Existem dúvidas a respeito da origem correta do Rei Momo. Em termos ocidentais os primeiros homens com fantasia e estilo do gênero surgiram na Grécia Antiga para participar das grandes festas e rituais cômicos. Estava presente inclusive entre as orgias que eram promovidas entre os membros da elite. De acordo com as regras sagradas gregas o Momo consiste no deus cujas características estão no humor sarcástico e em formas de delírios, dois elementos presente nos seres humanos depois a ingestão de álcool nos eventos festivos.
1. Qual Origem do Rei Momo no Carnaval do Brasil?
Ao que tange o Rei Momo no Brasil que virou marca nos períodos carnavalescos a origem principal se encontra no ano de 1933, na cidade do Rio de Janeiro, centro não apenas brasileiro como também mundial do gênero musical “samba”. Na ocasião o conhecido jornalista Morais Cardoso teve a honra de ser o representante oficial que estava presente nos carnavais até o momento do óbito, no final da década de quarenta do século XX.
Não se pode ignorar o fato que depois do sucesso de Cardoso a prática do Rei Momo se espalhou para os carnavais que acontecem nos quatro cantos do Brasil. Diversas regiões possuem representantes oficiais que desfiam com os blocos de samba ou nas festas de clubes privados. Grande parte recebe cachê considerado alto, o que aquece também o mercado de trabalho de artistas que trabalham de forma especializada como o personagem mitológico da Grécia. No Rio de Janeiro o representante tem o maior prestígio em termos nacionais.
O primeiro rei Momo oficial no Brasil na figura de gente surgiu na década de trinta do século XX. Porém, no ano de 1910 já existiam bonecos da figura mitológica grega como forma de símbolo das festas carnavalescas na cidade maravilhosa. O costume durou até 1933, visto que no ano de 1932 estava em cena o primeiro representante em forma de gente de modo oficial.
A história aponta que o periódico “A Noite” foi principal responsável por aumento da popularidade e iniciativa de fazer o rei Momo carioca na forma de gente para valorizar as tradições das festas carnavalescas no Rio de Janeiro. Depois de eleição criteriosa que levou em conta o perfil de personagens distintos da cidade o corado foi Moraes Cardoso que ficou na função até o ano de 1948, período em que faleceu.
Cardoso foi importante para a imagem do Rei Momo que aumentou a presença nos carnavais importantes de outras regiões do país. Em todos os desfiles o espírito alegre a carismático de Moraes representou ponto marcante em época de outo no carnaval do Rio de Janeiro.
2. Como Aconteceu a Expulsão do Rei Momo do Olímpio?
De acordo com a grande parte de documentos que reúnem fatos da mitologia romana o deus Momo era conhecido por nunca conseguir ficar parada e nos atos de ser sarcásticos com representantes do panteão. Depois de tanto aprontam acabou procurando ira dos deuses e por consequência acabou tendo que sair de modo forçado no Olímpio.
3. Qual a Origem do Rei Momo nas Festas?
Durante os eventos na Grécia Antiga em poucos anos antes de Cristo o escolhido era um membro da plebe ou corte com as características parecidas no Rei Momo do carnaval brasileiro, ou seja, baixinho, gordinho e com animação que dura até o final da festa. Por outro lado, durante os festejos romanos o representante do Deus ficava por conta de membros com beleza acima da média entre as tropas de soldados. Durante as épocas antigas o representante não se portava como um trabalhador animador de festa, mas na forma de convidado ilustre com liberdade para comer, beber e brincar com os membros da elite presentes no evento festivo.
4. Qual a Polêmica do Rei Momo no Rio de Janeiro?
Da década de trinta do século XX até a metade da primeira década do século XXI o representante para Rei Momo seguia os clássicos padrões antigos da Grécia, com a cara carismática e o corpo largo. No ano de 2004 a tradição que estava enraizada no folclore do Rio de Janeiro.
A prefeitura resolveu mudar as regras para eleger o Momo-oficial com intuito de não aumentar o estimulo para a vida sedentária e obesa, fato medido como preconceito do poder público entre as sociedades que representam os obesos, inclusive o antigo representante do posto. O novo ganhador não tinha valor além do que noventa quilos. Poder público levou em conta de forma principal o carisma e a perícia na arte de sambar.
Rio de Janeiro consiste na cidade que mais leva a sério a presença do Rei Momo nas festas oficiais do carnaval. Em todo ano durante a época carnavalesca existe cerimônia na qual o representante da prefeitura entrega a chave para a figura simbólica. Vale ressaltar que as disputas para escolher o representante na cidade maravilhosa se intensificam por causa de Lei municipal que concede o cachê de quase dez mil reais para o “monarca”.
5. Como Aconteceu o Conflito entre Momo e Deuses Gregos?
Grande parte dos escritos gregos aponta que Momo foi expulso do Olímpio por causa do costume que tinha de tirar sarros dos principais deuses. Porém, existem especialistas em cultura grega que apontam para outro motivo principal para que o representante do sarcasmo fosse expulso do paraíso na mitologia grega: Raiva e orgulho.
Reza lenda que Momo foi eleitor entre todos os deuses para eleger o melhor feito em um concurso entre Atenas, Poseidon e Zeus, três dois principais no panteão da mitologia grega. Com o jeito rude e esnobado encontrou defeito em todas as construções e rebaixou a imagem dos três entre as outras figuras mitológicas.
Porém, Momo acabou por decretar a própria expulsão do Olímpio ao invés de ser mentiroso, eleger um representante e contar com a proteção do mesmo para o resto da eternidade. Momo teve a ousadia de diminuir os feitos dos deuses e o seu sarcasmo era grande ao ponto de não conseguir nenhum tipo de aliado.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
