Ócio no Escritório

O Ócio

O ócio, de maneira mais popular e vulgar diz respeito a coisas que se relacionam com folga, falta de compromissos relacionados ao trabalho, e tempo livre. Porém, acaba que toda essa perspectiva dá um sentido conotativo ruim ao termo, que passa a significar vadiagem, vagabundagem e preguiça. Acontece que em várias bibliografias de psicologia e sociologia, esse termo acaba sendo empregado em diferentes sentidos, não apenas no pejorativo.

Como já foi dito, o ócio tem amplos significados nas mais diferentes áreas, e é por esse motivo, que muitas vezes ele é até mesmo defendido. A defesa do ócio se dá, quando ela é tratada de uma maneira diferente da de “não fazer nada” e sim, sendo tratada como um modo de se possuir um momento criativo e até mesmo reflexivo. Tudo isso funciona também como uma resposta a ideia de indivíduos cheios de tarefas para serem resolvidas constantemente, que é absolutamente comum na sociedade industrial em que vivemos.

A ideia de ócio também é possível de ser observada na nas teorias de Karl Marx, onde ele defende fortemente o direito de que os trabalhadores tenham uma apropriação de um ócio específico – o ócio criativo. – que ele aponta que fatia com que a sociedade como um todo passasse a ser mais produtiva de maneira geral.

Ócio

Ócio

Um jornalista bastante importante da França também já defendeu bastante assuntos ligados ao ócio, chegando até mesmo a publicar um livro de nome “O Direito à Preguiça”, onde ele recria e revisa uma nova noção de ócio, de modo que ela fique mais adequada com que a sociedade atual pode lidar. Seguindo essas influência, um filósofo e matemático da Inglaterra chamado Bertrand Russell criou um ensaio chamado “O Elogio ao Ócio”, e nele, o autor aponta que o trabalho não deveria necessariamente ser um objetivo de vida de uma pessoa, mas sim, que o mundo deveria favorecer a possibilidade de que todas as pessoas conseguissem se dedicar as atividades que mais lhe agradassem, e que o tempo de ócio não servisse somente para o divertimento, mas que possibilitasse a ampliação de vários conhecimentos e a capacidade de refletir.

O Elogio ao Ócio

O Elogio ao Ócio

Um dos fatores que contribuíram para a visão negativa do ócio é a religiosidade, já que em vários contextos do cristianismo, o trabalho foi tratado não como um fardo, mas sim como um castigo de Deus para o pecado original, e por esse motivo, ele deveria ser visto com bons olhos. Porém, entre os anos de 1870 e 1910, o intelectual Max Weber chamou essa ideia de “ética protestante”, e ela apontava que não era a devoção religiosa ou a compaixão que salvariam a alma de uma pessoa, mas sim, sua devoção ao trabalho.

Essa ideia de devoção ao trabalho fez com que muitas pessoas acabassem por sacrificar várias coisas importantes, como a relação com a família, o desenvolvimento pessoal e até mesmo a própria saúde, tudo isso visando sempre um bom salário e uma prosperidade que nessas condições, nem seriam aproveitadas. Isso tudo consequentemente remete a uma frase que era muito encontrada nos portões localizados no campo de concentração de Auschwitz, que dizia “o trabalho liberta”.

Ócio No Escritório

Ócio No Escritório

Ócio No Escritório

Como o conceito de ócio já foi apresentado acima, agora será apresentada situações onde o ócio é comum, como por exemplo em empresas e escritórios, já que esses são locais onde se exige um nível bastante alto de competitividade, já que as organizações sempre presam por um nível máximo da otimização de recursos, e isso inclui a otimização da mão de obra também.

Para que a mão de obra seja aproveitada da maneira mais maximizada possível, é necessário que toda a equipe esteja trabalhando com um bom nível de produtividade, mas que nenhum dos colaboradores estejam sobrecarregados, mas que também nenhum deles fique ocioso em seu local de trabalho.

Assim, o principal jeito de deixar isso o mais organizado possível, é ter estratégias que possibilitam a distribuição justa e igualitária de tarefas. Caso isso não resolva a situação de ociosidade é necessário que se faça uma análise mais minuciosa nas causas, visando a reversão desse caso, pois desse modo, toda a competitividade será bem maior.

O objetivo de sempre otimizar as estratégias e a rotina de uma empresa sempre está presente no plano de negócios e de gestão de qualquer empresa ou instituição, pois a melhoria na qualidade deve sempre ser algo contínuo, principalmente quando se leva em conta o fato de que nenhum mercado permanece sem modificações por muito tempo. Por isso a otimização dos recursos é indispensável, já que a boa gestão faz com que todos os esforços sejam reconhecidos e valorizados.

Para fazer com que uma equipe se torne ideal, é necessário que se tente ao máximo entender os colaboradores que lá estão envolvidos, juntamente com o entendimento de suas principais características e seu perfil de produção, pois desse modo não se exige mais do que eles de fato conseguem realizar, e se tira ao máximo daqueles mais eficientes. Eliminando da melhor maneira possível a ociosidade e o sobecarregamento, sendo que esse tem sempre que ser o foco. Tudo isso contribuirá com o bom aproveitamento dos custos e investimentos, e com o alto nível de produtividade.

Ócio No Escritório - Comemoração de Aniversário

Ócio No Escritório – Comemoração de Aniversário

Não é difícil enxergar quando a ociosidade já faz parte da personalidade e do perfil de um funcionário, já que os sinais costumam ser bem explícitos, bastando apenas um pouco da atenção dos gerentes e / ou lideres. Os principais sinais que são frequentemente vistos nas pessoas com tendências ociosas são:

  • – Conversas sobre assuntos pessoais com muita frequência;
  • – Falta de atenção;
  • – Idas frequentes ao banheiro e / ou pausas excessivas para fumar ou fazer lanches;
  • – Saídas frequentes para resolver assuntos pessoais e alheios ao trabalho, como idas ao banco, fazer compras, etc.

A questão que fica é: Como resolver o problema de ociosidade em uma empresa? O primeiro passo é identificar pontualmente os colaboradores que estão de fatos ociosos, e após isso, identificar qual a real causa dessa ociosidade. A partir disso, com todo um planejamento, torna-se necessário fazer com que o funcionário se torne mais consciente e cuidadoso com suas funções, e para isso é necessário que se faça uma gestão de tempo adequada, além também de uma gestão de tarefas, para que tudo fique mais fácil de ser visualizado. Boas e efetivas atitudes para o tratamento dessa situação são:

  • – Definição de métricas para a performance dos colaboradores;
  • – Aplicação de avaliações de desempenho e de seus respectivos feedbacks;
  • – Listagem de atividades e priorização / destaque das tarefas mais importantes e que devem ser priorizadas;
  • – Envolvimento dos funcionários em tarefas simples;
  • – Capacitação dos funcionários (seja através de workshops, cursos ou ao menos materiais para estudo);
  • – Solicitação de ideias e sugestões para evitar essa ociosidade;
  • – Utilização de plataformas específicas para a gestão de projetos;
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Humor

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