Filhotes de Ursos Polares

Os Ursos Polares

Os ursos polares – animais com nome científico Ursus maritmus – são animais da classe dos mamíferos, se enquadrando da classificação de carnívoros e que pertencem a família Ursidae. Esses ursos carregam esse nome porque são majoritariamente encontrados no Círculo Polar Ártico, mas além de urso polar, ele também é bastante conhecido como urso branco. Hoje em dia os polares são os maiores carnívoros que vivem na terra conhecidos, sendo assim, o maior dentre todos os ursos também, ficando praticamente empatados com os ursos de kodiak, que possuem tamanhos equivalentes.

Ainda que os ursos polares sejam muito relacionados com os ursos pardos, as características de ambos acabaram se distanciando consideravelmente, e isso se deu devido a evolução das espécies, o que fez também com que cada uma passasse a se enquadrar em um determinado nicho ecológico, que são as variáveis ambientais relacionadas a cada uma delas, e assim, cada uma passou a ter delimitado o seu próprio habitat, sua própria forma de adaptação, seus fatores limitantes e seu papel no ecossistema de maneira geral.

Dessa maneira, os ursos polares ficaram mais restritos a conseguirem se desenvolver e se adaptar melhor em locais com baixas temperaturas, já que assim conseguem se locomover sobre a neve, a água e o gelo, já que o desenvolvimento deles levou a esse caminho, juntamente reforçando habilidades como a caça de focas, por exemplo, que é basicamente a base alimentar da dieta desses animais.

Os ursos polares são animais que se encontram na classificação de vulnerabilidade pelo estado de conservação estabelecido pela IUCN, que é a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Isso é possível de ser observado pelo fato de oito, das suas dezenove subpopulações se encontrarem em declínio nos dias de hoje. É exatamente por essa vulnerabilidade em relação a extinção que se torna importante falar um pouco a respeito da reprodução e dos filhotes desses animais, pois é esse o futuro da espécie, e inclusive esse também é o foco do artigo de hoje.

Das ameaças que colocam os ursos polares nessa situação crítica, as principais são as ligadas com as mudanças da região onde eles vivem, principalmente por fatores como aquecimento global, a contaminação por substâncias poluentes e também a grande exploração de gás natural e de petróleo. Além disso, a popularização da realização de caças predatórias desses animais também é um fator muito considerável e que merece muita atenção.

A importância desses animais vai além de somente harmonizarem o ecossistema, sendo que eles também contam com um forte apelo cultural, material e até mesmo espiritual para os povos indígenas do Ártico, já que eles sempre estão presentes em vários contos e lendas que esses povos transmitem de geração em geração.

Filhote de Urso Polar

Filhotes de Urso Polar

Como já foi brevemente citado acima, a maioria dos ursos polares são encontrados no Círculo Polar Ártico ou ainda nas partes continentais que ficam em seus arredores, sendo que a área de distribuição de fato desses animais pode ser resumida com territórios de cinco países, sendo eles a Noruega (com o território de Svalbard), a Dinamarca (com o território da Groenlândia), os Estados Unidos (com o território do Alasca), a Rússia e Canadá. Esses animais podem se distribuir nesses territórios de acordo com a disposição de gelo flutuante ao longo do ano e do gelo permanente que é predominante no inverno.

No ano de 2009, após muitos estudos e pesquisas, foram reconhecias dezenove subpopulações de ursos polares, e mais do que isso, esses grupos foram reconhecidos por possuírem uma chamada fidelidade sazonal a determinadas áreas específicas, sendo assim muito similares no que diz respeito a genética, excluindo a possibilidade de que algum grupo deles tenha sofrido uma evolução de forma separada ao longo do tempo.

Pelo fato de não haver desenvolvimento humano considerável na onde os ursos polares vivem remotamente, esses animais conseguem ser a espécie que mais mantem sua distribuição original comparada a todos os outros carnívoros existentes, o que os tornam animais ainda mais especiais.

As Principais Características Dos Ursos Polares

Já foi brevemente citado acima que os ursos polares são os maiores carnívoros terrestres, e assim sendo, o corpo dos mesmos são bastante grandes e robustos, o pescoço é razoavelmente alongado (quando comparado com o de outros ursos) e a cabeça é de um formato menos e mais achatado. O peso desses animais pode variar entre os trezentos e oitocentos quilos para os machos e entre os cento e cinquenta e trezentos quilos para as fêmeas, o que prova o quão acentuado é o dimorfismo sexual desses animais. Outra diferença entre os machos e as fêmeas é que os machos também apresentam uma arcada dentária mais longa e os dentes caninos maiores e mais afiados.

