O Narguilé
O narguilé é um artefato bastante antigo que foi originado no hemisfério oriental, funcionando como uma espécie de cachimbo a base da água, possibilitando assim com que as pessoas fumassem várias substâncias, desde o tabaco aromatizado – que é a mesma substância predominante no cigarro – até mesmo o ópio ou ainda a maconha.
Narguilé é o nome mais popular para esse artefato e que teve origem do idioma persa, mas ele possui ainda outras várias outras nomenclaturas, como por exemplo “arguile” que é utilizado principalmente nos países da Arábia, “xixa” que é mais utilizada no continente africano, ou ainda “hookah” nome usado principalmente na Índia e nos países que falam inglês.
Conforme a região varia é comum que o funcionamento e o formato do narguilé também mude, mas os princípios básicos são sempre os mesmos: ele consiste em um cachimbo de água que faz com que a fumaça ocasionada pela combustão da substância em questão passe pelo líquido, ao invés de chegar diretamente ao fumante. O narguilé é utilizado em muitos países ao redor do mundo, mas sendo mais presente em locais como o Sul da Ásia, o Norte da África e o Oriente Médio, mas se espalhando também para países do Ocidente, principalmente nas Américas e na Europa.
A palavra “narguilé”, como já foi dito, tem suas origens no idioma persa com as palavras nãrgila ou narguileh. Aindá que em português a palavra carregue um acento agudo na última sílaba, devido a influências principalmente da língua francesa, ela passou a ser pronunciada aqui de maneira fechada, como “narguilê”.
Falando mais um pouco a respeito da origem do narguilé, ele foi criado e majoritariamente difundido no Oriente, e uma das principais histórias que envolvem a sua criação é a de que ele tenha sido inventado no século um na Índia, por Hakim Abul Fath, um médico que objetivava criar uma maneira de tirar as impurezas que envolviam a fumaça ao ser inalada. Depois de sua criação, quando foi difundida para a China, o que passou a ser utilizado como fumo foi o ópio, ficando assim até o ano de 1940, época em que aconteceu a revolução comunista chinesa.
Narguilé
Já ao ser espalhado para os árabes, o narguilé foi adaptado para que pudesse ser utilizado de forma conjunta e grupal, como uma espécie de complemento de um “café com prosa”. Existem também evidências que comprovam que na antiga Pérsia e na Mesopotâmia o narguilé era bastante utilizado. Nessas épocas citadas, as peças que compunham esse objeto eram a madeira e o coco, sendo que o segundo era o que tinha o papel do corpo tradicional que conhecemos hoje em dia.
As partes que compõe o narguilé tradicional são: base, corpo, fornilho, abafador e mangueira. A base – que também é chamada de vaso ou de jarro – é a parte mais importante e central do narguilé, que funciona como um recipiente para que a água – ou outros líquidos como sucos ou essências naturais que são menos comuns – seja alocada. Em grande parte das vezes o vaso é feito de vidro, cerâmica ou metal, e ela pode ser ornamentada e decorada.
Já o corpo do narguilé é a peça que dá a devida sustentação para o fornilho e que faz a ligação com a base, contando com um tubo que faz a condução da fumaça. O fornilho – conhecido ainda por rosh, cerâmica ou cabeça – é a peça que é constituída de cerâmica ou barro e que aloca a essência (que nada mais é do que o tabaco aromatizado) juntamente com o carvão – foco do artigo de hoje – que é colocada por cima dele.
O abafador (ou laminito) é um item de metal que na maioria das vezes é utilizada de forma descartável que tem como função fazer com que o carvão apresente uma duração maior, fazendo assim com que a brasa fique protegida do vento, por exemplo. Por fim existe a mangueira, que é o local onde as pessoas colocam a boca para que a fumaça seja aspirada. Uma das pontas da mangueira é ligada ao corpo do narguilé – ficando acima da água – e a outra é conectada em uma piteira. É comum que os narguilés apresentam mais de uma piteira, para que várias pessoas possam fumar juntas, mas esses modelos necessitam de um sistema um pouco diferente, que contem com válvulas especiais no corpo do narguilé, para que seja possam puxar a fumaça ao mesmo tempo.
