Apesar do mundo estar globalizado e cada vez mais pessoas buscam melhores oportunidades em outros países, ainda existem muitas barreiras para emigrantes na maioria dos países, principalmente os de 1º mundo, muitas leis dificultando a entrada das pessoas em seus territórios. O preconceito também continua sendo um grande problema entre os habitantes.
Nos países subdesenvolvidos e nos emergentes a entrada destas pessoas é muito mais fácil e livre, o que deixa sentindo inferiorizados, pois muitos de nós não conseguimos entrar nos países destes estrangeiros e eles podem circular por aqui com tranquilidade.
Em muitos países subdesenvolvidos as pessoas que possuem alguma doença mais grave, e requerem melhores cuidados e tratamentos, muitas vezes morrem esperando por isso, os que possuem melhores condições financeiras vão para países que possuem os melhores tratamentos.
O que está gerando grande polêmica e deixando muitos imigrantes preocupados é uma nova lei na França que impede os ingressantes que possuam algum tipo de doença mais grave de serem tratados no país e talvez até os que já estejam lá tenham de interromper o tratamento e podem ser forçados a sair do país.
Recentemente, uma lei que tratava sobre imigração foi aprovada pelo parlamento francês e causou discussão. A norma diz respeito a imigrantes que possuem doenças graves, como AIDS, câncer, hepatite e diabetes. Antes da vigência da lei, portadores dessas doenças tinham autorização para permanecer na França e fazer um tratamento. Agora, eles podem ser expulsos.
Segundo Caroline Izambart, que é membro da Comissão Estrangeira de Act Up Paris, associação de combate a AIDS, a nova lei pode colocar vidas em risco, uma vez que o tratamento é precário ou de difícil acesso para a grande parte da população e vinte e oito mil pessoas usam do estatuto atual na França.
Antigamente, a autorização para conceder o visto era através de autoridade médica. Com a nova lei, a decisão é do prefeito do município.
“Passamos do pleno direito garantido aos doentes a um sistema arbitrário”, diz Izambart. A exceção no que diz respeito à nova norma, será em casos onde há situações humanitárias.
Algumas organizações não governamentais afirmam que independentemente da nacionalidade ou situação administrativa, vão prosseguir no tratamento médico aos que necessitarem.
De acordo com o governo francês, a medida deu-se em razão de corte de gastos e para equilibrar as contas públicas, pois os tratamentos podem sobrecarregar o sistema de saúde.
De dois mil e dois até hoje, a nova lei de imigração é a sétima proposta pelo governo. Claude Guéant, ministro francês, tem como meta diminuir o número de autorizações por ano, tendo como objetivo ao menos vinte mil concessões de visto por ano.