Os constantes atrasos para as obras, junto com os valores que ultrapassam orçamentos pré-estipulados, evidenciam corrupção por todos os lados. Maiores exemplos ocorrem em São Paulo e Rio de Janeiro.
As verbas adicionais e os atrasos das obras para os estádios da Copa do Mundo de 2014 evidenciam algo que muitos críticos já apontavam previamente, ou seja, corrupção. A regra é simples, vão surgindo problemas que sempre demandam mais dinheiro, estes precisam ser justificáveis e por isso atrasa-se à obra.
Corrupção e Copa do Mundo de 2014
São Paulo e Rio de Janeiro são os casos mais emblemáticos. Muitos produtos jornalísticos sensacionalistas enfocam a temática condizendo que as duas cidades podem até mesmo ficar de fora do maior evento futebolístico do mundo. Ai está uma ilusão, pois é expressamente improvável que os dois centros econômicos e publicitários do país fiquem de fora.
A grande imprensa na fobia por gerar informação muitas vezes fica cega.
Ao invés de ir direto ao assunto fica idealizando diversos fatos que reunidos formam uma excelente novela. Estes Estados jamais ficarão de fora, todo o atraso e ingerência provém de um simples fato, corrupção ativa de muitos envolvidos.
Alguém duvida que uma empresa vencedora de um processo de licitação pública desta magnitude não esteja preparada? O MPU desconfia até hoje, e não obstante continua revendo os trâmites da licitação do Maracanã. A obra está estipulada para um bilhão de reais, nem metade foi reformado e já se calculam prováveis R$1.200.000.000. A estrutura do teto é a nova desculpa da vez.
São Paulo, Corrupção e Copa do Mundo
As empresas alegam que o novo estádio do Corinthians custará mais de um bilhão, enquanto que o presidente do clube diz que será 300 milhões.
A discussão orçamentária do Itaquerão não é a única questão. Em São Paulo, os conchavos políticos valem mais do que o interesse público.
O Morumbi foi descartado sem nenhuma justificativa plausível, suspeita-se que o fraco relacionamento político de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo Futebol Clube, é a principal causa da recusa.
São Paulo, Corrupção e Copa do Mundo
Já a Arena Palestra Itália foi esquecida. A impessoalidade é uma norma constitucional que não foi deixada de lado. Ricardo Teixeira, o Sarney do futebol, imagina que a CBF é particular.
A escolha de um estádio que ainda está no chão e a discussão orçamen
tária que o mesmo agrega pode resultar fatalmente em corrupção. Os corruptos da cidade abriram mão da Copa das Confederações (mais receita para cidade) em troca dos seus interesses pessoais (mais dinheiro em pouco bolso).
Conclusão
Poucos ganham, muitos sofrem. A trilogia entre empresas-governo-clubes geram atrasos que justificam injeção de mais verba. Aquela famosa mensagem “Eu já sábia” pode ser facilmente incluída na questão da corrupção.
Conclusão
Não obstante, a BBC de Londres está promovendo um documentário sobre a temática. Estão ávidos para conversar com Ricardo Teixeira, será que ele aceita?
