Há invenções que vieram para facilitar o nosso dia a dia: O carro, por exemplo, deixa a nossa vida mais prática, já que podemos chegar a determinado endereço rapidamente, se comparado a quem usa a bicicleta para fazer o mesmo percurso; O GPS, que auxilia os motoristas a encontrarem o trajeto certo para chegarem a algum lugar, e por aí vai.
Na medicina e na ciência não poderia ser diferente. Os avanços tecnológicos possibilitaram a descoberta e a cura de várias doenças, entre elas a tuberculose, o sarampo, enfim. O microscópio, por exemplo, é um instrumento utilizado tanto na ciência quanto na medicina.
O microscópio, como muitos pensam, não teve início recentemente, mas sim há muitos séculos atrás. Você sabe um pouco da história desse instrumento? Nesse artigo, você irá conferir alguns deles, além de um pouco mais sobre as revoluções que ocorreram para que ela pudesse se tornar mais precisa. Vamos lá?
A História Do Microscópio
Um Pouco Sobre a História Do Microscópio
O primeiro microscópio foi criado em meados do século XV, claro, bastante limitado se comparado aos microscópios atuais. Possuía apenas uma lente, e era empregado somente para observação um pouco mais detalhada sobre os insetos.
Naquela época, a produção de um vidro puro era bastante difícil, o que deixava a aproximação das lentes dos microscópios bastante ruins, já que distorciam as imagens e as deixavam com halos e outros efeitos que dificultavam a visualização do que era observado através do instrumento.
Somente em 1590 é que um microscópio, um pouco mais avançado, foi planeado. Os responsáveis por isso foram Zacharias e o seu pai, Hans Janssen, ambos holandeses. As lentes que compunham o microscópio eram uma objetiva de lente convexa, além de outra lente côncava (esta última utilizada na construção de lunetas), de acordo com um relato apresentado por Galileu Galilei, um dos mais famosos astrônomos de todos os tempos, sendo algumas de suas descobertas as montanhas presentes na Lua, as manchas no Sol, além de alguns satélites do maior planeta do Sistema Solar, Júpiter.
A participação da Holanda no melhoramento dos microscópios não para por aí. Anton van Leeuwenhoek (que nasceu em 1632 e morreu em 1723) tinha como profissão trabalhar com tecidos, e, quando não estava trabalhando, usava vidro moído como lentes para microscópio, por puro hobby. Utilizava-os para a observação dos fios usados nos tecidos confeccionados. Depois de ver que as lentes tinham uma capacidade maior, começou a utilizar os menores animais que eram conhecidos naquela época para serem observados. Os microscópios que passaram pela mão de Anton eram tão excelentes que podemos dizer que ele fundou o ramo da microbiologia.
A Teoria Da Geração Espontânea
Não pense que Anton somente revolucionou o mundo da biologia. Ele foi mais além. Ele foi o homem que confrontou a sociedade científica e conseguiu comprovar que a Teoria da Geração Espontânea, uma crença bastante difundida na época, era uma verdadeira palhaçada. Essa crença dizia respeito as larvas que apareciam em alimentos em decomposição, como a carne. Segundo ela, as larvas tinham origem desses alimentos, não de um agente externo.
Mas a teoria estava errada. As larvas, moscas, enguias não nasciam espontaneamente na carne, areia e lagos cheios de lodo, mas sim de ovos que eram depositados pela fêmea e fertilizados pelo macho da respectiva espécie.
Anton ainda foi mais longe. Para marcar a história, foi o primeiro a detalhar os glóbulos vermelhos, que naquele período chocou e assustou os fisiologistas; dos micro-organismos que ‘habitam’ a boca e o intestino dos humanos, sendo esses que deixaram horrorizados a população; além de também mostrar ao mundo o formato e o jeito de locomover do espermatozoide humano.
A Teoria Da Geração Espontânea
O Uso Dos Microscópios Em Outras Descobertas
O microscópio também teve uma participação bastante significativa quando da descoberta da célula. Em 1665, Robert Hooke, um cientista inglês, com o auxílio de um microscópio, analisou alguns fragmentos de carvalho, uma árvore. Ele, durante a análise, percebeu que existiam pequenos espaços vazios, que tinham bastante semelhança com a estrutura interna das colmeias, as favas. Mas o que ele estava observando, na verdade, eram os espaços deixados por células mortas. Ele designou que tais espaços eram ‘’pequenas celas’’, vindo daí o nome ‘’Cella’’, que mais tarde daria origem á palavra célula.
Depois da evolução do microscópio, as fronteiras foram sendo destruídas, já que foi possível descobrir um número bem grande de informações sobre a célula.
http://www.youtube.com/watch?v=8lwIJuzGw_kTipos De Microscópio
Há vários tipos de microscópio, cada um para um único propósito. Vamos conhecê-los?
Microscópio Ótico
O microscópio ótico é comum e o mais conhecido, já que é empregado nas universidades, escolas, enfim. Ele faz uso da luz para que as estruturas ficassem iluminadas para a pessoa que observa por meio de lentes de refração e também oculares de vidro. O microscópio fluorescente é parecido com o ótico, em partes.
Microscópio Composto
A exemplo do microscópio ótico, o microscópio composto também é bastante comum. Usa duas lentes para visualizar, um pouco maior, as estruturas: A lente ocular e a lente objetiva.
Microscópio Digital
O microscópio digital é mais complexo. Uma tela e uma câmera de vídeo, além do próprio microscópio são os componentes do microscópio digital. As lentes oculares não são necessárias, já que as imagens obtidas são exibidas na tela.
Microscópio Estéreo
O microscópio estéreo é um dos mais desenvolvidos tecnologicamente. Com o auxílio de duas lentes objetivas, tem o poder de captar a luz e dar um efeito tridimensional ao indivíduo que está observando as imagens que foram captadas.
Microscópio Eletrônico
Também está na lista dos microscópios mais potentes já construídos. Em vez de usar a luz, o microscópio eletrônico utiliza elétrons para que a estrutura fique visível. As lentes são eletromagnéticas e eletroestáticas. Há microscópios eletrônicos que produzem imagens em três dimensões (3D), e também em duas dimensões (2D).
O Microscópio Na Escola
O microscópio pode ser encontrado, além de laboratórios, em escolas, privadas ou públicas. O objetivo é ensinar aos alunos sobre os pequenos seres vivos que habitam o planeta, mas passa despercebidos devido ao seu tamanho, imperceptível a olho nu.
Por Francisco Prado
