Fotos de Tigre

Classificado como o terceiro predador de maior porte do planeta ficando atrás somente do Urso-Polar e do Urso-de-Kodiak, o Tigre (Panthera tigris), é um mamífero carnívoro que está dividido em diferentes subespécies. Trata-se de um animal belo e forte que possui traços de personalidade territorialista e gosto pela vida solitária.

Uma curiosidade a respeito dos tigres é que esse felino é o que mais apresenta variação de tamanho entre as suas subespécies sendo que o Tigre Siberiano pode pesar até 310 kg em contraste ao Tigre-do-Bali que pesa no máximo 100 kg. Em termos de aparência existem boas variações entre as subespécies de tigres.

Ameaça de Extinção

A população de tigres sofreu uma grande queda em número de machos maduros no decorrer do último século. Para se ter uma ideia no começo do século XX havia cerca de 100 mil indivíduos compondo a população de tigres. Atualmente, esse número caiu para menos de 2.500 indivíduos sendo que nenhuma das subespécies possui mais de 250 machos maduros. Os tigres em seus tempos áureos podiam ser encontrados em países como Índia, Sibéria, Turquia e Ilha de Java.

Nos dias de hoje esses animais são vistos em poucos territórios com destaque para algumas regiões do Sudeste da Ásia. Quase todas as subespécies tem algum grau de ameaça de extinção sendo que três delas já não existem mais: Tigre-de-Java (que era encontrado em Java), Tigre-do-Cápsio (era visto em algumas áreas da antiga União Soviética, Oriente Médio, Afeganistão, Turquia e Mongólia) e Tigre-de-Bali (endêmico de Bali).

Nomenclatura e Classificação dos Tigres

A palavra ‘Tigre’ tem origem na língua iraniana e significa ‘flecha’ fazendo referência ao fato desse ser um animal bastante certeiro quando tem um alvo. A primeira vez que a espécie foi mencionada cientificamente foi na obra ‘Systema Naturae’ de Linnaeus em 1758 com o nome científico de Felis tigres. No ano de1929 a espécie foi alocada no gênero Panthera passando a se chamar então Panthera tigris.

Como os Tigres Evoluíram

Podemos dizer, de uma maneira pouca científica, que os ‘primos’ dos tigres, atualmente, são o leão, a onça-pintada e o leopardo. Contudo, os grandes felinos tiveram ao longo da história outro primo mais próximo em características que ficou conhecido como Panthera zdanskyi que era encontrado numa província chamada Gansu, na parte noroeste da China.

É interessante observar que o tigre atual se configura na evolução do zdanskyi uma vez que o último era menor em porte e possuía um padrão de pelos diferente. Podemos dizer que esse tigre era mais semelhante com um jaguar do que com um tigre. Os estudiosos acreditam que os tigres cresceram como uma forma de se adaptar as condições de vida selvagem no período Pleistoceno.

Foram encontrados em Java os primeiros fósseis de tigres que datam de 1,6 a 1,8 milhões de anos. Os fósseis que foram encontrados ao longo das últimas décadas ajudam a contar a história evolutiva dos tigres que começaram dominando o subcontinente indiano para então chegar a região norte da Ásia quando o Pleistoceno estava chegando ao fim. Alcançaram então o leste de Beríngia, mas sem chegar ao continente americano.

Conheça as Nove Subespécies de Tigres

Os tigres estão divididos em nove subespécies das quais três já se encontram extintas. Para se ter uma ideia os tigres ocupavam amplas áreas no Irã, Sibéria, Rússia Asiática, Afeganistão, Cáucaso, China, subcontinente indiano entre outras sendo que agora estão relegados a pequenos territórios.

Tigre-do-Sul-da-China (Panthera tigris amoyensis)

Essa subespécie encontra-se quase extinta devido a perseguição empreendida durante o “Grande Salto Adiante” proposto por Mao Tse Tung, em 1959, na República Popular da China. Nessa época o ditador declarou que tigres eram uma praga e dessa forma os cerca de 4.000 exemplares foram caçados brutalmente. No ano de 1987 havia somente entre 30 e 40 indivíduos da subespécie que não tem mais indivíduos suficientes para manter a diversidade genética necessária para a perpetuação dos tigres.