Como é comum encontrar narguilés em bares e em locais públicos, muitas vezes as pessoas optam por utilizar uma pecinha feita de plástico encaixada na ponta da piteira, para que assim se lave ou descarte após cada uso, já que a mangueira propriamente dita não pode ser lavada em hipótese alguma, já que podem oxidar, o que acaba ocasionando partículas de fuligem que se transformam em um problema na hora de se inalar a fumaça.
Não existe nenhum mistério no funcionamento do narguilé, que se inicia basicamente no momento em que uma pessoa puxa o ar através da mangueira e assim a pressão na base cai, o que faz com que o ar que está aquecido passe através do conjunto tabaco + essência e finalmente produz a fumaça. Essa fumaça passa pelo corpo e também através da água, onde acontece a filtração e o resfriamento, ultrapassando assim até a mangueira e podendo também ser aspirada pela pessoa que está fumando e logo após ser solta.
O fumo do narguilé é conhecido mais popularmente como essência, e ela nada mais é do que uma junção do tabaco tradicional, juntamente com o melaço – que é basicamente um derivado do açúcar – e com frutas ou outros tipos de aromatizantes. Os aromas mais conhecidos e utilizados hoje em dia são: flores, mel, frutas (como por exemplo maçã verde, coco e pêssego), ou ainda algo mais industrializado, como coca cola e red bull.
Narguilé Faz Mal?
Ainda que seja muito popular e totalmente lícito no nosso país, o narguilé faz sim mal para a saúde, principalmente quando utilizado em excesso e por longos períodos de tempo. Muitas pessoas ignoram seus malefícios, já que ele é um item muito atrativo, principalmente por seu cheiro agradável e pela utilização de água, que dá a falsa ideia de que esses prejuízos estão sendo minimizados.
O pior problema do narguilé é que em uma rodada é possível que a fumaça na qual a pessoa se encontrou exposta corresponda a um número entre cem e duzentos cigarros, o que o torna capaz de liberar uma quantidade muito grande de substâncias tóxicas no corpo de quem está o utilizando.
Além de ser utilizado o tabaco no narguilé, o carvão também é um item que faz parte, e esse conjunto acaba oferecendo outros riscos a saúde. Algumas pessoas acreditam que o carvão feito a base do coco não faz mal, mas tudo isso é mito e os riscos são muito semelhantes.
Carvão de Narguilé
Carvão de Narguilé
Como foi apresentado o que na verdade é inalado pela pessoa que fuma o narguilé é a fumaça ocasionada pelo carvão que é utilizado nesse processo então essa é a principal função desse item. Existem vários tipos de carvão de narguilé e elas serão apresentadas agora.
Os principais tipos de carvão de narguilé são o carvão vegetal sem pólvora (naturais), carvão vegetal com pólvora, carvão de fibra de coco e carvão de caroços (constituído principalmente de caroços de pêssego, azeitona, etc). Logo abaixo serão apresentados mais detalhes a respeito de cada um deles, mas de maneira geral, a duração de todos gira em torno de uma hora , eles não criam uma quantidade muito grande de cinzas e devem ser acendidos com um maçarico.
– Carvão Sem Pólvora:
Essa é uma ótima alternativa para pessoas que desejam fumar de uma maneira menos química. Esse carvão não possui cheiro e não é muito caro, sendo assim uma ótima alternativa.
– Carvão Com Pólvora:
Esse é o tipo de carvão amis comum e mais barato que pode ser encontrado no mercado, sendo também um dos mais fáceis de serem acendidos, já que pode ser utilizado o isqueiro comum nesse processo. Ainda que o nome sugira que ele possui pólvora, o que na verdade se encontra em sua composição é o nitrato, que é altamente combustível. Esses carvões contam ainda com uma camada de tinta que fazem com que não faça muita sujeira.
– Carvão a Base De Coco:
Esse carvão é um pouco mais caro do que os outros, mas é bastante ecológico e o calor que ele produz compensa. Além disso, ele também não exala nenhum odor e nem passa gosto para o fumo. O único ponto é que ele demora um tempo mais elevado para realmente aceso.
Para acender qualquer um dos carvões, o processo é simples. Basta coloca-lo no recipiente de maneira bastante centralizada e liga-lo em uma potência média por cerca de tinta segundos. Assim que o carvão ficar no ponto de brasa o aparelho deves ser desligado.
