Leishmaniose Canina – Tratamento e Prevenção

A leishmaniose é uma doença que acomete os cães e por ser perigosa acaba criando um grande pavor entre as pessoas que tem pouca informação quanto ao assunto, com isso, quanto mais clara e verdadeira for a informação, maior será a prevenção e cuidado e irá ao encontro das necessidades de milhares de animais que serão sacrificados durante o ano em todos os Centros de Controle de Zoonoses no Brasil.

O Problema da Leishmaniose

A leishmaniose possui várias verdades e mentiras inseridas nas inúmeras histórias que vemos sobre o assunto, dentre a maior delas está a de depositar nos cães doentes a responsabilidade por espalhar a doença. Ocorre que o problema da doença está vinculado às questões socioeconômicas que não são resolvidas, e passam a ser desafios diários em nosso país. Enquanto não houver alimentação adequada e saneamento básico a todos os brasileiros, a doença em questão ainda terá um enorme campo de atuação, não sendo justo que os pequenos animais paguem um preço tão alto por isso. Ter um controle efetivo da leishmaniose implica em disseminar a pobreza no Brasil. E ainda mais, proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas, com uma balanceada e de qualidade para, acabar com a desnutrição; com isso, a doença não encontrará nenhum alvo fácil. O grande problema é que os animais contaminados com a doença são proibidos de receberem tratamento adequado. Só se pode tratar caso se consiga uma autorização judicial para tal, mas como poucas pessoas sabem disso, os animais acabam sendo sacrificados sem piedade.

Como Acontece a Cura da Leishmaniose

O tratamento feito para se combater a leishmaniose, tanto aquela que se manifesta em humanos quanto a canina, apresenta pontos bastante similares. Conforme os especialistas, as semelhanças são as seguintes:

  • • Cura Epidemiológica – o cachorro ou a pessoa acometida pela doença não são mais vetores da doença, entretanto, o cachorro se torna mais suscetível e, por isso, pode sofrer maiores recaídas.
  • • Cura Clínica – a pessoa ou mesmo o cachorro não mostram sintomas da doença.
  • • Não se Mostra a Cura Parasitológica – a doença estará para sempre alojada tanto no organismo do cão quanto no do homem.

O Que é a Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença de origem infecciosa, entretanto, não possui a forma contagiosa, sendo ocasionada por parasitas pertencentes ao gênero Leishmania. Os parasitas que transmitem a doença se multiplicam e vivem dentro das células que são parte integrantes do sistema de defesa, nomeadas de macrófagos. Existem duas formas de leishmaniose: a leishmaniose cutânea ou tegumentar e a leishmaniose calazar ou visceral. A leishmaniose nomeada como tegumentar é caracterizada por feridas na derme que aparecem com maior frequência nas partes do corpo descobertas. Com o passar do tempo, podem surgir feridas nas mucosas da boca, do nariz e da garganta. Esse tipo de leishmaniose é chamado popularmente como “ferida brava” e não obriga o sacrifício dos animais acometidos pela enfermidade. Já a leishmaniose visceral é caracterizada como uma doença sistêmica, em razão de se alojar em órgãos internos, especialmente no baço, fígado, e na medula óssea. Essa forma da doença ataca principalmente crianças com até dez anos; depois desse período, é menos frequente. Ela apresenta uma longa evolução, podendo ficar por determinados meses ou ainda passar de um ano.

Forma de Transmissão

A leishmaniose pode ser transmitida através de picadas de insetos hematófagos, que consomem sangue, também chamados de flebotomíneos ou flebótomos. A denominação varia conforme a localidade; os tipos mais comuns são os seguintes: mosquito-palha, birigui, tatuquira, cangalinha, asa dura, asa branca, e palhinha. O asa branca ou mosquito-palha pode ser encontrado com mais frequência em lugares escuros, úmidos, onde há muitas plantas. O que muitos não sabem é que é o inseto que passa a doença de um bicho para o outro. É uma enfermidade que acomete principalmente os cães, mas não somente eles, como ainda diversos animais silvestres, saruê ou gambá, e ainda animais tidos como urbanos como gatos, ratos e os seres humanos, especialmente crianças que apresentam quadro de desnutrição, idosos que se encontrem com a saúde frágil, e, também as pessoas portadoras do vírus HIV. Não se contrai a leishmaniose de outros animais ou dos cachorros, sendo o contágio somente efetuado a partir da picada do inseto que estiver doente. O cachorro é tão somente mais um hospedeiro do tipo da doença chamada de leishmaniose visceral. Por isso, é também o mais injustiçado e estudado, pois ainda que todos os cachorros do mundo desaparecessem, a leishmaniose visceral ainda cresceria, da mesma forma que acontece nas cidades onde existe a mortandade indiscriminada de cachorros, acreditando-se que esta é uma forma de combater a doença.

Forma de Transmissão

Forma de Transmissão

Sintomas da Leishmaniose

Os sintomas da doença variam bastante. O cachorro pode apresentar um grande emagrecimento, acompanhado de gânglios inchados, perda de pelos, fraqueza em seu estado geral, blefarite, crescimento das unhas, feridas, lesão de pele ulcerada, e anemia. Também surgem sintomas dentro do organismo, como o crescimento de órgão, do fígado e demais alterações. Ocorre que, esses sintomas são bastante comuns em demais doenças que não apresentam tanta gravidade; por isso, caso seu cachorro apresente esses sintomas não caracteriza a leishmaniose. O diagnóstico acertado só pode aferido através de um médico veterinário, que fará uma combinação de exames de sangue e de exames clínicos. Há a possibilidade de se fazer o  teste sorológico que é feito através do governo como maneira de triar os possíveis casos, mas não indicam um diagnóstico preciso, com isso não se justifica a eutanásia feita em animais. O diagnóstico da Leishmaniose é bastante complexo e precisa de uma aprofundada investigação.

Como se Prevenir

O transmissor mais efetivo da doença, o mosquito-palha, prefere habitar em lugares onde se encontra grande concentração de matéria orgânica, por isso é importante manter o quintal e os canis sempre telados e limpos. Esse inseto possui hábito noturno, então, ponha seus cães para dormir em lugares fechados ou telados e faça uso de líquidos ou coleiras que possuam repelente para auxiliar na proteção. Além de todos os cuidados citados acima, há vacina contra a leishmaniose. Ela pode chegar a prevenir entre 80 a 95% dos animais de se infectarem com a leishmania, através da picada do inseto.

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Categoria(s) do artigo:
Saúde

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