Num português claro, a sigla idiomática norte-americana, People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), significa a Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais. É assim que um grupo ruidoso, sediado em Norfolk, Virginia, e capitaneado por Ingrid Newkirk, vem se posicionando frente à sociedade estadunidense.
Peta é hoje uma corporação sem fins lucrativos que emprega cerca de 300 funcionários e conta com o apoio de dois milhões de membros e simpatizantes que luta pelos direitos animais no mundo e por isso seu nome pode não ser muito comum de ouvir, mas suas ações com certeza são, já que é um grupo de renome mundial para quem busca conhecer o assunto.
O slogan do grupo Peta é um genérico de “os animais não são para comer, vestir, ou usar para o entretenimento”. Daí já ó possível exprimir um pouco das filosofias que o grupo prega, que é semelhante há alguns outros grupos, vale informar, mas muitos os existentes não possuem uma relevância entre as pessoas e ações tão pontuais como o Peta, que trata sua filosofia de existência a sério.
E não se comenta sobre um tema novo na pauta norte-americana, a corporação que no Brasil seria facilmente chamada de ONG fora fundada nos idos de março de 1980 por Newkirk e seu companheiro dos direitos dos animais, Alex Pacheco. A organização veio chamar atenção do público só em 1981.
O que a catapultou da sombra do desconhecimento para as primeiras páginas dos grandes jornais dos EUA foi um caso que ficou conhecido como o caso dos macacos da primavera. Trata-se de uma disputa amplamente divulgada sobre os experimentos realizados em 17 macacos no Instituto de Pesquisa Comportamental em Silver Spring, Maryland. O caso durou dez anos, até que a polícia invadiu o laboratório animal e o interditou.
O feito encabeçado pela Peta ajudou a criar nos Estados Unidos uma emenda constitucional, isso em 1985, chamada de Animal Welfare Act. Tal emenda estabeleceu a PETA como uma organização conhecida internacionalmente. A partir de então suas campanhas e investigações sigilosas concentram algumas questões fundamentais:
- Oposição à produção industrial de peles
- Testes em animais
- Uso de animais no entretenimento
- Contra a pesca
- Matança de animais considerados pragas
- Prisão de cães em quintais
- Rinha de galos
- Brigas de cães
- Touradas
Nem precisa detalhar que tamanho empenho vem desagradando e agradando em medidas assimétricas. Hoje, Newkirk e Pacheco são vistos como os principais defensores de direitos dos animais nos Estados Unidos.
Mesmo com o grande empenho em coibir praticamente tudo que diga respeito ao uso de animais, setores da imprensa norte-americana dizem que a Peta não é radical o suficiente. Um dos nortes morais da Peta é quanto a mulheres usarem peles de animais. Essa incomoda, e muito, as mulheres mais endinheiradas dos Estados Unidos.