Totens: A Sua Curiosa História

A cultura do mundo é bastante diversificada, com muitas manifestações nos 4 cantos do globo. Por meio das opções de comunicações, como a internet e a televisão, nós ficamos por dentro de tais manifestações. Nós geralmente ficamos impressionados com algumas das manifestações, que exalam beleza e criatividade.

Totens: A Sua Curiosa História

Totens: A Sua Curiosa História

E quando falamos em índios, logo nos vem à cabeça que algumas tribos são totalmente desligadas do mundo atual, e muitos vivem somente do que a natureza lhes fornece. As suas tradições e seus costumes despertam o nosso interesse, visto que alguns nos deixam admirados ou perplexos.

Nós vamos falar neste artigo sobre os totens, quando surgiram, enfim. Vamos apresentar a você os variados tipos de totem, e o seu declínio. Então vamos lá?

O Totem

De acordo com fontes, totem é tudo aquilo que é elevado a um deus, ou seja, é venerado como tal. E mais, a própria palavra ‘’totem’’ é de origem indígena. Tais totens poderiam ser muitas coisas, mas geralmente é um enorme pilar de madeira, totalmente esculpido a mão, possuindo contornos incrivelmente bonitos. Impressiona-nos pelas cores usadas e os rostos que saem.

Cada família de ordem indígena na aldeia tinha o seu próprio totem, e o fazia quando realmente podia, dependendo da matéria prima e do tempo.

No território estadunidense, é comum ver vários de tais esculturas.

O Totem

O Totem

Como Se Originaram?

Apesar de não saberem ao certo como e quando tais esculturas surgiram, os pesquisadores e arqueólogos argumentam que os totens foram concebidos para mostrar a arte dos indígenas que habitavam a costa oeste Estadunidense.

Há quem diga que eles se originaram com a tribo Haida, que ocupa uma parte da porção sudeste do estado americano do Alasca. E que tribos pertencentes à cidade de Washington e British Columbia se tonaram adeptos de tal prática.

Além disso, alguns ainda defendem que tais esculturas não apareceram antes do século 18, como muitos deduzem, e sim, há muitos séculos ou até milhares de anos.

Os Europeus Se Deparam Com As Obras

Quando os primeiros europeus desembarcaram e avistaram os totens, as suas primeiras reações foram de susto e espanto, pois nunca haviam visto tais desenhos que estavam esculpidos no grande pilar de madeira. Como não sabiam os seus reais significados, os europeus deduziram que aquilo nada mais era do que enfeites, e nem tinham ideia do valor religioso destes para os indígenas. Isso serviu de pretexto para que muitas lendas e mitos surgissem. James Cook, um capitão de origem britânica relatou que as esculturas tinham figuras ‘’monstruosas’’.

Quem pensava que, com a chegada dos europeus em tais aldeias a produção dos totens iriam cessar, pensaram erroneamente. Aconteceu exatamente o inverso: Os europeus dispunham de vários artefatos de ferro que facilitavam para que a madeira fosse esculpida e, fazendo uso deste, os esculpidores indígenas aumentaram a produção deste.

Quanto Tempo Demora a Confecção De Um Totem?

O Totem até hoje é feito, e nem pense que novas técnicas foram empregadas para que a sua produção fosse melhorada. Um totem pode levar meses até ficar pronto, e o seu preço também é uma fortuna.

Há totens de vários jeitos e tamanhos, que vão de 30 centímetros até mais de 30 metros de altura. Mas os que mais são comercializados são os totens com dimensão menor. Ao contrário do que pensam, os escultores abrem mão de ferramentas bastante tecnológicas, como serras elétricas.

Quanto Tempo Dura Um Totem?

O totem tem uma vida estimada em até 100 anos. Como é feito a partir da madeira, o totem não excede esse tempo limite de vida. Mas alguns escultores recorrem a conservantes para aumentar um pouco mais a vida dos totens, mas o mesmo não pode ser considerado um totem autêntico.

Para que ele seja original, precisa ser confeccionado por um escultor que foi capacitado na Costa Pacífica, quando for da entrega, saber erguê-lo e também, precisa ser abençoado por nativos Estadunidenses.

Os Variados Tipos De Totem

Existem muitos tipos de totem, e o que é mais utilizado, são os de boas vindas. São posicionados na frente das residências a fim de acolher bem e o sinal de ser bem vindo em sua casa.

Há também os totens mortuários, que servem para acomodar os restos mortais de uma pessoa querida. Nele, há um compartimento onde é feito depósito de tais restos, tendo também a função de uma urna.

Totens de ridicularizarão serviam para colocar vergonha e culpa em outros. Felizmente, tais totens não são mais produzidos, pelo dom solidário dos índios. Os totens dessa categoria serviam para expressar a indignação ou negatividade sobre atividade feita, principalmente contra outros e também o governo.

Os Totens Começam a Decair

Nos últimos 100 anos, os totens começaram a ter uma decadência, por muitos motivos.  A perda de cultura dos sucessores das tribos por serem educados fora de suas origens e pelo banimento do governo do Canadá a rituais de erguimento são dois dos motivos.

No século XX , muitos dos totens erguidos eram saqueados, para serem utilizados em museus. E, por tais motivos, a confecção destes quase acabou por definitivo. Para se ter uma ideia, no período de 1910 a 1950 poucos exemplares foram levantados.

Felizmente, este cenário mudou. Em 1990, com uma intensa manifestação, o presidente da época, George H. W. Bush sancionou uma lei, chamada de ‘’Ato de Proteção dos Túmulos e Repatriação dos Indígenas Nativos. Essa lei ordenava que museus que adquiriram ilegalmente ossos humanos indígenas, totens e outros artefatos dessa ordem fossem devolvidos a sua tribo originária.

Quanto Custa Um Totem

Para quem quer ter um exemplar genuíno de totem, tem que desembolsar algo entre 50 a 200 mil reais. Esse preço vale para os totens feitos normalmente por escultores treinados. Mas há uma empresa, a Wood Age, que faz tais esculturas, mas sem ser original e reconhecido. O preço é o que mais anima quem está disposto a comprar: Algo entre 1500 a 30 mil reais.

Apresentamos, aí, o que é um totem e o seu significado para os indígenas e para quem têm eles em sua casa ou residência.

Por Francisco Prado

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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