Quais São Os Tipos de Avaliação na Ginástica Artística?

A Ginástica Artística – Visão Geral

A ginástica artística (ou ginástica olímpica) é uma modalidade do grande grupo das ginásticas, que são atividades que envolvem artes e exercícios que visam deixar o corpo mais ágil e forte, com o auxilio de atividades corporais realizados de formas sistêmicas, que podem ser feitos tanto no solo, como sobre algum tipo de aparelho, podendo ser aplicados tanto com finalidades competitivas, quanto somente com objetivos terapêutico ou educativos.

Existem registros que apontam que a realização de atividades relacionadas e semelhantes com a ginástica começaram a acontecer na pré história, mas sua característica de atividade competitiva surgiu somente no ano de 1881, mais precisamente na Alemanha, onde as escolas que lecionavam essa modalidade eram majoritariamente masculinas. Com isso, até o ano de 1896 a ginástica artística era praticada única e exclusivamente por homens, mas com a oficialização da ginástica como um esporte olímpico – no ano de 1928 – as mulheres também passaram a praticá-lo e participar das competições de maneira mais intensa e com o passar do tempo se tornou muito mais competitiva e destacada entre as participantes do sexo feminino.

Hoje em dia as apresentações de ginástica artística acontecem de forma individual, mas as formas de disputas são realizadas por equipes, em provas com duração entre trinta a noventa segundos, onde são realizadas atividades em diversos aparelhos, sendo divididas entre competições femininas e masculinas. Durante o acontecimento da ginástica os atletas sempre se portam de maneira muito elegante, para que possam transmitir toda a imagem de força coordenação, controle do corpo, agilidade, flexibilidade, entre várias outras qualidades necessárias aos praticantes do esporte.

A linha do tempo da ginástica pode ser resumida da seguinte forma: sua criação aconteceu na pré história, sua afirmação aconteceu durante a antiguidade, sua consolidação ocorreu durante a idade média, sua fundamentação ocorreu na idade moderna e sua sistematização foi realizada durante o inicio da idade moderna, provando assim como hoje em dia o esporte já ganhou seu espaço de forma muito marcante em todo o mundo.

Entende-se que a ginástica artística começou a ganhar força na Grécia Antiga e no Egito Antigo, como uma atividade física, onde era muito comum ver as pessoas realizarem movimentos e acrobacias circenses na própria rua em que viviam, com o intuito de gerar entretenimento para as pessoas que ali passavam. Conforme o tempo foi passando, os atletas perceberam que essas práticas auxiliavam no desenvolvimento de muitas qualidades interessantes, como o fato de aumentar a elasticidade e a força das pessoas que praticavam e por esse motivo passou a ser um esporte usado (de forma adaptada) em treinamentos militares.

Porém, com o passar do tempo essa utilização caiu em desuso e assim a ginástica passou a ser somente uma forma de distração para os soldados, já que muitas vezes antes de irem para batalhas, eles assistiam apresentações do tipo – e com características bastante circenses – tentando aliviar toda essa situação.

O ressurgimento da ginástica artística ocorreu durante a Era Moderna, sendo ligada de maneira mais direta e forte com as artes e sendo implementados itens para enriquecer ainda mais essa experiência da atividade, como o trampolim, por exemplo. Ainda nessa época o culto ao corpo se tornou bastante intenso na sociedade, e isso foi positivo para a realização da ginástica, já que o corpo humano e todas as suas formas eram itens de muito interesse de modo geral, fazendo com que as atividades fossem realizadas de forma mais constante em várias escolas destinadas a esse ramo.

As características gerais mais necessárias para uma pessoa que se interessa pela prática da ginástica artística são a flexibilidade, a força e coordenação motora, sendo esses itens imprescindíveis para um atleta, independentemente do treinamento e da frequência de preparação, determinado assim fortemente o sucesso da atividade. Todos esses fatores são influenciados e adquiridos através da genética e são pontos chaves para que o ginasta se destaque e se sobressaia na modalidade que foi escolhida pelo mesmo.

