Qualquer objeto utilizado para a finalidade de cobrir o corpo é chamado de roupa, indumentária ou vestuário. Há diversos motivos pelos quais as pessoas usam roupas, seja por questões culturais, sociais ou por necessidade. Itens como bolsas, mochilas, joias entre outros são chamados de acessórios.
Há um entendimento no mundo de que é de bom senso usar roupas sendo que as peças são escolhidas de acordo com os valores sociais de cada povo. Desde muito tempo o uso de roupas faz parte da vida humana, mas como será que eram as roupas de tempos mais antigos? Confira a seguir!
História das Roupas
Confira a seguir uma breve história das roupas passando por diferentes momentos desde a pré-história passando pela Antiguidade, Idade Média e Renascimento.
Roupas na Pré-História
Embora não se saiba exatamente quando o homem começou a se vestir se sabe que provavelmente esse hábito teve início como uma forma de proteção em relação às condições ambientais e também por aparência. Para um caçador pré-histórico usar a pele de um urso abatido poderia servir tanto para mantê-lo aquecido quanto para demonstrar aos demais caçadores a sua força e bravura.
Acredita-se que o uso de roupas por seres humanos teve início há cerca de 107 mil anos. No entanto, tal afirmação não é um consenso entre os cientistas. Em 1988, arqueólogos encontraram na Rússia agulhas primitivas fabricadas a partir de ossos e marfim que aparentam terem sido fabricadas há mais de 30 mil anos.
Os cientistas acreditam que no final da Idade da Pedra, há cerca de 25 mil anos, o uso de roupas fosse corrente. A técnica de fabrico de fios provavelmente já havia sido dominada usando algumas plantas como o algodão e pelos de animais como a ovelha. Conforme o tempo passou as técnicas de fabrico de roupas foram melhorando gradualmente levando a criação de roupas mais elaboradas.
Antiguidade
O período conhecido como Antiguidade teve início há cerca de cinco mil anos e perdurou até 400 a.C., boa parte do que sabemos a respeito dos estilos de roupas vem de pinturas em vasos e paredes, estátuas e desenhos inscritos. Diferentemente de joias – que apresentam a tendência de durar por um longo período por serem feitas de matéria-prima inorgânica – há poucas roupas da Antiguidade que sobreviveram ao passar do tempo.
No entanto, há exemplares de peças que resistiram ao tempo por estarem submetidas a condições especiais como climas muito secos. Cores de estátuas e desenhos foram sendo lentamente desgastados pelo tempo dando origem a uma aparência branca ou amarelada. Isso faz com que se chegue ao entendimento de que alguns povos realmente usavam roupas brancas como os egípcios, mas outros utilizavam peças de outras cores que devem ser determinadas por especialistas.
Antiguidade: Egípcios
Era pequeno o número de pessoas que usavam roupas no Egito Antigo. Dentre essas pessoas somente as de famílias de alta classe e dentro desse grupo somente os adultos. As roupas eram símbolo de riqueza, escravos e crianças não usavam nenhuma vestimenta. Nos primeiros tempos do império os homens usavam uma espécie de tecido que envolvia apenas o quadril tal qual uma fralda ou saia curta.
Já as mulheres utilizavam um tipo de vestido que era atado às costas deixando os seios a mostra. Com o passar do tempo os homens passaram a usar saias cada vez mais longas e os vestidos femininos passaram a cobrir os seios. Em seguida tanto homens quanto mulheres passaram a usar uma peça que se parecia com um hobby. Eram peças retangulares de tecido com um buraco no meio para passar a cabeça. Eram poucos os egípcios que calçavam sandálias.
Antiguidade: Persas
Uma das principais contribuições dos persas para a moda foi que esse foi o primeiro povo a cortar e ajustar as medidas das peças ao invés de simplesmente vestir pedaços de tecido. Acredita-se que eles ajustavam as roupas para ter mais conforto e facilidade para a caça.
Os homens utilizavam calças que eram bem ajustadas às pernas além de túnicas e casacos. As roupas das mulheres eram similares às roupas dos homens. Os calçados faziam parte do vestuário normal. Esse tipo de roupa se desenvolveu posteriormente na Europa substituindo as túnicas e os casacos dos gregos e romanos na Idade Média.
Idade Média
Após o fim do Império Romano, a Europa Ocidental começou a se desenvolver de forma independente do que ainda restava do Império (Império Romano do Oriente ou Império Bizantino). Nesse período os bizantinos da classe alta usavam túnicas decoradas que eram feitas de algodão e fios de ouro. Também usavam pérolas e pedras preciosas como ornamentações.
Pessoas de classes mais baixas utilizavam túnicas simples. Pessoas da corte e o próprio imperador assim como a imperatriz utilizavam um longo tecido em volta dos seus pescoços tal qual fosse um cachecol. Os nobres começaram a usar meia-calça longa e firme.
A moda da Europa Ocidental foi fortemente influenciada pelo Império Bizantino. Os nobres europeus passaram a usar roupas mais complexas do que as peças convencionais de TNT, couro e pelos. Era comum que as pessoas fizessem as suas roupas em casa, no entanto, começou a surgir algumas pequenas lojas especializadas na confecção de peças de vestuário.
As roupas passaram a ser fabricadas por artesãos que com o passar do tempo foram se tornando mais habilidosos. Os artesãos passaram a ajustar, cortar e ornamentar as roupas que fabricavam. Depois disso as roupas passaram a ser feitas de seda sendo importadas do Extremo Oriente.
Os mais pobres usavam túnicas simples e mantos de corte retangular. Essas peças passaram a ser substituídas lentamente por roupas confeccionadas sob medida para cada indivíduo. As túnicas das mulheres se tornaram vestidos atados na parte de cima do corpo. Já os homens passaram a usar mangas por baixo de suas túnicas além de meias.
Renascimento
O Renascimento no século 14 levou a algumas mudanças na Europa. Aumentou consideravelmente o número de lojas e artesãos que fabricavam roupas com o aumento das cidades. A queda do Império Bizantino fez com que a Europa Ocidental tomasse a liderança da produção de roupas e estilos.
Para os homens a nova moda tinha peças mais pesadas para a parte de cima do corpo. Uma peça bastante comum entre os nobres era uma espécie de jaqueta pesada com uma saia com comprimento até a região das pernas chegando aos joelhos. Os homens usavam também sapatos com as pontas viradas para cima e tinham a disposição uma grande diversidade de chapéus.
Para as mulheres nobres as roupas passaram a contar com chapéus altos, vestidos florais e decorados além de serem atados fortemente ao busto. Os homens de classes inferiores usavam roupas compostas por calças simples e ajustadas ao corpo assim como blusas. Já as mulheres de classes inferiores usavam vestidos mais simples.
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