Qual a Melhor Idade Para Aprender Uma Segunda Língua?

É comum as pessoas se perguntarem se ainda conseguem aprender bem uma segunda língua, se a idade pode influenciar na questão do aprendizado, e coisas do tipo.

Nós sabemos que, à medida com que envelhecemos, nós temos mais dificuldade em aprender uma segunda língua sim. No entanto, no caso das crianças, quanto mais cedo elas forem submetidas à uma nova língua, maior a possibilidade que elas têm de aprender uma segunda língua.

Em muitos casos, as crianças conseguem aprender até mesmo sem receberem nenhuma instrução. E essa afirmação já foi até comprovada em estudos, tamanha a capacidade de aprendizado que as crianças têm.

Para saber mais sobre esse assunto, e compreender qual a melhor idade para aprender uma segunda língua, continue lendo, que daremos mais detalhes abaixo.

Melhor Momento Para Aprender Um Segundo Idioma

Até então, a ciência ainda não havia identificado qual o melhor momento para alguém aprender algo, quando o aprendizado é mais efetivo. No entanto, um estudo liderado pelo professor de linguagem do colégio Boston College, Joshua Hartshorne, e que contou com a coautoria do psicólogo da Harvard Steven Pinker, tinha como objetivo mapear o momento mais propício para o aprendizado.

Para a realização do estudo, foram recrutadas 670 mil pessoas, que participaram de um teste online. Eles alegaram que o teste iria descobrir qual era a língua nativa de cada um dos participantes.

No entanto, o real motivo era para testar o conhecimento que as pessoas tinham da língua inglesa, e descobrirem como isso estava relacionado com a idade de cada pessoa, e também com o ano em que elas começaram a aprender uma língua estrangeira.

As pessoas mais jovens tiveram um desempenho melhor. Mas era difícil saber se era por terem começado a estudar nos primeiros anos, ou se era apenas por terem começado a estudar primeiro.

No entanto, após reunirem uma série de informações a respeito de inúmeras possíveis curvas sobre o aprendizado, Joshua Hartshorne queria encontrar a resposta para essa questão. De acordo com estudos anteriores, o principal ponto de aprendizagem acontecia antes da fase da puberdade.

No entanto, na pesquisa de Hartshorne, ele mudou essa percepção, e indicou que o ponto de aprendizagem seria um pouco depois dessa fase, depois dos 17 anos de idade.

Ainda assim, Joshua Hartshorne afirma que o mais indicado é que as crianças comecem a estudar uma segunda língua cerca dos 10 anos de idade, caso queiram ter uma fluência que seja quase igual à nativa.

Joshua Hartshorne

Joshua Hartshorne

De acordo com o estudo, caso a pessoa comece a estudar uma língua estrangeira após 14 anos de idade, ela não terá condições de acumular toda a experiência de que necessita até chegar ao período considerado “crítico”, que é quando a capacidade de aprendizagem diminui.

Uma curiosidade interessante, e que pouca gente sabia, é que aquelas crianças que começam a estudar uma língua estrangeira com 5 anos de idade, não possuem uma fluência melhor do que aquelas que começam aos 10 anos de idade.

Mas começar a estudar outra língua mais cedo tem as suas vantagens. O domínio da língua leva bastante tempo, podendo chegar a até 30 anos. Por isso, as pessoas que começam a estudar aos 5 anos de idade terão, com certeza, um progresso bem mais acentuado do que quem começa depois.

Falando Outra Língua

Falando Outra Língua

Porém, apesar de existir um momento em nossa vida em que o aprendizado é mais fácil, isso não quer dizer que devemos desistir de estudar, caso a melhor fase já tenha passado. Você pode aprender bastante coisa em qualquer momento da sua vida, e isso pode ser muito útil em vários aspectos, como para o desenvolvimento do trabalho, estudos, e coisas do tipo.

Estudos já demonstraram, por meio da análise de dados, que o aprendizado da gramática de um outro idioma é bem maior na infância, e que pode se estender até a adolescência. Porém, quando chega na fase adulta, a absorção da gramática se torna algo bem mais lento.

Não se sabe, ao certo, o motivo que leva a esse declínio da aprendizagem na fase adulta. Porém, os pesquisadores acreditam dessa queda da capacidade de aprendizagem, e que o cérebro passa a ficar menos mutável, ou que perca um pouco da sua capacidade de adaptação quando chegamos na fase adulta.

Exercícios Ajudam a Aprender Uma Segunda Língua

De acordo com um outro estudo, se exercitar no momento em que está estudando uma outra língua ajuda na memorização, no entendimento e na retenção da nova língua. Ainda conforme a matéria, estudos mostram que, para que a nossa mente pudesse absorver novos conteúdos, a gente deveria exercitar o nosso corpo também.

Os exercícios físicos são ótimos para a nossa saúde de uma forma geral. E agora, também percebemos que eles também são ótimos para a nossa memória também.

No decorrer dos últimos anos, vários estudos feitos em animais e em pessoas, mostraram que a gente aprende as coisas de uma maneira bem diferente quando nos exercitamos.

Os estudiosos acompanharam ratos de laboratório enquanto eles faziam exercícios na roda de corrida. De acordo com eles, os ratos demonstraram mais capacidade de criar e de manter as novas memórias bem mais do que os ratos sedentários.

Estudando Novas Línguas

Estudando Novas Línguas

Humanos também foram submetidos a testes. De acordo com o resultado, os estudantes que praticavam atividade física no decorrer do período em que ficam na escola, tiveram um desempenho acadêmico bem melhor.

A matéria também diz que alguns cientistas também acreditam que os exercícios causam alteração na biologia cerebral, levando ao aumento da sua “plasticidade”, fazendo com que ele fique mais maleável e também mais receptivo para novos aprendizados e informações.

Conforme os pesquisadores, os estudantes realizaram exercícios mais leves. Os resultados não foram conclusivos a respeito de quais exercícios são melhores para a aprendizagem, e também sobre qual deve ser a intensidade dos exercícios.

Uma observação importante que os pesquisadores fizeram é que, o fato de ficar horas sentados estudando em sala de aula, pode não ser a forma mais eficaz de aprendizagem, o que não quer dizer que as salas de aula tenham que ser equipadas com equipamentos de ginástica. Mas que essa forma de estudar pode não contribuir tanto assim.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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