Adeus aos Tubarões?

Os Tubarões

Tubarão, ou ainda cação, é um nome popular dado a uma espécie de peixe que conta com o esqueleto composto de cartilagem e com um corpo hidrodinâmico, ou seja, que se movimenta bem nos fluidos. Esses animais pertencem à ordem dos Selachimorpha. Os primeiros animais dessa ordem que se tem conhecimento, viveram há mais ou menos quatrocentos milhões de anos.

Com o passar dos anos e das eras, os tubarões acabaram se dividindo em outras cerca de trezentas e setenta e cinco espécies, nas quais oitenta e oito são conhecidas aqui no Brasil. Todas essas espécies diferem muito entre si no que diz respeito a todas as características possíveis, desde peso e tamanhos médios, até a coloração entre outros fatores.

O menor tubarão no qual se tem conhecimento é o tubarão lanterna anão, de nome científico Etmopterus perryi. Ele habita principalmente as profundidades das águas da Colômbia e medem no máximo vinte e um centímetros de comprimento. Já o maior tubarão que se conhece é o Tubarão Baleia, que tem nome científico de Rhincondon typus, que é uma espécie que se alimenta apenas a base de filtração, e pode chegar a aproximadamente doze metros de comprimento, sendo assim o maior vertebrado existente e também o maior peixe que ainda vive.

Assim, é possível observar a gama de tubarões que existem. Eles podem ser encontrados nos mais variados mares e é mais comum que eles estejam em profundidade de no máximo dois mil metros. De maneira geral eles não vivem em locais de água doce, porém, existem algumas exceções, como o tubarão de água doce e o tubarão cabeça chata, que tem a possibilidade de viver bem seja em água doce ou em água salgada.

Esses animais respiram por meio de um conjunto de sete ou cinco fendas branquiais, que também são conhecidas como guelras. É nesse órgão que acontecem as trocas gasosas de praticamente todos os animais aquáticos. Além disso, os tubarões também contam com uma camada de escamas placoides, que realizam uma cobertura e também protegem a pele de possíveis danos e também de parasitas.

Além disso, essas escamas também servem para melhorar a hidrodinâmica desses animais, fazendo com que eles consigam nadar e se locomover de maneira mais veloz. Os tubarões tem também vários conjuntos de dentes que sã substituíveis.

As espécies de tubarões mais conhecidas nos dias de hoje são o tubarão tigre, o tubarão mako, o tubarão branco, o tubarão azul e o tubarão martelo. Eles são mais populares principalmente por serem super predadores e consequentemente por estarem no topo da cadeia alimentar aquática. Porém, ainda que eles sejam animais imponentes e fortes, a sobrevivência dos tubarões está constante e seriamente ameaçada devido a pesca e outras atividades que os humanos acabam os sujeitando.

Até meados do século XV, os marinheiros conheciam os tubarões como “cães marinhos”, mas a partir disso, a origem real do termo “tubarão” não é totalmente conhecida. Durante o século XVI, quando os espanhóis e os portugueses eram os principais navegantes, sempre haviam relatos da diversidade e imensa quantidade de peixes nos mares tropicais, e é por esse motivo que o nome em português é tão próximo ao nome em espanhol, pois eles foram instituídos e popularizados na mesma época.

Como já foi dito acima, os dentes dos tubarões são substituíveis. Eles tem sua incorporação na gengiva, e não no maxilar direto, como é comum em outros animais, e é por isso que eles podem ser facilmente substituídos. Na verdade, existem várias linhas de dentes substitutos na parte de dentro da mandíbula, e eles vão avançando de modo progressivo conforme a necessidade, assim como em uma escada rolante.

Essa substituição dos dentes é altamente necessária, porque cada tubarão perde por ano aproximadamente seis mil dentes, e acabam perdendo mais de três mil dentes ao longo de toda a vida. Assim, a taxa de substituição é de seus dentes pode variar entre uma vez a cada oito dias ou ainda uma vez a cada vários meses. Isso muda conforme a atividade de cada animal e também conforme cada espécie, como na espécie do peixe charuto, por exemplo, onde toda a linha dos dentes é substituída de uma vez, ao contrário da maioria das espécies, onde isso acontece com um dente de cada vez.

Dentes dos Tubarões

Dentes dos Tubarões

O formato dos dentes dos tubarões também é bastante variável e tem como principal influência a sua dieta, já que por exemplo, os tubarões que comem crustáceos e moluscos precisam ter dentes que sirvam para esmagar, e por isso eles são mais achatados. Já os tubarões que se alimentam de peixes, precisam que seus dentes sejam propícios para aprisionar os animais, e por isso eles são mais afiados. Já aqueles que se alimentam de outros animais maiores, precisam ter os dentes de baixo mais pontiagudos, para que possam aprisionar, e os de cima mais triangulares e até mesmo serrilhados, para que o corte seja mais fácil. Por fim, os tubarões que se alimentam por filtragem ou ainda comem apenas animais ou alimentos pequenos de modo geral, tem dentes pequenos e quase nenhum pouco funcionais.

Os tubarões tem expectativa de vida de aproximadamente vinte ou trinta anos, porém, isso pode mudar muito de acordo com a espécie na qual ele pertence, como por exemplo o cação espinhoso (Squalus acanthias) ou o tubarão baleia (Rhincodon typus), que podem facilmente viver mais de cem anos.

Adeus Aos Tubarões

A história, as curiosidades e as principais características dos golfinhos já foram apresentadas acima, porém, existe um fato bastante curioso, que acaba por surpreender até mesmo as pessoas mais estudiosas e coloca por prova a real necessidade dos tubarões machos na biodiversidade. Essa curiosidade é que, alguns anos atrás, um tubarão fêmea conseguiu engravidar sem precisar da atuação de um macho.

Isso foi confirmado após vários cientistas analisarem a genética de uma espécie e chegarem a conclusão de que essa determinada espécie consegue gerar filhotes sem a necessidade de um parceiro. A espécie estudada foi a do tubarão zebra, e essa “auto gravidez” foi fruto de uma parentogênese, que é uma maneira assexuada de se reproduzir, onde o óvulo se desenvolve em um embrião sem que se precise de um a fecundação.

Ainda que os tubarões consigam armazenar espermatozoides por um longo período dentro de seus corpos, na pesquisa foi comprovado que a prole é idêntica a da mãe e não tem nenhuma influência de algum macho. Esse foi um caso raro e que aconteceu com um tubarão fêmea que foi apelidado de Leone. A partir disso muitas pesquisas passaram a ser feitas, e isso impactou muito no que se pensa a respeito da preservação das espécies, já que o modo de reprodução desses animais é bastante flexível.

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Animais

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