A pelagem dos ursos polares na maioria das vezes aparenta ser branca, mas durante o verão pode contar com um aspecto mais amarelado, em função da oxidação causada pelo sol, podendo até mesmo partir para tons mais castanhos ou acinzentados, tudo isso variando bastante conforme a estação e a iluminação do local. Já a pele dos animais é preta, bem como seus lábios e focinhos. Acima foi dito que a pelagem aparenta ser branca, porque a verdade no pelo é incolor, ou seja, não possui pigmentos. Assim sendo, a cor branca é resultado do reflexo da luz nesses pelos transparentes. É possível dizer que os ursos polares possuem duas camadas de pelagem, sendo uma mais densa e uma mais superficial.

O andar dos ursos polares é considerado plantígrado, ou seja, eles utilizam toda a sola da pata na hora de se movimentarem. Além disso, eles possuem cinco dígitos em cada uma das patas, onde as dianteiras possuem um tamanho maior. Esses animais também apresentam garras, e as fêmeas contam com mamas funcionais, o que prova que eles são de fato animais mamíferos.

Reprodução E Filhotes De Ursos Polares

Já tendo sido apresentado um pouco a respeito da visão geral e das principais características dos ursos polares, agora é importante entrar em um tema extremamente relevante e que também é o foco do artigo de hoje, que é a reprodução e os filhotes dos ursos polares, que são temas muito relevantes para se pensar em estratégias do aumento da população, indo de maneira contrária a ideia que já existe de quase risco de extinção desses animais.

De forma geral, os ursos polares são animais consideravelmente solitários, menos em algumas épocas do ano, onde principalmente os machos se tornam mais sociáveis e também durante a época de reprodução. O sistema de acasalamento dos ursos polares é baseado na poligamia, ou seja, não existe a ideia de que um animal só pode acasalar com um único outro, mas sim, com vários. Os machos e as fêmeas ficam unidos somente enquanto as fêmeas estão sendo receptivas, o que representa um período bem curto de tempo, não chegando a criar nenhum tipo de vínculo mais intenso ou afetivo.

A estação mais propícia para a reprodução dos ursos polares é durante o fim do inverno e o início da primavera, ou seja, entre os meses de março e junho, onde as fêmeas ovulam entre os meses de abril e maio. O cio das ursas acontece entre dois e dois ou três e três anos, isso também funcionando como um intervalo para quando as fêmeas dão à luz e precisam amamentar seus filhotes. Durante o tempo de gestação (que dura entre duzentos e duzentos e sessenta e cinco dias) as fêmeas se alimentam em maior quantidade, podendo ganhar cerca de duzentos quilos ou até mesmo chegar a duplicar o seu peso corporal.

Ainda nessa etapa de gestação, as fêmeas também constroem um ninho para abrigar seus filhotes, já que cada ninhada pode conter entre um a três ursinhos, e quando essa toca está pronta elas entram numa espécie de estado de hibernação, onde entram em um sono continuo e com os batimentos por minutos reduzidos, sendo que a principal diferença com a hibernação tradicional é que elas não tem sua temperatura corporal diminuídas, como acontece normalmente.

Quando os filhotinhos de ursos polares nascem eles ficam direto nas tocas que as mães cavaram durante a gestação (que já foram citadas acima), possuindo somente cerca e seiscentos gramas e assim, dentro delas eles se mantem aquecidos e protegidos dos perigos do começo da vida, já que são muito pequenos e frágeis, não possuindo dentes  e com uma pelagem bem curta e fina, e por esse motivo esses filhotes dificilmente conseguem sobreviver sem as suas mães.

O tempo médio dos filhotes e suas mães permanecerem na toca é de quatro meses após o nascimento e durante esse tempo a mãe não se alimenta, vivendo somente em função de proteger e de alimentar suas crias e mesmo depois de deixarem a toca, mães e filhotes permanecem unidos até a cria chegar a aproximadamente dois anos de idade, pois a partir daí o filhote já consegue sobreviver sozinho, já sabendo se limpar, caçar e sobreviver de maneira geral.

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Categoria(s) do artigo:
Animais

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