Há variados tipos de ginástica, no entanto, apenas três são modalidades olímpicas sendo elas a artística, a rítmica e a de trampolim. Cada categoria possui suas próprias peculiaridades e competições realizadas de maneira independente. Continue lendo para saber mais sobre a história da ginástica e das suas três modalidades olímpicas.
História da Ginástica Como Esporte Olímpico
As origens da ginástica de maneira geral remontam a Grécia Antiga, os gregos tinham o hábito da prática de atividades físicas que ajudassem a dar forma para o corpo e torna-los mais preparados para fazer esportes diversos e treinamento militar. Com o passar do tempo eles começaram a incluir o uso de aparelhos em seus treinos.
A popularização da ginástica na era moderna se deu na Alemanha e na França a partir do ano de 1811 quando foi criada a primeira escola de treinamento ao ar livre. No ano de 1881 foi fundada a Federação Internacional de Ginástica (FIG) e no ano de 1896 foram realizados os primeiros jogos da Era Moderna em Atenas, Grécia. A ginástica entrou na primeira olimpíada e nunca mais saiu do programa.
Conheça Melhor as Três Modalidades de Ginástica Olímpica
A seguir explicaremos com mais detalhes quais são as características das três modalidades de ginástica olímpica.
Modalidade: Ginástica Artística
A modalidade de ginástica artística já estava presente na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, no entanto, era disputado somente por homens. No decorrer da década de 1920 os aparelhos individuais passaram por uma grande evolução e em 1924 já eram realizadas competições por equipe. Somente em 1928 as mulheres puderam disputar os jogos na modalidade de ginástica artística na olimpíada de Amsterdã. Individualmente por aparelho as ginastas mulheres somente puderam competir a partir da edição dos jogos de Helsinque em 1952.
Como é a Competição da Ginástica Artística
O programa atual da ginástica artística masculina nas olimpíadas inclui provas de barras fixas, barras paralelas, solo, cavalo com alças, salto e argolas. Por sua vez o programa atual da ginástica artística feminina inclui barras assimétricas, solo, trave de equilíbrio e salto.
Uma curiosidade é que por muito tempo essa ginástica foi chamada de ginástica olímpica por ser a única modalidade de ginástica que fazia parte do programa dos Jogos Olímpicos. Hoje em dia não se chama mais a ginástica artística de olímpica porque existem outras duas modalidades de ginástica nas Olimpíadas.
Modalidade: Ginástica Rítmica
Ginástica Rítmica
A origem da modalidade é proveniente de uma combinação de passos de danças clássicas e exercícios coreografados em grupo. Essa era uma prática esportiva muito popular na União Soviética da década de 1920. Foi somente no ano de 1961 que o esporte passou a integrar a FIG e em 1964 aconteceu o primeiro mundial da modalidade em Budapeste, Hungria.
No ano de 1956 foi realizada a primeira demonstração olímpica da ginástica rítmica em Melbourne. Com o passar do tempo as rotinas com objetos foram migrando da modalidade artística para a rítmica. De maneira oficial a ginástica rítmica foi inclusa no programa olímpico em 1984, em Los Angeles, na categoria de disputas individuais e doze anos depois na modalidade de disputa em equipes em Atlanta.
Como é a Competição de Ginástica Rítmica
Os atletas de ginástica rítmica realizam séries em que são combinados movimentos e dança. Na categoria individual os concorrentes apresentam uma rotina de solo usando um dos cinco elementos: fita, corda, maças, bola e arco. Na disputa por equipes se apresentam cinco atletas com os objetos. Em cada ciclo olímpico é escolhido pela FIG um dos cinco objetos para ser excluído das competições. Nas Olimpíadas de 2016 a corda foi retirada da competição.
Modalidade: Ginástica de Trampolim
A modalidade de ginástica inclusa mais recentemente nos Jogos Olímpicos nasceu nos Estados Unidos nos anos 1930. O esporte foi criado por George Nissen que além de professor de educação física foi campeão universitário de ginástica. A ideia surgiu inspirada pelas redes de segurança usadas pelos trapezistas do circo. Juntamente seu treinador da Universidade de Iowa, Larry Griswald, criou o primeiro trampolim.
Algo interessante é que esse equipamento foi usado para os mais variados fins como o treinamento de saltos ornamentais, por ginastas da modalidade artística, por esquiadores e até por astronautas em preparo para missões no espaço. No ano de 1948 ocorreu o primeiro campeonato usando um trampolim nos Estados Unidos e no ano de 1955 a modalidade passou a fazer parte dos Jogos Pan-Americanos realizados na Cidade do México.
Ginástica de Trampolim
A regulamentação apenas aconteceu em 1964 a partir da criação da Federação Internacional de Trampolim (ITF, em inglês). Em 1988 recebeu o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 2000 a ginástica de trampolim fez sua estreia nos Jogos Olímpicos de Sidney tendo disputa masculina e feminina.
Como é a Competição de Ginástica de Trampolim
O programa atual dessa modalidade consiste na apresentação de uma série de dez rotinas de cada atleta incluindo saltos simples, duplos e triplos que podem ou não ter piruetas. É uma competição bem interessante de acompanhar durante as olimpíadas.
Valores Propagados nos Esportes Olímpicos
Os Jogos Olímpicos buscam mais do que promover uma competição de habilidades esportivas demonstram o quanto o fair play (jogo justo) e a disputa em si são relevantes. Obviamente há muito emoção envolvida, pois são anos de treinamento para em alguns casos ter poucos minutos para mostrar o quanto se é bom em alguma atividade. Os competidores precisam seguir uma filosofia de vida focada na saúde e na disciplina para que possam ter a chance de ser os melhores em suas modalidades.
Símbolo dos Jogos Olímpicos
As três modalidades de ginástica tendem a ser extremamente competitivas e desgastantes, os atletas precisam estar no ápice de suas condições físicas para suportar a pressão de ter os olhos do mundo todo voltados para si e o rigor das avaliações. Mais do que estar com a preparação física em dia é necessário que estejam também com o emocional fortalecido. Ser um atleta olímpico é estar o tempo todo sendo testado e muitas vezes desaprovado.
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