Guerra Contra As Drogas: O Que é? Qual o Papel dos Estados Unidos?

O termo Guerra às Drogas refere-se a uma campanha em nível mundial de coibição de produção e venda de substâncias consideradas ilegais. O líder dessa empreitada é os Estados Unidos que deu início ao combate às drogas no ano de 1937 ao proibir a maconha em seu território, nesse período também começou o combate ao narcotráfico em modelos atuais.

Ao longo das décadas do século passado essa guerra se intensificou e demonstrou que pode ter sido um erro classificar como ilegais substâncias tão distintas entre si como a maconha e a heroína, por exemplo. A criminalização dos usuários tem criado empecilhos para o combate efetivo e os braços do tráfico apenas crescem.

A História da Guerra às Droga

Dentro do escopo de políticas de combate às drogas está o combate a produção, comercialização e consumo de tais substâncias que são definidas como drogas psicoativas ilegais. Essa terminologia se difundiu em 18 de junho de 1971 após uma conferência de imprensa em que o então presidente Richard Nixon apontou as drogas ilegais como o principal inimigo dos Estados Unidos.

Um dia antes dessa declaração, Nixon, enviou para o Congresso um texto que falava sobre a “Prevenção e Controle do Abuso de Drogas”. O Congresso por sua vez adicionou ao texto o adendo de empregar mais recursos federais para prevenir que novos viciados surgissem tratar aqueles que já estavam comprometidos. A expressão Guerra às Drogas rapidamente se tornou popular nos EUA e de lá se espalhou para o restante do mundo.

Para se ter uma ideia a Drug Policy Alliance, instituição sem fins lucrativos, estima que anualmente os EUA investem mais de R$ 50 bilhões de dólares para o combate de substâncias psicoativas. Contudo, na última década se iniciou uma discussão a respeito da efetividade do combate por meio de instrumentos de criminalização do usuário. Embora seja uma questão de saúde pública é necessário pensar em quanto o tráfico se fortalece com a proibição das drogas.

Por Que Criminalizar Não Resolve?

Os resultados obtidos pela Guerra às Drogas no século passado incluem muito dinheiro perdido, aumento da violência ligada às drogas, populações carcerárias elevadas e consumo desenfreado de substâncias ilícitas. O cerne dessa problemática está no fato de que todas as drogas foram equiparadas e colocadas num mesmo pacote de ilegalidade, independente do grau de risco que representam para a sociedade e para os viciados.

Exército Ajudando ao Combate as Drogas

Exército Ajudando ao Combate as Drogas

Alguns estudiosos acreditam que a proibição do uso de tais substâncias contribuiu para o aumento da procura no último século. Outra questão pertinente de levantar é a de que a violência é quase uma constante na busca pelo combate às drogas tanto para aqueles que a comercializam como para aqueles que a utilizam. O Brasil e a Colômbia são bons exemplos de como esse combate do ponto de vista criminoso afeta negativamente as populações, há um cenário de quase uma guerra civil que resulta de morte de muitos inocentes que estão no fogo cruzado entre a polícia e o tráfico.

O Consumo Só Aumenta: Como Reduzir?

Embora esse seja um mercado ilegal é possível estimar o aumento do consumo das substâncias psicoativas nos últimos anos. Estudiosos acreditam que a melhor maneira de começar um combate realmente eficaz é separar a maconha de outros tipos de drogas. Acredita-se que em torno de 80% dos usuários de drogas do planeta usam apenas maconha que não representa um problema tão significativo quanto à heroína, por exemplo.

A Holanda regulou a maconha e teve bons resultados a partir dessa medida. Outro exemplo interessante é Portugal que retirou o problema das drogas da alçada da justiça para encaminhar para a saúde. Ao invés de prender um indivíduo que usa drogas (algo que gera um custo elevado) é oferecido a ele tratamento para que possa se livrar do uso de substâncias ilícitas.

Liberação da Maconha na Holanda

Liberação da Maconha na Holanda

Esses números relativos ao perfil dos usuários impressionam quando ficamos a par de os 20% restantes configuram cerca de 35 milhões de pessoas das quais ‘somente’ 10 milhões estão categorizados como casos de dependência crítica. Esses indivíduos sozinhos são responsáveis pelo consumo de quase 80% das drogas mais pesadas.

Essa ainda é um tema tabu que precisará de muitos anos para que possa ser devidamente solucionado.

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Categoria(s) do artigo:
Saúde

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