Mito da Fênix: Personagem da Mitologia Grega

O termo mitologia refere-se ao estudo dos mitos e conjunto de mitos, geralmente os mitos são histórias baseadas em tradições e lendas que explicam o universo, a criação do mundo, e os fenômenos naturais. A maioria dos mitos envolve alguma divindade e lendas, passadas de geração em geração. Alguns usam a palavra mitologia para desacreditar histórias, ela nasceu do hábito de contar histórias e feitos pessoais, e contar histórias sempre foi o principal passatempo do ser humano. Segundo Joseph Campbell (um conhecido estudioso da mitologia mundial), a função primordial da mitologia e do mito sempre foi oferecer símbolos que fazem progredir o espírito humano.

O Mito Da Fênix

A fênix é um pássaro lendário da mitologia grega, que ao morrer, entrava em auto-combustão (queimava-se) e depois renascia das próprias cinzas. Com penas brilhantes, douradas, e algumas nuances de vermelho e roxo, com o tamanho equivalente ou maior do que uma águia. Seu final de cada ciclo de vida, sua vida longa e o seu dramático renascimento transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual. Alguns estudiosos acreditam que a lenda surgiu no Oriente.

Algumas Curiosidades

Suas lágrimas tinham propriedades para curar qualquer tipo de enfermidade ou ferida, e também suportava cargas muito pesadas (como elefantes), e dominava a arte da Pirocinese (produzia e manipulava o fogo). Muitos diziam que suas cinzas tinham o poder de ressuscitar os mortos. Alguns imperadores comiam a carne da Fênix almejando a imortalidade.
Na arte cristã, a fênix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Jesus Cristo. A crença existiu em vários povos da Antiguidade, como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, e a esperança que nunca acaba. Há uma comparação com o sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza. Ela também simbolizava os ciclos da natureza, inclusive os astronômicos. Entre os egípcios, era conhecida como Benu, e associada ao culto do Deus-Sol (Rá).

Curiosidades

Curiosidades

Para os gregos, estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Na China antiga foi representada como uma ave maravilhosa que representa a felicidade, virtude, força, liberdade e inteligência. Na sua plumagem, brilhavam cinco cores (consideradas sagradas): Púrpura, azul, vermelha, branco e o dourado. Os romanos viam na ave uma metáfora para o caráter imortal e intocável do Império Romano e estamparam algumas moedas com sua figura.
Não há um consenso sobre a duração da vida da Fênix, uns deduzem quinhentos anos, outros aproximadamente 97 mil anos. A cada ciclo existencial, a ave sente a proximidade da morte e prepara uma fogueira funerária com ramos de canela, sálvia e mirra. Depois de um período não definido, ela revive, simbolizando assim os ciclos naturais de morte e renascimento, a continuidade da existência após a morte.

Simbolismo Da Pira

Canela: Tem o poder de favorecer a espiritualidade e consegue atrair sorte, sucesso, proteção e amor.
Sálvia: Oferece força, sabedoria, clareza de pensamento e limpa os maus pensamentos.
Mirra: Fortalece e revitaliza o espírito; Atrai paz, proteção e purificação; Acalma medos e incertezas futuras.
Diante da perspectiva da morte, ela era considerada como um símbolo de esperança, de persistência e de transformação de tudo que existe, um sinal da vitória da vida e da inexistência da morte. Seu canto era extremamente doce e triste, por causa da proximidade da morte, sua melancolia influenciava profundamente outros animais, podendo até matá-los.

Origem Africana DA Fênix – Benu

Muitos estudiosos acreditam que a origem do mito não é grega e sim africana, sendo copiado e modificado pelos antigos gregos. O pássaro Benu criou-se a partir de um fogo que ardia no topo de uma árvore sagrada e descansou numa pedra, e foi mais tarde chamado de Fênix pelos gregos. Seu nome significa subir, aumento do brilho ou brilho. Heródoto, pai da história branca, escreveu sobre o pássaro Benu considerando-o como uma apropriação para a estruturação do surgimento da Fênix na mitologia grega. Os gregos copiaram dos egípcios a ideia da Fênix, e os egípcios adoravam Benu, ave sagrada semelhante à cegonha, assim como a Fênix, e que estava ligada aos rituais de adoração do Sol. As duas aves somente representavam o Sol, que morre em chamas toda tarde e emerge a cada manhã.

Inspiração

O mito da Fênix inspirou muitas poesias, frases e músicas, exemplos:
“Sou como a mitológica Ave Fênix. Pois tenho um grande fogo que arde dentro de meu coração, cheio de paixão, desejo, amor e esperança. Com milhares de ideias e perseverança para que elas se realizem. Sou como a ave mitológica, pois quando pareço não ter mais forças, renasço das cinzas e incendeio a tudo e a todos com força e esperança. Esta força que nasce de dentro e se espalha, mostrando como não devemos desistir de nossos amores, ideais e lutas. Posso cair mil vezes, mas mil vezes irei levantar, e das cinzas ressurgirei cada vez mais forte, cada vez mais dono de mim, e com certeza que estarei a cada passo mais perto da felicidade. Posso até errar, mas poderei me levantar e mudar tudo para melhor, porque sou único neste mundo, e tenho a obrigação de ajudar a fazer a vida ser algo melhor, não só para mim, mas para todos que me rodeiam.” (poesia de Odair S. Rodrigues)
Inspiração

Inspiração

“As nossas paixões são verdadeiras fénixes. Quando a mais antiga arde, renasce uma nova das cinzas da primeira.” (Goethe)
“(…) Agoniza virgem Fênix O amor entre cinzas, arco-íris e esplendor por viver às juras de satisfazer ao ego mortal Coisa pequenina, centelha divina, renasceu das cinzas Onde foi ruína pássaro ferido hoje é paraíso Luz da minha vida, pedra de alquimia Tudo o que eu queria Renascer das cinzas (…)” (Trecho de “Fênix” – Compositores: Jorge Vercillo e Flávio Venturini ) A lenda da fênix sobreviveu por muitos séculos, muitos afirmaram e afirmam que jamais existiu, mas é inegável que o mito permite a compreensão de valores bastante interessantes ao homem, como o processo de renovação das coisas.
por Lucila Helena Farias
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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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