O músico e compositor, Neil Young, cujo nome de batismo inclui “Percival Kenneth Robert Ragland”, Neil Percival Young, nasceu em 12 de novembro de 1945, em Toronto, no Canadá. Toda a sua carreira foi construída nos Estados Unidos, apesar de não ser o seu país de origem, e ele ficou conhecido pelas letras das suas músicas e a voz, consideradas pungentes. Apesar de ter um estilo musical que se mistura o country rock, o folk e ás vezes, até hard rock, ele entrou para história da música americana como uma “lenda do rock” daquele país.
O seu som é muito misturado, às vezes muito pesado, que costuma ainda, fazer longos solos com distorção e improviso. Um show de Neil Young é uma verdadeira celebração ao rock. Quem o acompanha nas apresentações, na maioria das vezes, é o grupo Crazy Horse.
Neil Young é considerado o número 17 na lista dos melhores guitarristas do mundo, título concedido pela revista dos Estados Unidos, Rolling Stone.
Conheça a Biografia de Neil Young
Neil Young mudou-se ainda jovem para Winnipeg, que fica na região central do Canadá e lá começou a carreira fazendo apresentações no circuito rock e folk local. Nessa época, vários estilos musicais o atraíram, além do rock and roll, ele gostava muito do doop-wop, do country, do western pop e do R&B.
Em várias entrevista, já famoso, Neil Young afirmou que um dos seus maiores ídolos era Elvis Presley e tentava ser como o seu cantor preferido. E mais, confessou quais as músicas que ele compôs inspirado no trabalho do ídolo, “He Was The King” e “Hey, hey, my, my”. Além disso, o cantor e compositor canadense era fã de Little Richard e Chuck Berry. Não perdia uma apresentação dos ídolos na televisão.
Neil Young sempre gostou de citar em suas entrevistas, os nomes dos artistas que o influenciaram de alguma forma na sua formação artística, e além de Elvis, Chuck Berry e Little Richard, ele citou: The Chantels, Fats Domino, Ronnie Self, The Monotones, Jerry Lee Lewis, Grant Gogi e Johnny Cash.
Depois de anos vivendo longe da cidade natal, resolve voltar para lá, em 1965, e no ano seguinte, entra para a banda The Mynah Birds. O grupo grava alguns compactos. Em seguida, deixa Toronto novamente rumo à Los Angeles e lá forma a banda folk-rock, Buffalo Springfield, ao lado de Stephen Stills. Apesar de um som inovador, o retorno do trabalho não foi como esperado naquele momento, somente muito anos mais tarde é que foi reconhecido.
Em 1968, o grupo Buffalo Springfiel acabou e Neil Young continuou a carreira artística, mas dessa vez, seguiu sozinho. O seu primeiro álbum nessa nova trajetória foi lançado em 1969, chamado “Everybody Knows This is Nowhere”, o segundo, em 1970, “After the Gold Rush”. Ambos discos foram aplaudidos pela crítica. E nesta mesma época, o cantor e compositor canadense passou a fazer parte do Crosby, Stills & Nash, sendo um dos membros efetivos. Com a entrada do seu sobrenome, Young, entre os anos de 1969 e 1970, o quarteto fez muito sucesso, destaque para o álbum Deja Vu. Mas, Neil Young resolveu deixar o grupo depois da turnê dos Estados Unidos de forma amigável, o que fez com que muitas vezes, eles se reencontrassem para parcerias ocasionais.
O Grande Sucesso de Neil Young em 1972
Neil Young se tornou uma estrela da música em 1972, depois de lançar o seu álbum “Harvest”, neste momento, ele foi consagrado como um dos grandes do estilo folk-rock. Porém, um momento que deveria ser perfeito para o cantor acabou sendo o ano em que ele entrou em uma profunda depressão. Neil Young perdeu dois grandes amigos no mesmo ano, o roadie Bruce Berry e o guitarrista Danny Whytten. E nessa fase difícil, o cantor se envolveu com álcool e drogas o que refletiu diretamente no seu trabalho.
As suas composições desse época da sua vida são cheias de temas fortes, como a loucura, a solidão, a morte, as drogas. O som também é bem diferente, muito pesado, cru e áspero. E na verdade, o grande público do cantor não gostou dessas mudanças e nem menos os críticos.
Da fase pesada a fase emocional, que aconteceu entre os anos de 1973 e 1975, foi a chamada “trilogia suja”: Tonight’s The Night, Times Fades Away e On The Beach são exemplos do que Neil Young gravou nessa época. Se naquele momento os álbuns foram criticados de forma negativa, atualmente são considerados grandes clássicos dos anos 70 e de toda a sua carreira. E tudo muda em 1975, quando ele lança “Zuma” e volta a ter o velho e bom estilo folk, com uma pegada de country-rock.
Em 1979, Neil Young lança um disco com mais uma novidade, uma forte influência do punk, impacto cultural que estava sofrendo a sociedade na época, o álbum se chamava “Rust Never Sleeps”.
A Carreira dos Anos 80 de Neil Young
Nos anos 80, Neil Young deixou o seu estilo de lado e se arriscou em outro tipo de música, como rockabilly, blues e clássicos do country. E dessa mistura de estilos, o que realmente fez com que ele voltasse em evidência novamente, foi o disco de 1989, intitulado Freedom. A música que faz mais sucesso foi “Rockin’ in the Free World” e que mostrava um interesse do cantor pelos temas políticos, especialmente em criticar o então presidentes americano, George H. W. Bush.
Já no final dos anos de 1980 e o início de 1990, o cantor aproximou-se do ritmo pesado da nova geração do rock, em especial, ao movimento denominado grunge. Aliás, em 1989, o cantor recebeu uma homenagem, um disco tributo, entre os artistas que participavam estavam Pixies, Nick Cave e Dinosaur Jr.
Em 1995, mais uma novidade do cantor e compositor, que gravou um disco em parceria com Perl Jam, intitulado, Mirror Ball. Juntos, eles também realizaram uma turnê mundial. E depois disso, a carreira de Neil Young, mais do que consagrado, continua, com alguns momentos de mais críticas a política, como na época da presidência de George W. Bush.
O último disco de Neil Young foi lançado em julho de 2012 e tem o título “Americana” em parceria com a banda Crazy Horse.