O Conde de Monte Cristo

Considerada como a segunda maior obra do autor Alexander Dumas, perdendo apenas para “Os Três Mosqueteiros”. A primeira publicação aconteceu na cidade de Paris, no ano de 1844. Está na lista entre as obras mais vendidas de toda história da literatura. A história diz que Dumas teve a ideia do enredo após viagem feita com o sobrinho de Napoleão à Ilha de Monte Cristo.

• Sinopse Principal

De acordo com as próprias palavras de Dumas, o prefácio da primeira edição diz que se trata de romance que leva em conta as ironias que a vida pode ter para qualquer pessoal, independente da época. “Um dia da caça, outro do caçado”, ditado que evidencia de forma geral o que vai ser encontrado no decorrer de trama. Grosso modo se trata da história do marinheiro injustiçado que na prisão conhece um clérigo. Os dois ficam amigos. Após o óbito do sacerdote, o marinheiro escapa da prisão para encontrar uma fortuna escondida. Com mais dinheiro, enobreceu a qualidade de vida e começou campanhas em busca de vingança contra a elite que o prendeu. O personagem principal do romance, Edmond Dantès, era conhecido por ser um homem de tendência justa e carismática. Porém, o destino se encarregou de lhe tirar a liberdade e todo o amor existente no seu coração. A prisão aconteceu injustamente, fato que trouxe ainda maior indignação ao protagonista.

Juiz de Villefort, Danglars e Fernand de Mondego: Os Três Mosqueteiros do Mal

O ingênuo marinheiro foi preso em 1815, na Ilha de Elba, por causa do complô feito por três personagens: O Juiz de Villefort, ao invés de seguir as instruções na carta enviada por Napoleão Bonaparte, que solicitava a soltura do marinheiro, procurava formas para mantê-lo na prisão. Danglars, considerado como amigo, e que desejava o posto de capitão que estava designado à Dantès. Fernand Mondego, primo e futuro cunhado do personagem principal.

Juiz de Villefort, Danglars e Fernand de Mondego: Os Três Mosqueteiros do Mal

Juiz de Villefort, Danglars e Fernand de Mondego: Os Três Mosqueteiros do Mal

Prisão do Castelo d’If

Depois de longos anos na prisão, acontece à fuga auxiliada pelo amigo que ficou na cela do seu lado, o abade Faria, preso por perseguição política e conhecido pela inteligência. A presença na prisão com Faria foi fundamental para aprimorar a educação de Edmond Dantès. Em um dos dias em que estavam confinados, Faria revela para Dantès a existência do grande tesouro que se encontrava escondido. O protagonista não acreditou muito na história, mas sem nenhuma perspectiva de vida, escapa de prisão e consegue confirmar o conto antes medido como folclórico e fica milionário. Este caminho não foi fácil. Antes de encontrar a fortuna teve que trabalhar com piratas para se alimentar.

Ascensão do Conde

Após alguns anos, organiza a grande vingança contra os seus inimigos considerados mortais. Apesar de odiar a elite, começa a se envolver aos poucos na alta sociedade parisiense. Seu primeiro grande feito para ser reconhecido pela nobreza foi no salvamento do filho de seu antigo patrão que estava sequestrado em Roma. Assumiu a condição de Conde de Monte Cristo como burguês comprador de títulos dos nobres. Acaba sendo descoberto pela irmã, Mercedes, que revela a identidade do Conde, começando assim diversas confusões e, por consequência, o princípio da queda do poder dos seus dissidentes. A primeira ação do Conde foi obrigar Danglars a deixar o noivado com uma nobre. Mondego, na época oficial de alto posto do exército da França, acabou sendo julgado e condenado por má conduta. Com excesso de depressão, abandou a família e acabou se suicidando. Danglars fugiu para Roma. Foi capturado por Luigi Vamp, perdoado mais tarde pelo Conde de Monte Cristo.

• Jogo Semiótico

O autor da obra jamais colocaria as ordens de Napoleão em cheque, visto que era amigo da família do aspirante a imperado da França. De certa forma, o Conde de Monte Cristo somente conseguiu fazer a sua vingança porque os três personagens que participavam da trama enganaram não somente o protagonista como também a carta do império napoleônica, que obrigava o juiz a soltar Dantès da prisão. O conflito entre justiça e injustiça surge nas primeiras partes. Na sequência, o jogo sintático continua entre liberdade e opressão, visto que Dantès passa longos anos na prisão na qual é educado, ficando com a personalidade revoltada por entender qual representa o sentido de ser livre depois que foi educado pelo abade Faria. A situação chega ao ponto que Dantès passa a topar qualquer coisa para se sentir livre, inclusive acreditar na duvidosa ideia do amigo. Após ficar rico, o lado do poder na obra se inverteu. Inicia então o conflito entre vingança versus compaixão. Interessante notar que a sede vingativa acaba assim que acontece a morte de Mondego. O fato fica claro quando Danglars é perdoado depois de ser capturado pelos bandidos italianos quando estava em fuga na cidade de Roma.

Jogo Semiótico

Jogo Semiótico

• Leitura do Livro O Conde de Monte Cristo

Clicando neste link é possível ler a edição do Conde de Monte Cristo do Google Books, que na atualidade, tem o maior acervo de livros na internet. Atenção! A obra somente pode ser lida on-line a título de informação, quem quer ler por completo deve efetuar a compra.

• Personagens da Obra Original

  • Edmond Dantès
  • Senhor Wilmore
  • Sinbad the Sailor
  • Abade Busoni
  • Monsieur Zaccone
  • Abade Faria
  • Giovanni Bertuccio
  • Luigi Vamp
  • Peppino
  • Haydée
  • Baptistin
  • Jacopo
  • Mercedes Mondego
  • Fernand Mondego
  • Albert de Morcerf
  • Família Danglars
  • Barão Danglars
  • Senhora Danglars Hermine
  • Eugénie Danglars
  • Gérard Villefort
  • Renée Villefort
  • Renée de Saint-Meran
  • Le Marquis de Saint-Meran
  • La Marquesa de Saint-Meran
Personagens da Obra Original

Personagens da Obra Original

  • Valentine de Villefort
  • Sr. Noirtier de Villefort
  • Héloïse Villefort
  • Edouard de Villefort
  • Benedetto
  • Pierre Morrel
  • Maximilien Morrel
  • Julie Herbault
  • Emmanuel Herbault
  • Gaspard Caderousse
  • Louis Dantès
  • Barão Franz d’Epinay
  • Lucien Debray
  • Beauchamp
  • Barão de Château-Renaud
  • Louise d’Armilly
  • Monsieur de Boville
  • Barrois
  • Monsieur d’Avrigny
  • Major Bartolomeo Cavalcanti
  • Ali Pachá

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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