O E-mail
Recebi outro dia uma mensagem eletrônica, que contava uma historinha sobre uma borboleta nascendo com dificuldade, e um espectador ansioso e de “bom coração”, que quis minimizar o sofrimento do bicho cortando o casulo, arranjando uma confusão no mundo animal, pois a borboleta precisava daquela iniciação para fortalecer suas asas. Conclusão, sua efêmera vida foi prejudicada, sem poder voar com a leveza e a beleza, que normalmente fazem parte do curso de um lepidóptero.
Esforço Para Estar no Topo
O Paralelo
Embora seja um excelente veículo, excelente fonte de pesquisa, maravilha da tecnologia, vemos muitas asneiras na internet, e caso você o ache, fique a vontade para pensar o mesmo deste texto! Recebemos inúmeras mensagens de pessoas que não têm muito o que fazer, mensagens estas, que acabam nos desgastando, mas muita coisa boa recebemos. Gostei do e-mail da borboleta e resolvi fazer aqui um paralelo com a vida. Muitas vezes reclamamos da nossa e de “como é duro viver”.
Esforço Familiar
O Cargo que Desejamos
Você conhece algum caso de pessoa que gostaria de ocupar a cadeira do outro, lá a empresa? Sim? Já pensou em ocupar a cadeira do seu chefe? Ah, você está preparado, e com certeza, faria melhor aquele serviço? Costumamos fazer análise parcial da situação, não sabendo exatamente do que se trata sentar naquela cadeira.
O cortar parte do casulo da borboleta para apressar o passo, fez dela uma deficiente, porque suas asas não maturaram no tempo certo.
Assumir uma função superior às nossas possibilidades de conhecimento técnico, de conhecimento exato dos pontos inerentes àquele trabalho, de nossa cultura, enfim, de nosso perfil, pode não ser agradável e pode transformar um excelente profissional em um “gestor banana”. Grande parte das organizações promovem seus funcionários de maneira desgovernada, de acordo com o fluxo da maré, expondo seu pessoal a uma situação que nem sempre poderá ter retorno, será o final do contrato de trabalho por incompetência de ambas as partes.
Metas
Similar à Borboleta
A borboleta precisava de um tempo maior para romper o casulo. Quantos de nós precisamos de mais tempo para o rompimento de nosso casulo nas diversas situações da vida, mas não o temos suficientemente.
Não falo só dos casos profissionais. Sabe aquele casal de namorados que “se engravidaram” aos quinze anos de idade? Organicamente prontos, porém, emocionalmente e financeiramente…
Em nossa necessidade de chegarmos lá e de nos darmos bem, quase sempre queimamos etapas e nos damos mal. Engraçado, é que quando nos damos mal, muitas vezes comprometemos mais pessoas em nosso completo desajuste. Quando provocamos um acidente na estrada queimando uma etapa, que foi uma ultrapassagem indevida, podemos estar rasgando o casulo de pessoas que estavam em sua mão de tráfego. É justo promover esse esforço?
Autor: Dirceu Pereira Mendonça
