Fique Por Dentro da Paracanoagem

Totalmente em evidência nos dias de hoje, reflexo da popularização trazida pelo título mundial conquistado pelo ex-modelo e BBB Fernando Fernandes, a paracanoagem é um esporte praticado por atletas com deficiência física, conhecidos pela sigla PCD, que embora tenham alguma deficiência física quando estão fora do caiaque, elas deixam de existir quando os competidores estão dentro dele.

Dizemos isso, pois as condições de competição neste esporte são determinadas pela capacidade de locomoção que o competidor dá ao barco, e por isso é que na paracanoagem existem as diferenças de performance entre um competidor normal e um competidor com deficiência. Acredito que a paracanoagem seja um dos esportes em que as diferenças de performances sejam as mais tênues entre competidores diferentes.

Objetivos do Esporte

Dadas as explicações acima, podemos dizer que a paracanoagem só difere realmente da canoagem pelos cuidados externos ao esporte. Logo, podemos dizer que a paracanoagem serve como fonte de recreação, de lazer e também para competição, promovendo ao deficiente uma maior independência em relação à prática do esporte, promovendo uma elevação da estima e do astral do deficiente.

Não é exagero nenhum dizer que os atletas mais experientes, que já estão sintonizados com o espírito e a intenção do esporte, realizam toda a preparação para a prática da paracanoagem com a menor ajuda possível de outras pessoas, ou seja, a entrada, a colocação, a prática e a saída do praticante deficiente é totalmente independente.

Baseado nisso, as associações, centros recreativos e clubes deveriam promover a paracanoagem dentro de suas grades de esportes aquáticos, uma vez que os esforços necessários para isso são mínimos, se tiverem a canoagem entre seus esportes.

Potência no Esporte

O Brasil é hoje uma das maiores potências no esporte, haja visto o desempenho conseguido no Quarto Campeonato Mundial de paracanoagem, disputado no último mês de maio e sediado na cidade de Poznan, na Polônia.

Na Polônia, o Brasil conseguiu simplesmente entrar para oito finais do torneio, número absolutamente não atingido por nenhum país em nenhuma das outras três edições. O show verde amarelo em águas polonesas começou com o bicampeão mundial Fernando Fernandes, garantindo vaga na final da categoria K1. Depois vieram conquistar as vagas para as finais: a gaúcha Bianca Silva, o paulista Carlos Roberto Conceição, o pernambucano Patrick Almeida, o paraense José Agmarino Coelho, a baiana Marta Ferreira e Luís Cardoso.

O ponto alto da exibição de gala do Brasil no campeonato foi a conquista do tricampeonato mundial de Fernando Fernandes, que mesmo competindo sob condições bastante adversas, com muito frio e vento forte, o brasileiro garantiu o terceiro título mundial para o Brasil nas águas polonesas.

Paracanoagem

Paracanoagem

Experiência Para As Olimpíadas do Rio

Embora já tenha bastante resultados e mostrado que veio para marcar história no esporte, o Brasil conquistou algo muito importante: conhecimento e experiência internacional para garantir o sucesso no bom desenvolvimento da modalidade, principalmente agora, que estamos tão perto das Olimpíadas.

Além disso, o próprio incentivo financeiro fica mais fácil de  ser conseguido, pois o país adquire cada vez mais respeito dentro do meio esportivo mundial, haja visto as boas participações e o tricampeonato mundial na classe K1. Fora isso, o Brasil conseguiu o segundo lugar entre as nações que disputaram o campeonato mundial, com um ouro e duas pratas, ficando apenas atrás da tradicional Grã-Bretanha, que ganhou seis ouros e um bronze.

Esporte Olímpico

Os paracanoistas do Brasil tiveram uma ótima notícia ao ser confirmado, em dezembro de 2010, que a paracanoagem é um dos dois esportes entre sete concorrentes que foram incluídos para as Paraolimpíadas do Rio. Nada mais merecido para um esporte que tem recebido um trabalho muito bem feito por parte de Confederações, Clubes, Associações, Treinadores e Atletas e que já está aparecendo em forma de resultados, dentro do próprio país e pelo mundo.

Classes da Paracanoagem

A paracanoagem, além de ser um esporte dinâmico, cheio de competitividade e com uma distinção muito pequena entre os deficientes que a praticam, é sub dividida em três categorias principais, chamadas de Classes, que se diferenciam principalmente em como é feito o movimento da canoa.

Na classe LTA, o paratleta utiliza movimentos das pernas, o tronco e os braços para fazer a movimentação da canoa. Já na classe TA, o paratleta utiliza o tronco e os braços para movimentar a canoa. E na classe A, os atletas apenas usam os movimentos dos braços para movimentar a canoa.

Acessórios Para a Prática do Esporte

Como em toda a prática sadia de esportes é necessário que se respeite a utilização de alguns acessórios, para que haja uma prática esportiva segura e dentro das normas que o esporte exige. A primeira coisa que você precisa ter para a prática da paracanoagem é o Colete Salva Vidas, indispensável para que você esteja em segurança caso algo de errado ocorra e você caia na água. É claro que o colete não é tão bom quanto o bom conhecimento de natação, mas ajuda em muitas situações.

Já que estamos falando de esportes aquáticos e de canoas, é imprescindível que você tenha remos. É muito importante que você tenha escolhido um remo que seja apropriado, em termos de peso ao nível da sua experiência. Um remador médio consegue 25 remadas por minuto, o que dá uma média de mil e quinhentas batidas na água por hora, e se você não estiver com o remo correto, pode se dar muito mal.

Os remos existem de diferentes tamanhos, pesos e composições. Eles variam nos tipos de pás, tamanho de empunhadura e comprimentos. Os remos podem ser feitos dos mais diversos materiais, como cedro, abeto,  freixo e até mesmo de cerejeira.

Para escolher o melhor remo para você, a dica é medir o mesmo diante de você. O remo cujo comprimento acabe exatamente diante de seus olhos deverá ser a escolha certa para você. Quando a prática for em dupla, sem problemas, a escolha também é pelo comprimento: o remador da frente deve usar um remo cujo comprimento vá até o queixo e o remador de trás deve usar um remo cujo comprimento vá até a testa.

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Categoria(s) do artigo:
Esporte

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