Tigre-de-Sumatra (Panthera tigris sumatrae)

O menor entre as subespécies de tigres vivos é encontrado somente no território de Sumatra. O principal ponto de diferenciação desse tigre é contar com uma quantidade grande de listras finas que terminam se desintegrando em pontos no final das linhas. A estimativa é de que existam entre 400 e 500 indivíduos componentes dessa subespécie.

Na década de 1970 estimava-se que existiam 1.000 indivíduos, número que caiu para menos de 800 na década de 1980. As ameaças mais significativas a espécie incluem menos quantidade de presas, desmatamento de seu habitat para agricultura e comércio ilegal. Cientistas identificaram nessa subespécie de tigre um marcador genético único que pode dar origem a uma nova subespécie caso o tigre-de-Sumatra não seja extinto antes.

Tigre-de-Bali (Panthera tigris balica)

Uma das três subespécies extintas, esse era o menor dos tigres e teve seu fim na década de 1930 quando o último indivíduo foi abatido por caçadores. Não havia indivíduos dessa subespécie mantidos em cativeiro e por isso não foi possível dar continuidade ao grupo. As fêmeas pesavam entre 65 e 80 kg em contrapartida dos machos que pesavam entre 90 e 100 kg.

Tigre-Siberiano (Panthera tigris altaica)

O maior felino do planeta, o Tigre-Siberiano, é também o único que vive em clima frio. Atualmente, os poucos indivíduos que sobrevivem dessa subespécie são mantidos numa região leste da Rússia sob proteção. Antes de estarem ameaçados de extinção esses tigres eram encontrados amplamente no nordeste da China (Coreia Manchúria), leste da Mongólia e sudeste da Sibéria. Os machos podem pesar entre 180 e 306 kg e as fêmeas fiquem na média entre 100 e 167 kg.

Tigre-da-Indochina (Panthera tigris corbetti)

Outra subespécie de tigre que tem uma história complicada relacionada a caçadores ilegais sendo que o último exemplar de território chinês foi vítima de um caçador ilegal. Anteriormente esses tigres eram encontrados em diferentes territórios incluindo o Camboja, Mianmar, Vietnã, Tailândia, Laos e sudoeste da China. Trata-se de um animal que é encontrado em habitats de florestas tropicais e subtropicais. A estimativa é de que existem menos de 400 tigres-da-Indochina vivos sendo que cerca de metade encontram-se na Tailândia.

Tigre-de-Java (Panthera tigris sondaica)

Endêmico da Ilha de Java, esse tigre, foi considerado extinto nos anos 1970, contudo, desde a década de 1950 sua extinção era prevista uma vez que existiam contabilizados menos de 25 indivíduos. Embora em 1976 a espécie tenha sido decretada extinta ainda existem ambientalistas que acreditam que possam existir alguns indivíduos na natureza mesmo que não sejam avistados.

Tigre-de-Bengala (Panthera tigris tigris)

O segundo maior tigre dentre as subespécies do planeta, o tigre-de-bengala, é considerado animal nacional da Índia. É possível avistar esses espécimes em florestas e savanas presentes no Butão, Nepal, Índia, Bangladesh e Myanmar. Estima-se que existam em torno de 2.500 indivíduos dessa subespécie no planeta, boa parte deles está no território da Índia e de Bangladesh. A dieta desses animais inclui animais de grande porte como gauros (um bovídeo), javalis, cervos e búfalos. Devido ao seu porte esse tigre pode se alimentar até de crocodilos.

Tigre-Malaio (Panthera tigris jacksoni)

Recentemente o tigre-malaio passou a ser considerado como uma subespécie a parte de tigre, antes era visto como uma variação da subespécie de tigre-da-Indochina. A mudança se deu devido a uma investigação de seu perfil genético que identificou marcadores distintos. Um animal encontrado somente na Península Malaia e que para os malaios é muito importante estando presente em brasões e logos de instituições da região.

Tigre-do-Cápsio ou Tigre-Persa (Panthera tigris virgata)

A mais ocidental dentre as subespécies de tigres está considerada extinta desde a década de 1970. O último indivíduo foi visto em 1961, habitava regiões do Irã, Mongólia, Afeganistão, Iraque, Turquia e a antiga União Soviética. Uma de suas características mais marcantes era contar com pelos longos na cabeça que pareciam uma barba. No começo do século XX o czar russo determinou aberta a caça a esses tigres para que fosse mais fácil colonizar áreas selvagens do país.

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Categoria(s) do artigo:
Mamíferos

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