Na época datada entre 1,8 milhão e 11 mil anos atrás, caminhavam pelo território do Brasil seres classificados como pertencentes a megafauna, a qual é composta pó mamíferos de estatura grande como por exemplo o mastodonte, o qual pesava várias toneladas, possuía tromba, presas afiadas e costumava viver em manadas, sendo bem parecido com o elefante africano dos dias atuais. As hipóteses que dão conta de responder como aconteceu a extinção da megafauna são diversas e possuem desacordos entre si. Há teorias que a extinção pelas caças feitas pelo homem, já outras teorias não acreditam houvesse população humana em quantidade suficiente para ocasionar a extinção desses animais.
A explicação com menos discordâncias entre estudiosos da área é a de que as alterações do clima deram fim aos ecossistemas os quais sustentavam aqueles grandiosos animais. Há estudos os quais indicam que uma parcela desses animais possuíam uma intensa conexão com ambientes abertos, do que com florestas densas. Esses meios sofreram drásticas alterações devido ao fim do período da última glaciação, e por conseqüência pela extinção das savanas, essas criaturas passaram a conviver em uma área muito mais limitada, deixando os isolados em ilhotas, o que estimulou a aceleração da caça colaborando para a extinção dessas criaturas.
Alguns animais da megafauna foram extintos de modo que não ficou nenhum parente, como por exemplo o mastodonte, entretanto outros a exemplo da preguiça e do tutu gigantes, possuem animais os quais são aparentados de estaturas bem menores. A resposta para esse fato é que uma criatura exageradamente grande tem necessidades de alimentação que correspondem ao seu respectivo corpo, portanto caso o meio no qual ele vive sofra profundas alterações, será muito difícil esse animal conseguir sobreviver, ao passo que os animais menores sofrem menos e possuem maiores opções e recursos.
O período que demorou para esses animais atingirem a grandiosa estatura foi demorado, porém o tempo de desaparecimento desses animais foi de certo modo curto. A extinção dos animais da megafauna não se deu única e exclusivamente na região da América do Sul e, também, foi classificada como o último marcante acontecimento drástico na história biológica da Terra. Quando se estuda a trajetória da megafauna, nos vem à tona uma idéia de grande importância para o tempo presente: o que aconteceria com os presentes animais e plantas do planeta caso acontecesse uma drástica mudança no clima.
No Brasil os estudos dos animais da megafauna não conversam entre si e possuem claras discordâncias, em especial no que diz respeito a datações. Outro problema que marca esses estudos é a falta de incentivo às pesquisas e a falta de apoio financeiro para os pesquisadores. As pesquisas sobre a megafauna colaboram para não somente compreender de que modo se desenvolveram esses animais e flora da época, mas também qual era o clima daquele tempo, podendo dar indícios do porquê o nordeste brasileiro tornou se semi-árido por exemplo.
Algumas das Diversas Espécies de Maior Destaque Classificadas Pelos Estudiosos do Assunto:
Toxodonte:
Esse animal era similar a um hipopótamo, pois tinha costumes anfíbios, ou seja, vivia na água e em terra. Tinha as patas da frente muito menores do que as patas de trás e os dentes incisivos da mandíbula eram na forma de uma pá, a qual tudo indica que servia para remexer as profundezas de rios e de lagoas na caça por alimentos.
Tigre Dentes-de-Sabre ou Smilodon:
É um animal felino e pré-histórico, sendo ainda um dos mais populares e comuns seres da megafauna. Esse felino tinha os dentes caninos de cima no contorno de uma faca curva, chegando a medir trinta centímetros, os quais permaneciam à mostra ainda que o animal ficasse com a boca fechada.
Preguiça Gigante ou Eremotherium:
Esse bicho é parente das preguiças e sabe se que foi o mamífero terrestre de maior tamanho que já andou por terras brasileiras. Caminhava sobre as quatro patas, porém conseguia ficar apenas sobre as patas de trás quando pretendia colher as folhas que estavam no topo de uma árvore por exemplo.
Macrauquênia:
É uma bicho que se assemelha a um camelo do tempo presente, mas sem a corcova. Tinha uma tromba curta no focinho, a qual se imagina que era utilizda como um canal respiratório quando se pretendia passar por lagoas ou rios.
Mastodonte:
Esse bicho é um parente muito famoso do presente elefante, fato que se percebe logo pela similaridade da aparência de ambos. Tinha os dentes caninos de cima muito desenvolvidos e conhecidos como presas, pois eram utilizados na caça.
Gliptodonte:
É um animal com parentesco em relação aos tatus do tempo presente. Tinha uma carapaça óssea a qual tinha a função de ser numa excelente armadura. Ficou muito famoso quando uma animação dele tornou se protagonista da seqüência de filmes “A Era do Gelo”.
Fotos Ilustrativas
http://sodinossauros.blogspot.com.br/2013/03/uma-megafauna-brasileira.html
Você Sabia que os Animais da Megafauna Brasileira Foram Fundamentais para Fertilizar o Solo da Amazônia?
Em uma matéria publicada pela revista Nature Geoscience pesquisadores afirmam que por milhares de anos, os animais gigantes fertilizaram a bacia amazônica
Durante milhares de anos, os bichos grandiosos da megafauna fertilizaram a bacia amazônica ao distribuírem nitrogênio, fósforo e diversos nutrientes que haviam em seus respectivos excrementos, anteriormente ao desaparecimento abrupto, cortando de uma vez a área dessa quantidade grande de adubo, segundo apontou pesquisa feita por cientistas dessa temática.
Durante a época do Pleistoceno a região da América do Sul era muito similar a savana africana do tempo presente. E os dinossauros, os quais foram extintos há muito tempo, deixando espaço para uma megafauna composta por animais como os mastodontes que são parentes, como já citado, dos elefantes.
Eram animais em sua maioria herbívoros. Os animais da megafauna brasileira eram mamíferos enormes que alimentavam se de muitos de vegetais, ingerindo nitrogênio e fósforo os quais soltavam nas fezes e na urina essas substâncias por onde caminhavam. Ainda de acordo com essa pesquisa, os animais da megafaina também colaboraram para recolocar em espaços bem distantes com o passar do tempo esse adubo orgânico na terra da região da Amazônia.
A fauna brasileira é extremamente rica e guarda inúmeras variedades do mundo natural. Devemos levar em conta, também, que o Brasil é considerado o país de maior biodiversidade do planeta e é dever de todo cidadão brasileiro promover subsídios e alternativas para o desenvolvimento e preservação da mesma.
Várias são as espécies ameaçadas de extinção dentro do território brasileiro e muitas vezes a nossa legislação não cobre os danos promovidos por meio de caças ilegais e contrabandos, pois a fiscalização dos mesmos é quase nula e a impunidade dos infratores acarreta no desrespeito das leis de cunho ambiental.
Devemos, então, criar iniciativas próprias para atingirmos uma perfeita harmonia de nosso ecossistema, afinal, o Meio Ambiente depende de você!