Silvio Santos, um dos brasileiros mais conhecidos do país. Quem foi que nunca assistiu a um de seus programas ou quem nunca ouviu falar do baú da felicidade? O carismático apresentador é tão popular que já chegou até a ser candidato a presidência do país. Silvio é hoje um dos homens mais ricos do Brasil, mas não começou assim e isso está longe de ser seu único trunfo. Vamos conhecer mais sobre a história deste homem inspirador.
Infância e Família
Filho de imigrantes judeus que nasceram no antigo império Otomano, Silvio Santos, que na verdade se chama Senor Abravanel (esse é o seu nome verdadeiro, de batismo), nasceu no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Lapa.
Alberto e Rebecca, nascidos respectivamente na Grécia e na Turquia, tiveram seis filhos. Silvio e seu irmão Leon se davam muito bem e faziam diversas atividades juntos, como ir ao cinema na Cinelândia. Foi em uma dessas sessões com seu irmão que Silvio observou um senhor vendedor ambulante que estava vendendo caixinhas para guardar título eleitoral – assim, ele se inspirou, decidindo copiar o vendedor. Junto com seu irmão, eles começaram a vender alguns produtos na rua nesta época, mas eles faziam isso apenas alguns minutos por dia, já que havia muita repressão na época e eles tinham que aproveitar o tempo de almoço dos policiais e guardas para não serem pegos.
Carreira
Senor estudou na infância na Escola Primária Celestino da Silva e lá finalizou o primário, sendo transferido para a Escola Técnica de Comércio Amaro Cavalcanti. No técnico ele conseguiu se formar em contabilidade. Neste momento, as vendas de camelô na rua estavam a todo vapor. Ele começou com as capinhas para título de eleitor, depois passou a vender também canetas, também agulhas e outros itens. O jovem se destacava e vendia facilmente seus produtos, porque o talento para a comunicação já era forte, sempre esteve presente, ele convencia todo mundo a comprar o que quisesse vender.
Nesta época, com 14 anos de idade, Silvio Santos começou a se interessar pelo radialismo. Começou a frequentar os programas de auditório da Rádio Nacional. Decidiu usar o sobrenome Santos porque, de acordo com o próprio, os santos sempre o ajudaram.
Quando completou a idade para servir ao exército, Silvio serviu. Isso aconteceu na Escola de Paraquedistas, na cidade de Deodoro. Foi aí que deixou de vender produtos nas ruas. Mas o radialismo ainda era muito interessante para Silvio – ele começou a frequentar a Radio Mauá e a acompanhar o trabalho do locutor Celso Teixeira. Ele gostou tanto que pediu à ele um emprego. Deu certo, Silvio administrou seu tempo muito bem com suas atividades na rádio, que acontecia aos domingos (ele ainda não recebia nenhum dinheiro pelo trabalho) e no exército. Quando seu tempo de servir ao exército acabou, ele começou a se dedicar melhor ao radialismo.
Foi então que ele começou a trabalhar na Rádio Tupi, junto com Silveira Lima, e voltou às ruas para vender, dessa vez, tecidos, relógios, sapatos, etc. Depois disso ainda ele foi trabalhar em outra rádio, a Rádio Continental.
Empreendedor
Todo mundo sabe que Silvio não é apenas qualquer empreendedor. Ele sempre se destacou e pensou além. Aqui isso já era bem claro. Silvio teve a brilhante ideia de incluir autofalantes para anunciar seus produtos na barca que o levava e trazia de Niterói para o Rio de Janeiro. Além dos anúncios, ele incluiu músicas para agradar os turistas que faziam o caminho aos finais de semana. Depois disso, conseguiu instalação de um bar dentro da barca e organizou promoções que chamavam os clientes – como a que dava canetas para cada bebida que era comprada. Assim ele já se tornou o maior vendedor dos produtos da marca Antártica no Rio de Janeiro.
Foi então que o diretor da marca decidiu levar o jovem para São Paulo com a intenção de colocar Silvio para ser locutor da Rádio Nacional. Claro que ele passou no teste!
Depois disso Silvio ainda subiu muitos degraus antes de chegar à televisão e ter seu próprio canal. Ele levou seu bar da barca para frente da Igreja da Santa Cecília, assim conseguindo administrar melhor o seu trabalho de locutor com o bar. Também foi convidado a apresentar um quadro importante na rádio, que antes era ocupado por Hélio de Souza. E, logo em seguida, lançou uma revista chamada “Brincadeiras para você”.
Mas ele ainda não estava satisfeito e era capaz de mais! Surpreendendo a todos, começou a organizar shows de circo, fazendo apresentações. Manuel da Nóbrega, seu tutor na rádio e amigo, passou o Baú da Felicidade para Silvio Santos, no ano de 1956. O empreendedor mudou algumas coisas na empresa e criou outras, deixando o baú mais forte ainda. Até então o Grupo Silvio Santos ainda não existia. O Baú da Felicidade foi a primeira empresa do grupo.
Sbt
O Império Silvio Santos foi surgindo quase que inesperadamente. O que aconteceu foi que Silvio foi sendo praticamente obrigado a contratar pessoas para auxiliar na sua empresa e também foi criando outras empresas para complementar e auxiliar nos negócios, que só cresciam. O grupo Silvio Santos já possuía então, além do Baú, uma seguradora, uma construtora, uma concessionária, etc.
Silvio Santos já era apresentador, mas foi então que em 1961 começou a apresentar o programa na televisão no canal TV Paulista, chamado “Vamos brincar de forca”. O programa já seguia o estilo do Programa atual do apresentador, oferecendo prêmios do Baú para as brincadeiras.
O que aconteceu em seguida, em resumo, foi que a TV Globo comprou a TV Paulista logo após o programa se tornar um sucesso e tomar conta das tardes de domingo do brasileiro. Depois, surgiu a oportunidade e Silvio comprou parte da TV Record para depois comprar seu próprio canal (1975).
No ano de 1993, com 31 anos de Programa Silvio Santos, este já era o maior sucesso e entrou inclusive para o livro dos recordes, o Guiness Book, como sendo o programa mais duradouro da televisão brasileira.
Vida Pessoal, Relacionamento.
Até o ano de 1977, Silvio Santos era casado com Maria Aparecida Vieira Abravanel. Cidinha faleceu de câncer aos 39 anos de idade. Com ela, Silvio teve sua primeira filha, Cíntia, e adotou a segunda filha, Silvia. No ano seguinte, ele se casou com sua atual esposa, Íris. Com Íris, ele teve outras quatro filhas, Daniele,a Patrícia, Rebeca e Renata. O casal ainda está junto e contam como relacionam trabalho e família para manter o relacionamento feliz. Íris contou a imprensa que o relacionamento é muito leve. O casal fica junto quando consegue e tudo bem. Eles ficam juntos porque querem, porque sentem bem, não porque precisam. Assim como qualquer casal, já tiveram altos e baixos que os deixaram por um fio, mas juntos eles resolveram tudo e seguem firme.