Modo de vida dos povos que não vivem sempre no mesmo lugar, mas se movem de modo cíclico ou periódico. Distingue da migração e envolve mudança total de habitat. Nomadismo não implica caminhos irrestritos e sem direção errante, mas sim na base dos centros temporários, cuja estabilidade depende da disponibilidade de oferta de alimentos e da tecnologia para explorar. O termo engloba três tipos gerais: Caçadores – coletores; pastorais e comerciantes. Nômade é conhecido como pessoa itinerante em contextos modernos, membro de comunidade que se deslocam de certo lugar para o outro. Há uma estimativa de 30-40 milhões no mundo. Nômades de caça e coleta são métodos antigos de subsistência humana. Pastores levantam rebanhos em padrões que evitam esgotando de pastagens, além de primarem à capacidade de recuperação.
Características Comuns do Nomadismo
Nômade é uma pessoa que se move de um lugar para outro, como forma de obtenção de alimentos, encontrar pasto para o gado, ou qualquer outra maneira de ganhar a vida. A palavra nômade vem do grego que significa àquele que caminha ao pasto. A maioria dos grupos segue um padrão anual ou sazonal fixo de movimentos e assentamentos. Eles viajam de animais, canoa ou a pé. Hoje, algumas viagens acontecem por veículo a motor. A maioria dos nômades vive em tendas ou outros abrigos portáteis. Nômades se mantêm em movimento por razões diferentes. Os caçadores buscam caça, plantas comestíveis e água. Os aborígines australianos, negritos do Sudeste da Ásia e os San da África, por exemplo, de maneira tradicional se movem entre acampamentos para caçar e coletar plantas silvestres. Certos índios norte-americanos seguiram modo de vida. Nômades pastorais fazem criação de gado vivo, caso dos camelos, vacas, cabras, cavalos, ovelhas ou iaques. Eles viajam para encontrar água e pastagens aos rebanhos. Beduínos, por exemplo, se locomovem com camelos, cabras e ovelhas através dos desertos da Arábia e norte da África. O grupo Fulani viaja com o gado via pradarias do Níger na África Ocidental. Certos povos nômades também podem se mover para invadir comunidades assentadas ou evitar inimigos. Artesãos e comerciantes viajam para encontrar e servir os clientes.
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Genghis Khan: Nomadismo na Mongólia
Sociedades nômades pastoris podem ter grandes populações. Não se pode ignorar o fato de que os mongóis deram origem ao maior império terrestre na história. Em inicial eram compostos por tribos organizadas na Mongólia, Manchúria e Sibéria. No final do século 12, Genghis Khan se uniu com outras tribos nômades para fundar reino que se estendia ao comprimento da Ásia, dobro de tamanho do império romano. Em épocas modernas o modo de vida nômade se tornou raro. Governos não gostam da presença deles porque é difícil controlar o movimento e por consequência de obter os impostos. Países convertem pastagens em lavoura e obrigam povos nômades a usar assentamentos permanentes.
Genghis Khan: Nomadismo na Mongólia
Nômades: Caçadores-Coletores e Pastorais
Caça e coleta foi o modo de subsistência ancestral do Homo. Todos os seres humanos modernos eram caçador-coletores até cerca de 10.000 anos. Após o desenvolvimento da agricultura foram deslocados em grupos pastoris nas partes do mundo. Apenas certas sociedades contemporâneas são classificadas dentro do gênero. Nômades pastorais se deslocam entre pastagens. Pastoreio é pensado por ter três etapas que acompanham o crescimento da população e aumenta a complexidade da organização social. O pensador Karim Sadr propôs as seguintes etapas:
- Pastorícia: Economia mista com simbiose dentro da família;
- Agropastoril: Quando a simbiose acontece entre os segmentos ou clãs dentro de grupo étnico.
- Verdadeiro Nomadismo: Quando a simbiose tem nível regional. Em geral, entre populações nômades e agrícolas especializadas. Os pastores são sedentários a determinada área. Movem-se na primavera em busca de pastagens para o gado. Dependem da disponibilidade de recursos
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Quais as Origens do Nomadismo?
Pastoril nômade parece ter se desenvolvido como parte da revolução dos produtos secundários. Na época das culturas pré-cerâmica eram utilizados como carne viva (“no casco”). Com a evolução começou a ser explorado conjunto de produtos secundários, por exemplo, o leite e os produtos associados, lã, couro, esterco para combustível, entre outros. A primeira sociedade pastoril nômade foi desenvolvida no período de 8.500-6.500 AC, na área do Levante do Sul. Lá, durante um período de aridez crescente, culturas no Sinai desenvolveram os costumes pastorais com a fusão ao povo do Mesolítico recém-chegados do Egito.
Quais as Origens do Nomadismo?
Aumento do Nomadismo na Antiga Ásia Central Soviética
Um dos resultados da dissolução da União Soviética e da independência política posterior ao colapso econômico das repúblicas da Ásia Central está no estimulo ao ressurgimento do nomadismo pastoral. Quirguistão era centro de economia antes da colonização russa na virada do século 20, quando foram liquidados em aldeias agrícolas. A população se tornou urbanizada após a Segunda Guerra Mundial, mas algumas pessoas continuaram a rumar com rebanhos de cavalos e vacas para o pasto alto no verão. Desde os anos 1990, quando a economia encolheu dinheiro, parentes desempregados foram absorvidos de volta à fazenda das famílias, aumentando a importância do nomadismo. Os símbolos do nomadismo, isto é, a coroa do feltro cinza conhecida como yurt aparece na bandeira nacional, enfatizando a centralidade da história nômade e do valor à criação da nação moderna do Quirguistão.
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Nomadismo é Destaque no Irã
Em 1920, as tribos nômades pastoris representavam mais de um quarto da população do Irã. Pastagens tribais foram nacionalizadas durante os anos 1960. A Comissão Nacional da UNESCO registrou população de 21 milhões no Irã em 1963, dos quais dois milhões (9,5%) eram nômades. Embora a população nômade iraniana tenha diminuído de modo drástico no século 20 o Irã ainda tem uma das maiores populações do gênero no mundo, com cerca de 1,5 milhão em país de setenta milhões de habitantes.
Nomadismo é Destaque no Irã
Sedentarismo: Nomadismo no Cazaquistão
No Cazaquistão, onde a principal atividade agrícola foi pastoreio nômade, a coletivização forçada sob o regime de Joseph Stalin encontrou resistência massiva e perdas no confisco de gado. Produção pecuária do país caiu de 07 milhões de bovinos para 1,6 milhões, de 22 milhões ovelhas para 1,7 milhões. A fome resultante das ações entre 1931-1934 causou cerca de 1,5 milhões de mortes, o que representa mais de 40% da população total da época.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
