Palácio do Planalto – Maquete

As maquetes são representações, em miniatura, de projetos arquitetônicos, sendo muito utilizadas no âmbito da arquitetura para projetos de planificação urbana. Segundo o dicionário as maquetes são “esboço em escala de redução, ou miniatura de obra de arte plástica, geralmente modelado em barro, gesso ou cera”; “réplica em miniatura de uma construção”.

Independente do seu significado, e apesar de ser hobby para alguns, a maquete é uma ferramenta indispensável aos futuros e atuais arquitetos. É esse instrumento de trabalho que irá definir se realmente é válido colocar um projeto em prática ou não, ou também pode ser utilizada como estratégia para vendas, uma vez que os compradores podem observá-las e comprar com os olhos aquela ideia.

Diversos detalhes são importantes na hora de montar uma maquete, um deles é a escala que será utilizada. A escolha da escala que definirá o que se quer apresentar com o projeto. Se o objetivo é montar uma grande maquete mais pormenores devem preenchê-la, visto que sem eles, a mesma irá parecer simples demais. Em contrapartida, uma maquete pequena com muitas minuciosidades tem grande chance de parecer poluída ao observador. A escala apresenta uma relação inversa, ou seja, na escala representa-se um valor proporcional ao valor da realidade. Uma escala 1:100, por exemplo, representa que 1 cm na maquete equivale a 1m no tamanho real.

Outra parte importante na construção da maquete são os materiais que serão utilizados, pois quando mal utilizados demonstram uma aparência falsa que não beneficia a maquete. Para projetos mais específicos podem ser utilizados papéis “Duplex”, que são brilhantes de um lado e fosco do outro, ou “Triplex”, que são brilhante dos dois lados, que na verdade apenas são boas cartolinas. Quando o desejo é fazer maquetes mais rápidas ou com menos particularidades pode-se utilizar “papel paraná”, que é um papelão com densidade e cor homogênea.

Um grande projeto arquitetônico feito na história do Brasil foi o palácio do planalto, atual local de trabalho da presidência do Brasil. Esse antigo projeto, hoje é a localização do gabinete presidencial além de abrigar a secretaria-geral, o gabinete de segurança institucional da presidência da república e a casa civil. O projeto foi produzido pelo grande arquiteta brasileiro Oscar Niemeyer fazendo parte do plano piloto de Brasília.

Essa construção começou em 1958 guiado pelo plano arquitetônico, sendo inaugurado em 1960 pelo presidente Juscelino Kubitschek. O plano desse projeto encanta a todos por seus traçados de linhas, sua dinâmica em que prevalecem os traços horizontais alternados com curvas e retas com um efeito plástico de grande sofisticação.

O prédio do palácio do planalto chama atenção devido a beleza de suas colunas, que segundo Oscar Niemeyer “São leves como penas pousando no chão”, e para Juscelino Kubitchek “O palácio do planalto assemelha-se a uma caixa de vidro, à espera das orquídeas que no seu interior deverão ser depositadas”.

A maquete de um projeto depende muito da ideia do seu idealizador, Oscar Niemeyer dizia que queria fazer as colunas do prédio bastante finas, e sabia que o apoio acabaria ali, que isso podia ser posto de lado, mas desejava essa forma, que dessa maneira ficaria uma visualização mais festiva e mais bonita, que ele criava para quem passava entre elas pontos de vistas diferentes.

Para representar o palácio em uma maquete deve-se estar ciente de sua estrutura arquitetônica. O prédio presidencial foi projetado com a vontade de Niemeyer de criar uma imagem simples da modernidade da época, como já dito, utilizando linhas finas e ondas para compor toda a arte da estrutura exterior. A cara de entrada do local é composta por partes essenciais, que são a rampa e uma piscina refletiva construída para melhorar a segurança em volta do prédio e para garantir umidade nos dias de tempo seco na região de Brasília.

O primeiro andar do palácio é constituído pela área de recepção do prédio, hall de entrada, pelo comitê de imprensa e pela segurança. Esse ambiente foi criado para realização de exposições, sendo que nele se localiza uma galeria que apresenta quadros com retratos dos ex-presidentes do Brasil.

No segundo andar, encontram-se os salões Leste, Oeste, Nobre, e a importante sala de reuniões supremas. Esses locais são importantes, pois é onde o presidente se prepara para a assinatura de decretos e leis de âmbitos nacionais. É válido ressaltar que nesse local também se realizam grandes eventos, tendo capacidade para até mil convidados. O salão Oeste foi projetado para eventos menores, tendo capacidade para quinhentas pessoas. A arquitetura da estrutura com um amplo salão e teto alto foi feita milimetricamente para recepções sofisticadas e internacionais.

Quanto ao terceiro andar, esse foi criado para abrigar o gabinete presidencial e as salas da equipe do presidente. Nesse andar que se encontra o mezanino, um espaço enorme em que há salas de espera e uma área de circulação entre o gabinete presidencial e o salão nobre. Já o escritório do presidente é dividido em três partes, o escritório, sala de reunião e quarto de convidado.

Por último, no quarto andar, foi construída uma grande sala de estar e mais escritórios para altos cargos do governo, como profissionais da casa civil e o gabinete de segurança institucional da presidência da república. Essa sala não estava no projeto original, sua criação aconteceu em 2010, a partir de uma restauração que foi realizada no palácio.

Torna-se evidente, portanto, que para criar uma maquete deve-se compreender a riqueza de detalhes que se quer demonstrar e criar. Um grande projeto como o palácio do planalto pode ser reproduzido em maquete facilmente para demonstrar seus detalhes externos com os materiais corretos e fidelidade a sua estrutura visual, no entanto, para reproduzir sua estrutura interna se faz necessário uma maior riqueza de apetrechos.

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Curiosidades

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