A música pode ser considerada como uma ferramenta de escalada social, utilizada, sobretudo, para refletir a cultura de um povo, ou seja, ela pode ser o porta voz dessa cultura para outras nações. E isso pode ser observado, por exemplo, no rock internacional que faz sucesso em diversos países, inclusive no Brasil, no qual foi idealizado o famoso evento “Rock in Rio”, que atrai milhares de pessoas a cada dois anos à Cidade do Rock, que é erguida no Rio de Janeiro.
Por falar no Brasil, o país, pelo grande tamanho, abriga milhares de pessoas, e, como sabemos, o país possui uma cultura bastante miscigenada, que é resultado de anos de imigração que ocorreram no país, o que propiciou várias culturas em locais próximos. Por exemplo, no Sul, local onde vários europeus vieram por conta de problemas como crises em seus países u guerras, é, praticamente, como uma colônia europeia em solo brasileiro, já que várias cidades conservam os traços coloniais tradicionais de países como a Alemanha, além dos tradicionais costumes, principalmente gastronômicos.
Um outro lugar que, apesar de não ter um contato tão íntimo, mas que influencia de certa forma a cultura não só do Brasil, mas mundial é a China, que, com os seus produtos de preço baixo inundam as prateleiras do mundo todo, abriu espaço para que o planeta conhecesse mais um pouco sobre o país, que é governado por mãos de ferro pelo Partido Comunista Chinês. Suas tradições e costumes foram mostrados para todos e muitos deles foram exportados para outros lugares. Inclusive a música, que é o centro desse artigo.
Será mostrado um pouco mais sobre a música no país chinês, bem como algumas curiosidades acerca do assunto. Veja:
A Cultura Chinesa
A China é um dos maiores países do mundo, tanto em tamanho quando em popularidade: mais de 1 bilhão de pessoas habitam o país, que, ultimamente, viu sua economia crescer significativamente, assustando vários países, dentre eles, os EUA, já que o país comunista cresce, economicamente, 10,5% anualmente, e, se esse ritmo se manter, pode ser que, em pouco tempo, os chineses tomem a frente no ranking que classifica as maiores economias do planeta.
Com a inclusão da China em outros blocos econômicos e o desenvolvimento de sua economia, a economia mundial passou a ter uma nova dinâmica, com o país mandarim estando no direito de ditar as regras, juntamente com os países desenvolvidos, sobre as medidas econômicas a serem tomadas.
E, sobre a sua cultura, é notório que há a influência de vários pensadores e filósofos, mas o principal intelectual que é venerado na China é Confúcio, sendo que todo o seu legado e seus pensamentos são majoritariamente levados em conta toda vez. Mas o que muita gente não sabe é que o filósofo também tem bastante influência sobre a música chinesa, isso por conta de que, além de pensador, Confúcio foi um grande professor de música, além de ser um músico de grande talento, que conseguia ter a proeza de tocar vários instrumentos. O filósofo salientava que a música, para ser de bom grado, deveria ter qualidade e papel definidos de imediato.
Muito se discute sobre quando a música na China começou a se desenvolver de fato, mas historiadores acreditam que a música popular chinesa nasceu há 7 mil anos atrás. Temos consciência que a música, atualmente tem um aval muito mais para entreter do que, para realmente, transmitir uma mensagem importante; mas, na China, principalmente na época da Dinastia Zhou, que ocorreu aproximadamente em 500 a.C., a música era um baluarte social, uma forma de mostrar à sociedade o seu valor e, principalmente, à sua cultura. Os livros de Confúcio deixavam bem explícita tal informação, no qual a música deveria ser usada e executada, com o pretexto de que ela possa ser melhor compreendida pelas pessoas.
Confúcio é importante para a música chinesa pois ele sempre a colocava em evidência quando era necessário. Por exemplo, segundo ele, dos seis temas mais importantes para se estudar, a musica ficava em segunda colocação, sendo que, nesse ranking, também estão presentes e matemática e caligrafia.
Na China, a música tinha tamanha aceitação que, naquela época, os povos eram governados a base somente de rituais e cerimônias que não precisassem envolver a lei ou, no pior dos casos, a força bruta. E, por conta disso, a música era uma ferramenta chave para ser utilizada com os habitantes a fim de governa-los com sabedoria. É por conta disso que foi falado que a música, de início, não foi criada com o intuito de ser um meio de entretenimento, mas sim, com claras intenções sociais e políticas.
Para que a música fosse considerada “de paz”, era necessário que ela tivesse um simples arranjo, mas que esse arranjo pudesse compreender a qualidade e tranquilidade do momento que seria executada, para que o seu trabalho nos ouvintes pudesse ser realizado, ou seja, de causar calmaria e concentração naquele que a música era direcionada. Num evento no qual deveriam- se receber as autoridades, a música que deveria ecoar pelo ambiente deveria ter um começo surpreendente, ter uma clareza e harmonia perceptíveis, além de uma estrutura simplificada. Tal estética de música foi tão levada a sério que, há 2 milênios, regem a música na China.
Embora já tenha sido dito que a música é muito mais do que somente uma fonte de entretenimento para as pessoas, vários estilos chineses são voltados para esse fim. A Ópera Chinesa de Música, por exemplo, é um deles. No país, existem várias dessas óperas, se destacando nesse cenário as óperas de Pequim e Sichuan. A formação do conjunto musical se dá com a presença de 7 músicos no palco, tocando diversos instrumentos musicais, como os de corda que, além de combinar com o canto, ajuda a produzir efeitos sonoros de impacto e, também, sons característicos de animais.
Outros estilos musicais também passaram a dar atenção para a música ocidental, incorporando vários detalhes em suas próprias músicas. Até mesmo, no material de confecção dos seus instrumentos, sendo que estes, por enquanto, são mantidos nos formatos tradicionais chineses.