Como é a Morte de um Faraó?

Um faraó era considerado um líder superior. Proveniente do Egito Antigo, os faraós eram equivalentes aos reis medievais. Mandavam construir pirâmides imponentes, que são preservadas até hoje. O faraó tinha poder sobre tudo e todos, fazendo valer os seus interesses, as suas ideias.

E quando o faraó batesse as botas? A devoção não era perdida, de jeito nenhum. Um substituto, naturalmente, iria assumir o seu posto. Mas as homenagens ao já finado faraó seriam continuadas, pelo povo e também pelo novo faraó, geralmente filho do antigo.

Mas a morte de um faraó é planejada muito antes de a mesma ocorrer. E é exatamente isso que você verá neste artigo. Veremos como é a preparação pré e pós-morte do faraó, um processo iniciado depois de ele assumir o trono. Vamos lá?

Pré- Morte do Faraó

Quando o faraó assume o trono, ele já dá início aos planos para depois de sua morte. Para isso, já ordena a construção de seu mausoléu, que servirá para que seu corpo seja guarnecido. E é fácil pensar que tais mausoléus eram as famosas pirâmides, que hoje servem como atrativo turístico e histórico da região. Apesar disto, existem muitas conspirações dizendo que as pirâmides eram frutos de atividades alienígenas, o que não foi comprovado ainda. Mas isso não vem ao caso.

As pirâmides eram verdadeiros empilhados de blocos de pedra (A massa de cada uma é pesada em toneladas). Demoravam cerca de 20 a 25 anos para ficarem prontas.  Mas começaram a surgir roubos e outros problemas, que fizeram a construir um cemitério mais seguro, chamado Vale dos Reis, localizado em Tebas. Enquanto o faraó mandava e desmandava, o seu futuro ‘’aconchego’’ era construído.

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Pós-Morte do Faraó

Depois do fatídico dia, que o faraó, enfim, sucumbe, é dado o início dos rituais da morte. Cânticos, festas e outros eram preparados em homenagem ao falecido comandante, sendo nessas ‘’comemorações’’ feita a entrega da alma do faraó para um dos deuses: Osíris ou Anúbis.  Isso tudo ocorria durante o processo chamado de mumificação, que iremos conhecer mais adiante. Nós devemos enfatizar que, se não fosse todo o aparato dos egípcios para com a morte do faraó, o trabalho dos arqueólogos e historiadores seriam difíceis ou até mesmo impossíveis, já que todo esse trabalho facilitou a eles saberem um pouco mais do cotidiano dessas pessoas.

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Alguns Processos que Ocorriam Depois da Morte

Um fato que devemos falar: Todo o processo, desde a preparação do cadáver até o seu sepultamento durava, aproximadamente, pouco mais de dois meses. Isso mesmo.

A primeira coisa a se fazer depois da constatação da morte do faraó é a limpeza interna, ou seja, a retirada dos órgãos. Para isso, um corte era feito no céu da boca, chegando até o cérebro. O órgão era, então, retirado e descartado. Para a cabeça não ficar com aparência ‘’mole’’, um material pastoso ou resinoso era colocado no lugar. Para retirar os outros órgãos do abdome, um corte feito lateralmente resolvia. Os únicos órgãos que permaneciam no corpo do falecido eram somente o coração e os rins. Todo o resto era retirado. Outra coisa é a retira dos olhos. Eles eram extraídos e depois bolas de vidros pintadas eram posicionadas em seus lugares.

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E Mais Processo Funerário…

Depois disso, o processo mais longo era iniciado, o de desidratação do corpo. Isso poderia durar até um mês e dez dias. A desidratação era feita com a ajuda de nitrão, um composto salino. Os órgãos não eram jogados fora, mas igualmente desidratados, além também de perfumados e acomodados em recipientes semelhantes a vasos. Nesses recipientes, eram descritos algumas informações sobre o cadáver, entre outras coisas relevantes.

Depois de o corpo dissecado, em estado muito bom de conservação, o problema era outro: a falta de órgãos e outras estruturas o deixavam murcho. Para corrigir isso, eles o ‘’recheavam’’ de alguns materiais. Primeiramente, a areia era utilizada. Posteriormente, serragem ou até mesmo palha começaram a ser introduzidos, até chegar a pedaços de panos. Tais panos eram de tecidos da mais alta nobreza. Depois de o corpo retomar a forma original, os cortes necessários para a colocação dos materiais eram fechados com costuras.

O corpo, em estado bastante realístico de quando era vivo, passa a ser encapado com linhos brancos molhados em aromas e também resina. Era um processo bastante trabalhoso, onde tinha início nos dedos até que todo o corpo estivesse coberto. Alguns amuletos eram enfaixados junto com o corpo, alguns para que obstáculos não fossem enfrentados pelo faraó durante a passagem pra outra vida.

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Até que…

Quando eram, enfim, enterrados, muitas outras coisas iam para a tumba junto com o cadáver: objetos valiosos, decorações, tronos e até mesmo mantimentos alimentícios. E não parava por aí. De tempos em tempos, era necessário que o faraó (seu filho mais velho) levasse até os locais novos mantimentos e outras coisas, além de realizar ritos. Isso era praticado para que se evitasse a ‘’segunda’’ morte do finado faraó, que era cair no esquecimento do povo.

Algumas coisas mostram como as peregrinações para o faraó morto tomavam proporções bizarras. Naquela época, não era nada incomum sacrifícios humanos. Para você ter uma ideia, várias múmias foram encontradas em cemitérios (Muito mais antiquados que o Vale dos Reis) juntamente com a tumba do faraó. Muitos deles ou eram parentes ou até mesmo serviçais. Dizem que os sacrifícios eram feitos para que o faraó pudesse ser servido na sua outra etapa da vida. Um exemplo é o de Djer, um faraó que levou junto com ele cerca de 320 outras pessoas.

O número de sarcófagos com que o faraó era enterrado dependia de fatores como a riqueza. É fácil pensar que, quanto mais posses e riquezas possuía, mais sarcófagos eram utilizados. Eles eram utilizados um dentro do outro, podendo ser feitos de muitos materiais, desde ouro e pedra até mesmo de madeira impermeável.  O formato dependia, mas a maioria era de um corpo humano decorado com bastante luxo.

Alguns eram tão ricos que muitos objetos eram enterrados. Tutancâmon, por exemplo, ‘’levou’’ consigo mais de 5 mil objetos.

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Por Francisco Prado

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Categoria(s) do artigo:
História

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