu somente atacar por atacar. Para chegar mais rapidamente ao inimigo ele resolveu cortar caminho por um estreito que não tinha boa visibilidade.
O que Crasso nem imaginava era que nas saídas dos vale os partos esperavam os soldados conseguindo dizimar boa parte dos 50 mil homens inclusive o general Crasso. Esse erro cometido pelo general se tornou em muitas línguas um sinônimo de um erro estúpido. Existem outras expressões que fazem referência a antiguidade como “calcanhar de aquiles”, por exemplo.