A Conquista do Império Asteca

A América foi, oficialmente, descoberta em 1492, ou seja, quase no fim do século XV, pelo navegador espanhol Cristóvão Colombo, embora haja relatos que os vikings já tenham chegado por aqui há muito mais tempo que os europeus. Mas isso é assunto para outro artigo.

E, quando os espanhóis decidiram expandir os desbravamentos, sobretudo ás terras do oeste, principalmente na América do Sul, se deparou com vários povos pré-colombianos, como os incas, maias e astecas.

E, por falar nos astecas, que foram um dos importantes povos pré-colombianos, eles foram, assim como os demais, dominados pelas forças europeias, principalmente de parte espanhola. E é isso que você vai conferir a seguir. Iremos abordar nesse artigo a conquista do povo asteca, ou melhor, a conquista de todo o seu império pelos espanhóis, e todo o processo, na maior parte violento, de imposição de costumes e culturas. Vamos lá?

Os Astecas

Antes de começarmos a falar sobre a conquista do povo asteca pelos europeus, devemos saber um pouco mais sobre eles. Os Astecas é, como já dito, um povo Pré-Colombiano, e que se fixou no território que hoje corresponde ao que é o país do México.

Os Astecas começaram a tomar o controle de sua região no ano de 1200, sendo que, antes, os mesmo eram povos provenientes da América do Norte, sendo nada mais do que uma tribo indígena. Eles também são conhecidos como mexicas, e é daí que o nome “México” se derivou.

O povo asteca era bastante conhecido pelo seu alto grau cultural e também tecnológico, e assim como alguns povos, como os maias, viviam sob as divisões sociais impostas entre eles, ou seja, aquela famosa pirâmide conhecida por todos: No topo, em menor número, os nobres e outros, geralmente, com dinheiro e alguma influência política e/ou religiosa, e a parte de baixo da pirâmide, a maior, representa os servos, camponeses, e outros, geralmente os mais pobres e em maior número, que são submissos aos que ocupam a ponta.

Quando se estuda sobre o povo asteca, aspectos como a religião (onde pessoas eram sacrificadas regularmente), tecnologia considerada bastante evoluída para a época e a organização administrativa devem ser levados em conta.

Os astecas tinham uma maneira de pensar quase que semelhante aos navegantes europeus que aportaram por aqui. Isso porque, ao conquistar pequenos povoados e comunidades, o povo asteca se considerava mais desenvolvido, tanto tecnologicamente quanto culturalmente que os povos dominados, o que justificava a sua hegemonia sobre eles.

Um fato curioso sobre os astecas é que, quando havia um tempo que as guerras cessavam – ou seja, de plena tranquilidade e paz- embates desse tipo eram empreendidos como forma de demonstrar habilidades e, sobretudo, a coragem dos guerreiros e tudo não passava de apenas um espetáculo, tanto é que os golpes desferidos entre os combatentes não tinham a intenção de matar; somente desacordar os oponentes. Mas não pense que mortes era carta fora do baralho nesse tipo de combate. Quando a intenção era eliminar sumariamente o oponente, eram utilizadas armas que, com um ou alguns golpes acertados, poderiam levar o adversário á morte.

E assim foi, até a chegada dos primeiros espanhóis a América e o consequente avanço dos mesmos para as terras do Oeste.

E os Espanhóis Chegam até os Astecas

Como todos sabem, os primeiros navegantes europeus aportaram por aqui em 1492. Mas somente após vários anos é que eles começaram a avançar atrás das terras ainda inexploradas do “Novo Mundo”.

Quando os europeus vieram para cá, não queriam estabelecer relações econômicas amigáveis nem de paz; queriam dominar os povos aqui existentes e explorar os recursos disponíveis. Isso se tornou claro com a dizimação dos povos nativos, e quase a sua total extinção.

Com os astecas não foi diferente. Os primeiros espanhóis chegaram até a península de Yucatán, no sudeste do território hoje pertencente ao México, em meados do ano de 1517, e, pretendendo desbravar as terras, acabaram sendo exterminados pelos povos locais, sendo morto até mesmo o comandante da ação, o navegante Francisco Hernández de Córdoba.

Mas foi dois anos mais tarde, em 1519, que os navegantes europeus, depois de atravessar o Golfo do México, tiveram os primeiros contatos com o império asteca. Depois da constatação desse forte conglomerado do povo asteca, foi-se iniciada uma expedição até o interior do império. Estimou-se que a área ocupada pelo conglomerado poderia se estender a até mais do que 20 mil quilômetros quadrados, com estimativa de mais de 6 milhões de habitantes. O número de soldados que vieram para a América não chegava aos 600. Como, então, eles conseguiriam dominar uma sociedade tão grande e tão desenvolvida?

Muitos fatores. Apesar de estarem em maior número, os astecas tinham uma grande desvantagem, que eram justamente as suas armas e técnicas de defesa. Por exemplo, enquanto os espanhóis possuíam armas de fogo, cavalos e outras armas, os nativos usavam arco e flechas e lanças. Além, é claro, de várias doenças que foram trazidas pelos europeus, como a varíola, que, por consequência, acabou com uma grande parte do povo asteca, justamente por não conhecerem essa doença e por falta de recursos necessários para tratamento que naquele tempo, era totalmente escasso.

E o que também foi decisivo para que os espanhóis conseguissem dominar o império asteca foi a relação entre os espanhóis e as autoridades máximas do império. Isso porque a chegada dos navegantes ao território asteca era uma coisa totalmente nova para os nativos, que ficaram maravilhados e o chefe supremo dos astecas, recebeu os espanhóis amigavelmente.

E foi exatamente isso, com a condecoração dos espanhóis pelos astecas de “heróis” enviados pelos deuses, que os navegantes se aproveitaram da situação e renderam o chefe, e ainda, os povos subordinados do império asteca viu nos espanhóis uma chance de se libertar do domínio, aliando-se aos europeus para desestruturar, de vez, toda a hierarquia asteca.

Com o enfraquecimento das tropas e com a falta de instrumentos tecnológicos para bater de frente com os espanhóis, o povo asteca foi derrotado no ano de 1521.

Por Francisco Prado

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Categoria(s) do artigo:
História

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