Visão Geral Sobre a Cidade De Jerusalém
Jerusalém é uma cidade que se localiza entre o Mar Morto e o Mar Mediterrâneo, mais precisamente no planalto das montanhas da Judeia, sendo ainda uma das cidades mais antigas do mundo. Além de ser uma cidade bastante antiga, é ainda considerada muito sagrada, tendo ganhado essa característica por ser extremamente importante para as três principais religiões abraâmicas – religiões que aderem ao monoteísmo e que tiveram origem de Abraão – que são o judaísmo, o islamismo e o cristianismo.
Um assunto que gera um pouco de polêmica em relação a essa cidade e seus comandos é a intensa reivindicação que o território sofre para ser capital de Israel e da Palestina, que nunca entram em um consenso total, mas que atualmente o país que detêm essa vitória é Israel, ainda que a comunidade internacional aponte que em teoria essa cidade deveria ser partilhada entre os dois países. Israel mantém ainda todas as suas mais importantes instituições políticas e governamentais da cidade, enquanto a Palestina só possui planos para implementar essas inserções na cidade no futuro, e isso faz com que essa divergência se mantenha.
Ao longo de toda a história de Jerusalém, aconteceram muitos ataques a cidade – aproximadamente cinquenta e duas vezes – onde em pelo menos dois deles aconteceram a destruição completa do local. Jerusalém foi ainda cercada por militares por cerca de vinte e três vezes, capturada e recapturada por cerca de quarenta e quatro vezes.
Tudo isso é refletido em vários pontos da cidade, como nos vários e grandes muros que dividem Jerusalém em quatro principais bairros: Armênio, Judeu, Cristão e Muçulmano. Por ser tão relevante, a parte antiga de Jerusalém se tornou Patrimônio da Humanidade, representando assim que o local tem importantes contribuições no aspecto científico ou histórico para toda a humanidade, mas que hoje em dia se encontra em perigo. Já a Jerusalém Moderna cresceu para muito além desses limites antigos.
Uma das questões mais problemáticas e complicadas que alimentam o conflito entre os Israelitas e os Palestinos é o estatuto de Jerusalém, que é a união de todas as posições diplomáticas e legais que o país possui, comandando de fato toda a cidade. Existe também o Plano de Partilha da Palestina, que foi aprovado em meados do ano de 1947 em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas e que estabeleceu a cidade de Jerusalém como um território internacional.
Porém, durante uma guerra entre os povos árabes e israelenses, no ano de 1948, a parte Ocidental da cidade foi capturada e anexada a Israel, enquanto a parte Oriental só foi conquistada alguns anos depois, mais especificamente em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Porém, de maneira geral, a comunidade internacional tem uma certa rejeição com a anexação da parte Oriental de Jerusalém a capital de Israel, mas essa decisão ainda permanece.
A Fundação Da Cidade De Jerusalém
Uma das versões a respeito da fundação da cidade de Jerusalém que é mais aceita pelos historiadores atualmente, apontam que as primeiras evidências achadas por arqueólogos e que retratam essa criação são datadas do ano de 3200 a.C., onde estima-se que outras cidades canaanitas – que são as nações que foram expulsas pelos israelitas após o êxodo – também tenham surgido nessa época, ainda que não existam nenhum estudo e nenhuma prova muito conclusiva sobre quando realmente essas cidades surgiram.
Foto Antiga de Jerusalém
A primeira menção histórica que se tem a respeito da cidade de Jerusalém que se tem conhecimento hoje em dia foi achada no Egito, no ano de 1925. Essa menção foi encontrada entre vários vasos tradicionais egípcios, onde todos faziam menção a cidade, porém, a tratando pelo nome de Rushalimum. Porém, ainda que tenha sido um achado muito importante, descobriu-se que o motivo que levou aos egípcios escreverem o nome da cidade nos vasos não eram bons – muito pelo contrário – tinham como objetivo ser parte de um ritual onde o principal intuito era lançar uma maldição sobre a cidade de Jerusalém.
O nome Rushalimum encontrado nos vasos, segundo historiadores, era utilizado para enfatizar a importância que as religiões tinham em cima da cidade, pois ainda que estivessem embaixo de uma forte influencia egípcia, a religião que realmente influenciava erá de origem da Síria, Assim sendo, Rushalimum significava “Shalem fundou”, e Shalem era na verdade um dos principais e mais importantes deuses da mitologia de Canaã.
Já durante os séculos de XVII a.C. e XIV a.C. os historiadores não tem muito conhecimento do que realmente aconteceu na cidade de Jerusalém, porém, vários deles apostam que essa foi uma época em que a cidade pode até mesmo ter ficado vazia, mas que isso mudou no século XV a.C, já que essa região foi invadida por povos da Mesopotâmia – os hurritas – que também contribuíram com muita influência na cidade de Jerusalém. Existem inclusive documentos dessa época que mostram que o governante da cidade na época era um homem chamado Abdi Hepa, sendo que esse era um nome tradicional hurrita, ou seja, isso confirma a ideia de toda influência.
Abdi Hepa
Houve ainda uma época onde o interesse que os egípcios possuíam sobre Canaã foram diminuindo gradativamente e isso fez com que as cidades-estados da região passassem a lutar entre si. Com todas essas lutas – que geraram muito enfraquecimento em toda a região – os jesebeus passaram a se tornar mais fortes do que os egípcios e assim se fixaram em Jerusalém, tudo isso acontecendo entre os séculos de XIII e XII a.C.
Por fim, existe uma tradição bíblica que aponta que a cidade de Jerusalém foi conquistada por Rei Davi, a tomando dos jebuseus, que eram uma tribo que por lá viviam antes dessa ocupação acontecer. A partir disso, Rei Davi fez com que Jerusalém se tornasse a capital do Reino Unido de Israel, que era a nação formada pelas doze Tribos de Israel, constituídas por povos descendentes de Abraão, Jacó e Isaque. Ao mesmo tempo, o filho de Rei Davi, Rei Salomão fez a encomenda e a recomendação de que se construísse o Primeiro Tempo (também conhecido como Templo de Salomão), que era um importante ambiente para a Antiga Jerusalém, antes de sua destruição no ano de 587 a.C.
