Como Viviam os Hippies

Uma boa maneira para resumir o que eram os hippies e de forma bem simples é dizer que se tratavam de pessoas que era contra o “sistema”. Na concepção deles, o “sistema” era a classe média da época, a chamada sociedade branca e todas as suas regras e seu apego a tudo o que diz respeito a bens materiais. Mas, os hippies não podem ser resumidos a só quem vai contra regras, além disso, eles viviam em grupos, aqueles mais, digamos, tradicionais, e pregavam a cooperação entre as pessoas e a não violência de nenhuma forma.

A cultura hippie não demorou muito a se espalhar pelo mundo todo, mas onde se encontrava o maior número de pessoas adeptos ao movimento foi na cidade dos Estados Unidos, São Francisco, no estado da Califórnia. Ele eles viviam esse modo de ser, para alguns, muito transgressivo, ao máximo, chegavam a alugar casarões enormes e antigos onde viviam até 30 pessoas.

Um dos lemas preferidos dos hippies era “sexo, drogas e rockn roll” e eles faziam o que acreditavam. Apesar de ser muito comum ligar o modo de viver dos hippies a pessoas que não trabalhavam e não mantinham nenhum hábito de higiene, não era bem assim. Claro, que também existiam grupos que pecavam quando o assunto era higiene pessoal. Mas, a grande maioria seguia vida normalmente.

Falando dos hippies para entendê-los também é bom conhecer como foi criada essa denominação para esse grupo de pessoas. Se trata de uma gíria americana “hip”, que significa que uma pessoa é antenada e bacana. E os antecessores dos hippies já tinham usado essa gíria, os beats dos anos de 1950, que eram considerados os rebeldes intelectuais.

O movimento hippie nasceu nas universidades da Califórnia graças a influência dos beats e com apoio dos professores, os alunos fundaram a “nova cultura”, isso aconteceu nos anos de 1960. E a difusão desse novo movimento avançou outras partes do mundo em bem pouco tempo, uma vez que lutava contra a Guerra do Vietnã, que obrigava os cidadãos a participarem. E foi justamente as ideias pacifistas dos hippies em relação a esse momento da história que fez com que eles se tornassem conhecidos e ganhassem tantos seguidores. Historiadores consideram os hippies de extrema importância para o desenvolvimento do que eles chamam de contracultura, aquela que bate de frente com os fundamentos do capitalismo.

E a música também teve papel fundamental nesse percurso, Janis Joplin, Beatles e Jimi Hendrix foram só alguns nomes importantes que aderiram o lema “paz e amor” dos hippies e a experiência psicodélica acabou representada em sons e letras das suas canções e de outros.

Quando a Guerra do Vietnã finalmente acabou, era 1975, o movimento hippie perdeu um pouco a força, já que o que a gerava era o papo pacifista. Mesmo assim, os grupos que restaram ainda exerceram forte influencia nos que vieram depois, nos anos de 1980  e 1990.

Algumas Características e Modos de Como Viviam os Hippies

Sim, um casarão poderia abrigar 30 pessoas e elas viviam em harmonia com o tema “paz e amor” na de violência, mas “sexo, drogas e muito rockn roll”. Algumas delas poderiam ser limpas e outras nem tanto.

Uma característica do modo de vida desse grupo de pessoas era deixar o dinheiro de lado e voltar a velha e boa moeda, a de troca, é o que eles preferiam. Além disso, os empregos por eles chamados de “normais” não era os que os atraíam. Os hippies gostavam mesmo de fazer trabalhos artesanais e era com isso que se sustentavam. Faziam produtos alimentícios, instrumentos musicais e tudo mais o que fosse possível fazer com as mãos.

Outra forte característica desse grupo era com relação que eles tinham com a música, no caso rock. Sim, as comunidades de hippies sempre tiveram as suas próprias bandas, que não faziam apresentações em bares em busca de dinheiro, eles gostavam mesmo era de tocar nas ruas de graça. O rock dos hippies é aquele associado ao estilo psicodélico e alguns tinham uma pegada de música folk, mas sempre com músicas que faziam protesto contra o sistema.

Como eles não queriam os trabalhos normais e nem fazer tanto esforço, os hippies viviam em casas velhas, lugares abandonados ou que tivessem um aluguel bem barato. Uma vez ali, eles adoravam caprichar na decoração com motivos psicodélicos. Nas cidades de São Francisco e New York, grupos de hippies acabaram formando verdadeiros guetos.

E como o lema “drogas” era levado muito a sério, eles não tinham problemas nas misturas, as drogas preferidas para uso eram as sintéticas, como mescalina e LSD. Normalmente, os hippies experimentavam o que eles chamavam de “experiência místico religiosa”, que na mais era do que uma “viagem coletiva”. Todos consumiam a droga ao mesmo tempo e um “guru”, considerado o líder espiritual deles, os conduzia a uma meditação, que dizia ser oriental capaz de expandir a consciência.

Assim como as drogas, o sexo fazia parte do lema dos hippies e para eles valia tudo, o que significa que “festinhas” com trocas e mais de um parceiro e o homossexualismo era perfeitamente comum. Além disso, os filhos dos hippies não frequentavam a escola, porque os pais pregavam que eles deveriam descobrir o mundo sozinhos.

Todo mundo diz que os banhos não faziam parte da rotina dos hippies, mas não era bem assim, eles tomavam um banho uma vez por dia, porém, não usavam nem perfumes e nem desodorantes, que segundo eles, era uma coisa supérflua inventada pela sociedade.

Na hora de comer, os hippies rejeitavam totalmente qualquer artigo industrializado, nada de lata disso ou daquilo. Eles comiam legumes, bebiam sucos naturais, comiam frutas e verduras. Tudo o que era consumido era plantado por eles mesmos, quando conseguiam morar em zonas rurais. O que não era consumido servia de moeda de troca ou era vendido a preço de custo para outros hippies.

Sendo o consumo de drogas muito grande, além daquelas sintéticas, os hippies consumiam haxixe e maconha, e para garantir que a segunda, não faltaria nunca, eles quando tinham espaço faziam a plantação e depois armazenavam.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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