A preparação ideal de um ginasta dura vários anos e pode ser dividida basicamente em três principais partes, onde a primeira é a de iniciação, que dura até os dez anos de idade mais ou menos, passando depois para a etapa de treinamento intensivo, que aí já passa a ser direcionado para a modalidade desejada especificamente. A idade mais comum para a iniciação dos atletas são os doze anos, época no qual se pode competir na categoria júnior. Já a terceira etapa geralmente ocorre quando o atleta tem por volta de quinze anos, onde se inicia o treinamento de alto nível, que é a parte em que o atleta busca mais fortemente o desenvolvimento de sua autonomia e de sua performance como um todo.

As quatro principais peças do treinamento da ginástica artística são: o treinador, o atleta, conhecimento e entendimento a respeito da temática esportiva e que tudo isso seja centrado para um objetivo comum. De modo geral esse treinamento acontece com finalidade de que o ginasta aumente sua massa muscular e também sua força, o que consequentemente reflete também na melhoria da flexibilidade e da capacidade respiratória da pessoa. Todo esse treinamento também faz com que o atleta tenha melhorias na sua capacidade de foco e de concentração, tornando os movimentos simples mais automatizados e assim o ginasta pode se concentrar em aprimorar os movimentos mais complexos.

Normalmente os atletas treinam entre quatro a oito horas por dia, fazendo assim com que o corpo crie uma memória forte a respeito da flexibilidade e de todos os movimentos, evitando possíveis perdas. É muito importante que os atletas também treinem maneiras para diminuir riscos de lesões e alguns acidentes que possam vir a acontecer, trabalhando principalmente questões como o equilíbrio e coisas do tipo.

As Avaliações Da Ginástica Artística

Todo esse treinamento tem um objetivo: fazer com que os atletas se sintam seguros e preparados para a avaliação dos jurados da ginástica, podendo assim serem vitoriosos. Porém, entender essa avaliação não é algo muito simples, já que o sistema de notas é relativamente complexo. A primeira coisa a ser levada em consideração é que cada ginasta, necessariamente precisa ter um roteiro de provas, onde a meta é que se consiga acumular o maior número de pontos possível em cada uma dessas provas que realizar. O cronograma de provas é diferente para os homens e para as mulheres, tanto no que diz respeito a ordem, quanto a possuir ou não determinadas atividades.

Uma das provas que acontecem tanto nas competições femininas, quanto nas masculinas é o solo. Essa prova tem duração de setenta segundos para os homens e noventa para as mulheres, sendo realizada em um tablado de doze metros quadrados recoberto por um material acolchoado e todos os movimentos são analisados cuidadosamente pelos árbitros. Os movimentos são realizados conforme uma coreografia e com variados níveis de dificuldade e além disso o atleta deve buscar utilizar todo o espaço disponível. A prova feminina utiliza músicas, mas a masculina não.

Outra prova da ginástica artística é o salto, que basicamente funciona com o atleta correndo por vinte e cinco metros até um trampolim, onde ele se impulsiona com o auxílio dos dois pés e com a mão diretamente no aparelho para conseguir realizar sua apresentação, podendo realizar algum tipo de acrobacia e coisas do tipo, e finalizando a apresentação com o ginasta já no chão.

Especificamente para a ginastica artística masculina existe ainda a prova de cavalo com alças, argolas, barras paralelas e barra fixas e para a ginástica artística feminina as provas exclusivas são as barras assimétricas e a trave de equilíbrio.

O sistema de avaliação e de notas da ginástica artística é realizado por árbitros definidos previamente, onde a quantidade varia conforme cada modalidade. Por exemplo, no caso da prova de solo, são reunidos oito árbitros que se dividem em dois grupos, onde um grupo observa a realização dos elementos obrigatórios e outro grupo realizam a observação da execução como um todo, analisando o tempo gasto e possíveis falhas técnicas. As notas são dadas simultaneamente, evitando assim quaisquer influências.

As notas são dadas de forma a descontar pontos, ou seja, os atletas iniciam a prova com uma nota dez, e conforme elementos negativos passem a acontecer – como falhas técnicas, falta de elementos obrigatórios, entre outras coisas – são descontados alguns pontos das notas, gerando assim a pontuação final, que é ainda composta pela soma das notas dadas pelos dois grupos de árbitros que foram citados acima.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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