Visão Geral Sobre O Tempo Pascal
O Tempo Pascal nada mais é do que um período litúrgico – ou seja, que celebra um dos mistérios de Jesus Cristo – com duração de cinquenta dias, que de acordo com um documento chamado Normas Universais sobre o Ano Litúrgico, são como um único dia. Nesse documento existe uma parte que diz que esses cinquenta dias que ligam o domingo da ressurreição (Páscoa) e o domingo de pentecostes, devem ser vividos e comemorados com muita alegria, como se fossem um único dia muito festivo.
O tempo litúrgico conhecido como Tempo Pascal é de extrema importância para a Igreja Católica, contando com uma força e um significado muito grandes, já que funciona basicamente como uma extensão da Páscoa, que é a festa mais importante para essa religião, já que foi nessa data que Jesus Cristo ressuscitou, passando assim da morte para a vida. Assim sendo, todo o Tempo Pascal pode ser um compilado dos momentos de Páscoa da igreja, representando unicamente a passagem do Senhor para a vida nova.
O Tempo Pascal é importante desde a época da ressurreição de Jesus Cristo realmente, e por tamanha importância, ele é respeitado e celebrado até os dias de hoje com a mesma alegria. Ainda no século II, Tertuliano deu um testemunho que esse não deve ser um período de jejum, mas sim de fartura e de alegria prolongada. Assim sendo, de fato é possível entender a representação da extensão da alegria que todos sentiram quando a ressurreição aconteceu e também o aguardo pelo Espírito Santo, que chega na comemoração de pentecostes.
Tempo Pascal
A primeira semana desse período é conhecido como a “Oitava da Páscoa”, onde o termo “oitava” faz referência ao oitavo dia da festa da Páscoa, assim como existem outras várias oitavas dentro da igreja, correspondendo a uma correspondência prolongada da festividade. O domingo da Oitava da Páscoa também era conhecido como Domingo in Álbis (que significa “Domingo Vestido de Branco”) por diversas traições que haviam nas épocas antigas.
Já o domingo da segunda semana do Tempo Pascal é conhecida desde o ano de 2000 como o Domingo da Divina Misericórdia, sendo instituído por São João Paulo II, já que é nessa data que acaba a Novena à Divina Misericórdia, que se inicia na Sexta Feira da Paixão. O quarto domingo do Tempo Pascal é o Dia do Bom Pastor e também o Dia Mundial de Orações pelas Vocações. Já os outros domingos vão seguindo as comemorações, mas não possuem um nome marcante característico – exceto o último.
O último domingo do Tempo Pascal é celebrada a Ascensão do Senhor, juntamente também com a vinda do Espírito Santo, que é o Domingo de Pentecostes. Logo abaixo serão apresentados maiores detalhes a respeito dessa data da Igreja Católica.
As principais regras e normas que se encontram na Sagrada Liturgia e que são seguidas até os dias de hoje pela igreja durante esse Tempo Pascal são a utilização da cor branca em todas as missas que acontecem durante esse período, o uso frequente da palavra “aleluia” durante as celebrações, o diálogo ou sermão frequente a respeito do batismo, da vida eterna e da ressureição, o uso da vela chamada Círio Pascal em todas as missas, bem como o canto do Glória também.
Duração do Tempo Pascal
Como foi possível observar acima, o Tempo Pascal tem uma duração de cinquenta dias. Porém, o questionamento central do artigo de hoje é quando se dá inicio e quando termina esse período tão importante para a Igreja Católica, e a resposta é: o Tempo Pascal começa no Domingo de Páscoa e termina no Domingo de Pentecostes, finalizando esse ciclo de extremo significado para a comunidade cristã.
A Páscoa, bem como toda a semana que a antecede é a festa mais importante para a religião católica, já que a chamada Semana Santa relembra e revive tudo o que foi vivido por Jesus na sua época, ou seja, sua paixão, morte e ressurreição. A Semana Santa coloca um ponto final no período da Quaresma – que é a fase em que os cristãos realizam penitencias para lembrar os quarenta dias que Jesus sofreu no deserto e por tudo o que Ele sofreu na cruz – e a partir daí se celebra o Domingo de Ramos, que celebra quando Jesus chegou a Jerusalém, depois desse período.
Domingo de Páscoa
Os dias finais da Semana Santa se dão com a Sexta Feira Santa, ou Sexta Feira da Paixão, que é a data que simboliza a crucificação de Jesus, o Sábado Santo que um dia com um misto de luto e de esperança para o dia que virá, onde tudo fica com um clima muito melancólico e reflexivo. Por fim, chega o esperado Domingo de Páscoa, que celebra imensamente a ressurreição de Jesus no terceiro dia, aparecendo assim pela primeira vez a seus discípulos.
É por toda essa reflexividade que a data proporciona, que a festa da Páscoa é tão importante para os cristãos. Muitas pessoas até apontam que todos os fiéis devem meditar a respeito de cada um dos episódios que essa semana traz, colocando em prática todos os ensinamentos que forem obtidos, sempre visando buscar uma vida nova e estar fortalecido para vive-la.
O Pentecostes também é uma data muito importante para os Cristãos, servindo como uma espécie de chave de ouro para fechar o Tempo Pascal. A origem dessa festividade é bem antiga, vindo da época das colheitas dos judeus, onde isso era motivo de muita celebração e fazia até mesmo com que judeus afastados, voltassem para Jerusalém nessa data, para que pudessem visitar o templo.
Ilustração do Pentecostes
Porém, falando mais especificamente dos cristãos, essa festividade traz a recordação do dia em que as pessoas escolhidas acolheram de verdade a mensagem de Jesus Cristo e assim passaram a ser os discípulos dele. Nesse dia – assim como relata o livro bíblico de Ato dos Apóstolos – o Espírito Santo desceu até a Terra com o objetivo de deixar claro para esses discípulos que Ele iria guiar os passos dos mesmos, além de guiar também todas as pessoas que aderiram aos ensinamentos que Jesus Cristo passou tanto em vida, quanto na vida eterna.
Como foi possível perceber, o período do Tempo Pascal é extremamente importante para a igreja, e é delimitado também por datas extremamente especiais, fazendo com que essa comemoração ainda seja celebrada com muita alegria e adoração até os dias de hoje.
